Autoconfiança
O que você poderia ter feito hoje, mas em vez disso prometeu para a semana que vem? Quais talantes você mantém como ideal, sem nunca traduzir em atitudes?
A vida não muda com vontades. A vida não muda com intenções. A vida muda com ações. Um passo minúsculo é maior que a mais gigantesca (talante).
O período de férias das crianças, as festas de fim de ano, recessos, o verão, as praias e outros fatores fazem com que janeiro se transforme em um mês ocioso. Uma ideia que gradualmente foi ganhando o gosto. Hoje, muitos concordam que o ano só começa depois do Carnaval?!
O ano começa após o carnaval.
A vida começa aos quarenta.
A dieta começa semana que vem...
São tantos os chavões que alimentam o nosso autoengano. Agir gasta energia, afinal — e toda mudança exige foco e comprometimento.
É mais fácil, então, confortar-se na sombra de uma mentira: a delirante crença de que começaremos amanhã aquilo que poderíamos estar construindo e saboreando hoje.
O mundo está cheio de pessoas que prometem mudar, mas bastante vazio de atitudes concretas para que tais mudanças ocorram. Pare de prometer e entre em ação.
Lição para a vida: se o comportamento de alguém estiver te deixando confuso, se você não consegue entender qual é a intenção de uma pessoa... Se o que essa pessoa fala é muito diferente do que ela faz - então a melhor coisa a fazer é focar no que essa pessoa faz (e não no que ela diz)
Salvo exceções, geralmente as verdadeiras intenções de um ser humano são muito mais materializadas no comportamento do que nas palavras. Se você fizer isso, sua chance de errar será muito menor.
Hábitos ruins trazem recompensas imediatas, por exemplo, prazer, mas te cobram um preço alto no futuro.
Disciplina traz recompensas no futuro, mas te cobram um preço agora, imediatamente.
É o preço do comprometimento, consistência ia. É o custo emocional de falar não para os prazeres imediatistas.
Nosso cérebro adora recompensas imediatas, por isso hábitos ruins são muito mais atraentes do que a disciplina.
O mundo vai te tratar da maneira que você trata o mundo. Porque aquilo que chega até nós, tem um significado que decidimos dar.
Não importa o fardo do acontecimento. Iremos, muitas vezes, sentir a dor dilacerar o nosso ser, mas, ainda assim, podemos buscar após o momento do luto ressignificar aquela dor.
Começando pela conformidade dos fatos naquele momento e naquela circunstância.
Portanto, nunca nos cabe controlar o mundo, mas controlar a maneira que lidamos com o mundo.
A compaixão é a cura que oferecemos ao outro. É a capacidade de compreender o estado emocional de outra pessoa.
Ter compaixão por alguém envolve mais do que colocar-se em seu lugar e genuinamente querer compreendê-lo ou mesmo ajudá-lo. Envolve começar a ter uma perspectiva totalmente diferente quando se trata de como você percebe os outros.
Começando claro por não julgar. Compreender que aquelas decisões são baseadas no grau evolutivo daquela pessoa.
Quando saímos de nosso autocentrante para a compaixão, diminuímos o peso de nossos próprios obstáculos.
Afinal, quantas vezes nos pegamos pensando no passado e nos envergonhando de ter tomado só aquela decisão.
Aceitar essa falta de sabedora ajuda nosso reconhecimento como seres humanos e, por isso, falhos em constante aprendizado. E tudo bem.
Há um sentindo ainda incógnito em todos os acontecimentos. Por isso o nosso sentimento de frustração, de ansiedade, de incompreensão e, ao longo prazo, até de depressão.
É que, muitas vezes, paramos em busca de respostas, quando só elas podem ser encontradas se seguirmos viagem. Não no sentido de abandonar os desafios, mas de compreender que diariamente precisam ser vividos e vencidos com amor.
Não importa o motivo do que consideramos ser um adversário.
Não estou pronto para assumir um compromisso agora! É uma condição real, desculpa ou medo?
Vou ser bem sincero com você: geralmente, quem diz "ter medo" de assumir um compromisso, na verdade, simplesmente não quer assumi-lo.
Ou seja, costuma ser uma questão de falta de desejo — e não de excesso de medo.
Há exceções? Claro. Mas esse é o cenário mais comum.
Não por acaso, o que nos dá medo também é o que nos faz crescer. E é através dessa constante batalha que vamos evoluindo a cada dia. Se você evitar tudo que tenha medo, estará perdendo muitas oportunidades.
Ao abordar seus medos e encontrar maneiras de superar seu medo extremo de compromisso, você será mais capaz de formar apegos sem sentir a necessidade de evitar um compromisso de longo prazo.
O autoconhecimento é um caminho difícil a ser percorrido, mas o único capaz de nos levar a compreensão da existência. Cultive-o.
De coração... espero que você não se atormente pensando que você só tem valor quando tem alguém do seu lado.
Flávia Abib
Como ser mais criativo?
Muita gente não sabe, mas o cérebro utiliza a memória para realizar processos criativos. Ou seja, a melhor coisa que você faz pela sua criatividade é construir um bom repertório de referências.
Consuma conteúdos, filmes, séries, livros, referências múltiplas, dentro e fora da sua área de atuação.
Um cérebro rico em repertório é terreno fértil para a criatividade.
Criatividade não é genética, não é dom, sorte, muito menos magia. Ser criativo é ser autêntico e inovador.
Como você lida com as dores emocionais?
Nos cabe aprender e não carregar a dor. Parece algo tão simples e evidente, mas fazemos justamente ao contrário.
Carregamos a dor por tanto tempo sem que aquilo, de fato, nos traga um aprendizado e o Universo nos entrega mais situações difíceis, delongadas... para ver se, dessa vez, vamos aprender com a dor e não carregá-la.
E o segredo da serenidade — paz de espírito — é caminhar com a leveza de um eterno aprendiz, com aceitação e gratidão.
Apenas um minuto, dezenas e até centenas de pensamentos passageiros passam pela cabeça de uma pessoa. E estes são apenas aqueles dos quais estamos cientes.
Muito mais acontece na cabeça e não é detectado, muitas imagens e sensações não são percebidas.
Como o cérebro toma decisões?
A ciência da tomada de decisão é ampla, complexa e esplêndida.
Vou falar sobre um aspecto das decisões humanas que é muito bem estabelecido nas ciências cognitivas:
Decisões tendem a ser largamente influenciadas por emoções.
A racionalidade costuma entrar depois, muitas vezes para tentar justificar aquilo que foi decidido emocionalmente.
É por isso que até a mais irracional das pessoas consegue encontrar justificativas (que ela considera racionais) para explicar as coisas que faz.
Nas palavras do grande Jonathan Haidt, a mente humana é "um cachorro emocional com um rabo racional". Ou seja, a racionalidade costuma seguir as emoções.
Se a nossa intenção for viver com plenitude no presente, precisamos deixar o passado no passado, afinal, nós estamos onde a nossa mente está.
Amar a si mesmo fará mais pela sua aparência do que qualquer procedimento estético que você possa fazer.
Qual é a utilidade de se preocupar e se angustiar com aquilo que não está no seu controle?
Utilidade nenhuma. Isso só irá te deixar ansioso, frustrado e paralisado.
Quando a vida pesar sobre os ombros, lembre-se disso — e foque naquilo que você é capaz de controlar.
