Autorretrato
O ato de avaliar deve ser uma constância, pois deve ser entendido como a construção do autorretrato. É preciso examinar as práticas, para conhecer o que é e, acima de tudo, onde pretende-se chegar.
Autorretrato...
Fosse mata, sopraria igual ao vento
Fosse água, beijaria teus pés
Fosse céu, azul seria sempre
Fosse noite, iluminaria e encantaria
Sou lua
Sou tua
Sou encanto
Sou pranto
Sou alegria
Sou vida
Sou medo
Sou magia
Sou fada
Sou ingrata
Sou luta
Sou garra
Sou da vida, a história
Da mata Isolada, o uivo
Da cachoeira encantada, a água
Da onça Selvagem, a felina
Da águia planando, Liberdade
Autorretrato
'às vezes no silêncio da noite'
não há nada,
só você, desapegada
misturada à noite
em pleno meio-dia.
se você fosse minha,
não seria contradição
e esse é o problema e solução:
você não é.
mas calma,
o sol já se pôs no horizonte.
A memória às vezes nos prega uma peça.
Pode ser uma peça: tipo um quadro de autorretrato
Que nos lembra de alguém que já foi, viveu, mas vive ainda em algum canto do coração seu e meu.
Pode ser uma peça: tipo um quadro de letreiro bordado. Um verso, versículo, ditado.
Empoeirado numa sala vazia, o quadro quando lido,
Traz até sons, vozes, cheiro de um passado, que já se conjugou.
Por fim pode ser uma peça: tipo Só a peça. Metálica de prego.
Porque afinal prego se prega com o apregoar de um martelo, de uma mão, de um braço, de uma mente de alguém.
Que precisa seguir, viver, virar a pagina, escrever. E infelizmente esquecer que era para ter colocado naquele prego, a medalha de honra daquele que já se foi.
Autorretrato
De minha mesa vejo um homem escrevendo ansioso, ocioso e melancólico. Seu semblante lúgubre e sem harmonia é de uma criatura alheia a seu próprio universo. Com mãos trêmulas, traça seu drama pessoal sobre uma pequena toalha de papel. Sua escrita é serena e seu gesto tem a cor e forma da tragédia. A sensação que me ocorre no momento, é que estou diante de uma pessoa profundamente deprimida. De onde estou é possível perceber seu vacilante destilar e o advento de uma lágrima a rolar. O momento é delicado, por um mísero instante ele parece hesitar, olha para o horizonte, um olhar perdido, talvez esteja preso a um passado distante, quiçá deseja-o esquecer. Em súbito volta a rabiscar, como se algo o puxasse de volta a sua atividade febril. Através da sombra que se faz à meia luz, consigo visualizar a silhueta de sua mão a escrever, agora mais calmamente, como se estivesse tecendo cada verbo de uma composição. Talvez esteja construindo uma escrita subliminar, rabiscando seu tormento, sinto-me tocado por sua aflição. Proponho-me a imaginar sua amargura, o que realmente o move a agir daquela maneira? Não obstante, calmamente o homem se levanta, olha para o horizonte e pensa por um momento, em um gesto hesitante, gesticula uma súplica. Ele olha para trás, olha para sua mesa e permanece estático, logo, se vira e vem em minha direção. O homem passa então a meu lado, segue seu caminho a passos calmos, sem pressa e desaparece. Com tremenda sensação de euforia não resisti ao desejo sublime da curiosidade, e calmamente fui à sua mesa, ocasião em que pude ver o pequeno pedaço de papel e me deparei com o esboço de um homem extremamente triste, e a baixo uma descrição: "eis-me aqui; assim me sinto no momento"!
Autorretrato
A Flávia Ampan
Um poeta nunca sabe
onde sua voz termina,
se é dele de fato a voz
que no seu nome se assina.
Nem sabe se a vida alheia
é seu pasto de rapina,
ou se o outro é que lhe invade,
numa voragem assassina.
Nenhum poeta conhece
esse motor que maquina
a explosão da coisa escrita
contra a crosta da rotina.
