Auto Crítica
De minh'alma inquieta
Fluem sentimentos andarilhos
Perdida de mim mesma
Por querer "andar em trilhos " alheios
Alheios à mim à ti e à todos
A colisão é inevitável
Sonhos guardados no fundo da mala
Enquanto eu me pergunto por que
De andar em uma estrada que não é minha
Os parentes me gritam na sala
Enquanto eu sufoco sozinha
Eles não vêem meus passos tropegos
Eles não vêem o peso em mim
dizem o quanto estou melhor assim
Depois que deixei aquela fase
Pamelapacheco @sobreapam
CORPUS CRÍTICOS
Hoje acordei com vontade de escrever um pouco (mas pouco mesmo).
Talvez não devesse porque, geralmente, o silêncio é mais sábio e mitiga os riscos de alguma inconsistência.
Mas, afinal, viver é estar constantemente em risco: de adoecer, de morrer e até – pasme-se – de acertar!
Num mundo onde temos uma tendência, talvez natural, de olhar mais para o externo, de julgar, de lançar palavras, de vociferar o que quer que se escute, onde a radioatividade ganha força se o “veneno” for bom, deixando raquítica nossa autocrítica e socrática análise! Pego “aqui carona em fragmentos de um princípio paradoxalmente singular e coletivo - TODOS SOMOS UM SÓ:
“Somos todos um só,
E fragmentos de nós mesmos.
Ansiamos amar o próximo,
Mas não amamos a nós mesmos.
Percebo Brahman em tudo,
Mas não percebo a mim mesmo.
Percebo tudo o que está fora,
E não o que está dentro.
Somos todos um só,
E fragmentos de nós mesmos.
Não aceitamos nossa arrogância,
Não aceitamos nosso orgulho,
Somos vários em nós mesmos. [...]”
Pois bem: comungamos o pão e o vinho neste plano terreno, representações simbólicas, respectivamente, da matéria e do espírito!!!
Sob tais aspectos, aliás, poderia dizer que minha nutrição espiritual estaria em alta!!!
Brinco - em verdade brindo - porque o bom humor auxilia a desarmar os espíritos!!!
Brincadeiras à parte, bem verdade que tanto corpo como a própria vida moderna dependem, em alguma medida, da matéria: seja para a sobrevivência física ou mínima dignidade social.
Várias vezes ouvi que homem de barriga vazia não tem liberdade.
Não discordo!
Mas homem com espírito vazio também não!
Respeito quem discorde!
Tenhamos nós maior ou menor riqueza – na dupla simbologia dantes reportada – o fato é que devemos buscar o aperfeiçoamento e este só abrirá caminho quando sentirmos, SINCERAMENTE, necessidade de nos fazermos seres melhores.
É sabido que ninguém é o dono da razão, porém, não é apontando às imperfeições alheias que acharemos uma justa medida para a evolução!
Faz-se necessário focar naquilo que depende de nosso próprio empenho e que também está ao nosso alcance realizador.
Lugar comum, mas sempre olvidado, as realidades são feitas das conquistas de pequenos sonhos e, salvo raras exceções, vão se assomando conforme a escalada que torna todo esforço enaltecedor.
Foquemos os “olhos” MAIS para estendermos as mãos e muito, mas muito, MENOS, quando for para ceder às tendências sorrateiras do julgamento hipócrita, geralmente, daqueles que não têm a mesma coragem de “arriscar” empreitada alguma (certo que aqui já me traio com uma capa preta)!
Miremo-nos mais nos bons exemplos, exaltemos as virtudes, rendamos graças à vida e à capacidade para buscar a compreensão de que estamos – TODOS - unidos de alguma forma, sendo que o que fazemos - de MELHOR ou de PIOR - acabará por refletir-nos de algum modo: como um farol ou nos cegando!!!
Encerra-se mais esse devaneio que se espera tenha valido a pena aos corajosos leitores, parafraseando o Livro mais “vendido” (isso é outra história) no mundo:
“O cálice da bênção que abençoamos é a comunhão do sangue de Cristo? Acaso o pão que partimos não é nossa participação no Corpo de Cristo? Como há somente um pão, nós, que somos muitos, somos um só corpo, pois todos participamos do mesmo pão” (1 Cor 10, 16-17).
Enfim, reflitamos e transformemos nosso “Corpo Crítico” em “Corpo Autocrítico”!!!
Quando nos aceitamos por completo passamos a aceitar o próximo do jeito que ele é, dessa forma criamos um espaço seguro onde o outro se sente confortável para ser ele mesmo.
O bálsamo da nossa cura passa a contribuir para a cura do todo.
Aceitarei suas críticas sob uma condição: que você já tenha feito algo significativo o suficiente para chamar a minha atenção ao ponto de eu sentir desejo de te criticar.
No vazio da sala
Aonde abro alas
Para minha mente
Formigante e incessante
Que buscas por respostas
Dessa vida, onde desejamos as rosas
Mas temos medos dos espinhos
Qual é o sentindo?
Viver por um instinto
Ou viver por suspiros de emoção
As quais só o coração
É capaz de descifrar
Os enigmas de amar.
Deixe de ser seu próprio inimigo e torne-se, a partir de hoje, seu maior aliado. Deus está pronto para lhe conceder coisas incríveis, desde que você comece atuar como protagonista e não apenas como espectador.
Toda vez que você sabe que o tempo é curto demais, e não vale a pena você se esforçar, não é só uma questão de tempo. É uma questão de autocrítica.
O que eu enxergo dentro de mim vai ser sempre mais importante que aquilo que os outros pretenciosamente acham que vêem.
É preciso muita coragem e humildade para reconhecer e confrontar nossas fraquezas por meio de uma autoanálise de nossa condição espiritual.
Eu sempre fiz leitura de ambiente. Sempre fiz juízo de valores. E juízo de fato. Nunca soube o nome disso tudo, mas descobri depois de velha. Isso me tornou autocrítica. E por toda minha vida briguei comigo mesma e com meus amados, para nunca ser igual aos malfeitores de nossos caminhos!
G.M.
Aquele que não milita a respeito das próprias atitudes, não deveria militar a respeito de mais nada.
O racismo no Brasil se caracteriza pela covardia. Ele não se assume e, por isso, não tem culpa nem autocrítica. Costumam descrevê-lo como sutil, mas isto é um equívoco. Ele não é nada sutil, pelo contrário, para quem não quer se iludir ele fica escancarado ao olhar mais casual e superficial.
Um prioritário agir que precisamos ter socialmente é a opinião, e que defina facilmente a nossa posição. O agir seguinte é a autocrítica, capaz esta de mudar os conceitos do primeiro.
Alguém que não conhece a si mesmo, talvez não esteja pronto para namorar. Porque, por não se conhecer, provavelmente vai acabar machucando a outra pessoa.
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