Entender inteiro o poeta
é bem malsinada sina:
quando o supomos em cena,
já vai sumindo na esquina,
entrando na contramão
do que o bom senso lhe ensina.
Por sob a zona da sombra,
navega em meio à neblina.
Sabe que nasce do escuro
a poesia que o ilumina.
AUTORRETRATO
Tenho um metro e setenta e três
de altura
e noventa e cinco quilos de
literatura.
Sinto-me como uma joia bruta,
primitiva, que o tempo está modelando.
A maturidade encontrou-me de repente
quando eu cruzei a esquina
tocando a Lira dos Quarenta Anos.
Não nasci para o comércio,
não sei comprar nem vender,
sei apenas fazer versos...
No meu primeiro livro:
"Um Juntador de Palavras",
ajuntei tantas palavras
que a poesia criou asas.
Não nego o meu amor
pela minha amada flor,
nem nego a minha fé
em Jesus de Nazaré.
Considero-me apenas
um cantador desentoado,
um repentista sem repente
e um sonetista desmetrificado.
Tenho um milhão de sonhos
no meu coração
que sonho um dia concretizá-los...
Por isso considero-me
um ser milionário.
E Já me acostumei
com minha careca...
Para os outros não,
mas para mim
rima com poeta!
Sei que minhas virtudes
sobre ponhem meus defeitos;
até porque há muito tempo
deixei de contá-los.
Tenho a cara séria
de delegado de polícia,
mas dentro de mim
esconde-se:
um palhaço,
um menino
e um poeta!
AUTORRETRATO
Meu nome é Raissa, mas podem me chamar de Rah. Tenho 17 anos. Sou do signo de aquário. Ou seja, uma pessoa bastante direta e que não gosta de trapaças e de coisas feitas por baixo dos panos. Sou uma pessoa muito fiel a mim mesma e prezo bastante pela minha privacidade. Alguns pontos positivos inclui eu ser uma pessoa alegre, gentil, colaborativa, extrovertida e dedicada. Mas, eu também tenho pontos negativos ... sou uma pessoa ansiosa, falo alto e às vezes falo sem pensar antes, sou nervosa e impulsiva. Meu ator predileto é o Igor Jansen. Minha cantora predileta é a Paula Fernandes. Amo a cor que verde-água.
Quando eu era criança adorava brincar de pique esconde. Amo escutar a música “Menina Solta” da Giulia Be. Sempre estou com o cheiro do meu perfume favorito: perfume “Époque Tropical” da linha Granado. Tenho medo de não passar de ano. Gosto muito de tomar drink sem álcool que tenha limão e água gasosa. Gosto muito de comer o bolo de maçã do meu avô. Tenho uma paixão imensa pelo boxe, alivio nele parte da minha ansiedade. Atualmente minha maior mania é ficar estalando os dedos. Apesar de quando criança ter medo de cachorro, hoje eu os amo e tenho a Polly, uma shitzu carinhosa. Quero ser nutricionista, médica ou pedagoga, ainda não decidi (rs).
O dia mais triste da minha vida foi o dia 10 de julho de 2019, aconteceu o falecimento de meu pai. O dia mais feliz da minha vida foi o dia 21 de janeiro de 2022, aconteceu a minha Pool Party de 16 anos. A pessoa que eu mais amo, minha mãe, estava lá e minha amigas também. Eu sofro quando fazem bullying comigo mas, rezo a Deus isso acabar um dia,..
AUTORRETRATO
Da minha parte sou, ou creio ser,
redonda de rosto;
almofadada de corpo;
mínima de olhos;
bonita de lábios.
Da minha parte sou, ou creio ser,
reduzida de paciência;
falante com quem gosto;
amante de azul;
admiradora de conhecimento;
morta sem música;
perdida de horas;
Da minha parte sou, ou creio ser,
amante do mundo;
encantada pelo tempo;
enfurecida com ignorância.
Essa sou, ou creio ser
EU.
Autorretrato
No retrato que me traço
Às vezes tô no avesso
Pontilho branco e preto
Às vezes me pinto de mar
De amar amarelo
Um girassol na multidão
Em formato de castelo
Do meu mundo faço sol
Mesmo em dia cinzento
Quem nasceu para ser luz
Não importa a cor do tempo
Mesmo sem perceber
Leva o sol sempre por dentro
E no fim eu sempre sei
A força que tenho nos passos
Não importa o caminho
A esperança está comigo
Poema de autoria #Andrea_Domingues ©
Todos os direitos autorais reservados 13/12/2019 às 08:40 horas
Manter créditos para autoria original #Andrea_Domingues
Autorretrato
Sou mais poesia que mulher
Sou flor...
Às vezes bem-me-quer ou mal-me-quer
Sou mulher chorona e menina que sonha
Sou o que eu quiser
Sou versos inacabados
Sou argumentos que não faltam
Sou silêncio da noite
Sou o sol das manhãs
Sou corrente de vento
Sou vestida de amor da cabeça aos pés
Sou a menina com brilho nos olhos
Sou a moça iludida
Sou a mulher que põe ponto final
Sou a velha experiência
Nunca passo despercebida
Sempre fica um retalho meu
Sou flor ou borboleta;
que voa sem dizer adeus
Sou a eterna poesia
Lida no silêncio teu
Poema autoria de #Andrea_Domingues ©️
Todos os direitos autorais reservados 07/07/2021 às 12:30 hrs
Manter créditos de autoria original _Andrea Domingues
Autorretrato
Eu não sou a mesma de um ano atrás.
Eu não tinha esse olhar desconfiado, assim sério, assim calado.
Eu não tinha essa língua afiada, assim irônica, assim espevitada.
Nem essa intuição assim tão aguçada, assim inquieta, assim sábia.
Eu não tinha essa força nos passos, assim ágil, assim esperançoso.
O tempo novamente me colocou numa árdua luta com os comigos de mim, e eu, mais uma vez venci.
A essência continua a mesma de sempre.
Mas vira e mexe, eu mudo. Eu me atualizo de acordo com os fatos.
Eu me desdobro, eu me refaço.
Pinto meu teto da cor do
céu.
Traço a traço, o caminho das estrelas.
Porque não só nas flores eu me encontro.
Tenho mania de sonhar e quem sonha, adora voar além do olhar.
Poema autorretrato de #Andrea_Domingues
Todos os direitos autorais reservados 13/11/2019 às 17:00
Manter créditos da autoria #Andrea_Domingues
Autorretrato
a vida presenteou-lhe com mimos e harmonia de cores
o mundo que nasceu sobrevivia do silêncio da oração
o silêncio da emoção que bastava... e sem dores
cada pétala de cada flor pulsava-lhe o coração
no mundo que nasceu, ornado de ipês... um encanto!
encanto do poema que não sobreviveu ao escutar
a magia da poesia não revelada... nem sob o olhar
nem pelo sentimento mais nobre e sacrossanto
ela sentia um mundo onde o pulsar do coração
era muito mais que bater... era cadência,
mas ausência do ritmo da poesia sonhada
a fragrância dos ipês não bastava... silêncio
a vida presenteou-lhe com inspiração... calada
como solidão de poeta genuflexo em oração
a carência dos versos enfim brotou-lhe um dia
e com o regozijo da autonomia o parto da poesia.
(Bia Pardini)
Conheci poetas...
Que não precisam escrever todos os dias. Basta um autorretrato para que todos possam, através do brilho dos seus olhos, ler a mais bela e brilhante das poesias.
Eu conheci...
E me encantei
AUTORRETRATO
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Os meus versos te pegam no pós-banho;
nos teus olhos de quem se masturbou;
eles fazem teu show perder a classe,
porque mostram quem és no camarim...
Meus poemas arriam tua calça
onde a tua nudez não é bem-vinda,
quando a falsa moral quer pecadores
para dar pôr na berlinda ou na fogueira...
Só não posso negar para mim mesmo
que me pego na minha hipocrisia,
pois a minha poesia me revela...
Sou a própria expressão do réu confesso;
se meu verso te flagra no teu flato,
denuncia minha mão amarela...