Auto Aceitação
MARCAS
"As marcas "tatuadas" pela vida em nosso corpo e nosso "coração" são um testemunho de aprendizado, força e sabedoria que nenhuma pele limpa e nenhum "coração" sem sofrimento atestam. Amar em si mesmo essas marcas é como amar os rios, vales e montanhas que trazem consigo a história da mãe Terra. Tudo que está vivo, desde homem, animal, árvore e o próprio planeta, se "tatua" naturalmente com "estrias", "rugas" e "linhas" cheias de sua própria bela história. Ver e entender isso é um dom apenas para aqueles que aprenderam a amar sua própria trajetória nesse mundo."
Maturidade é perceber que características físicas como, manchas, pintas, olheiras, celulites, estrias, cicatrizes e etc., não são defeitos a julgar em alguém. Na verdade são o de menos a se preocupar na pessoa, uma pessoa é muito mais que características.
A confiança inicia quando deixamos outra pessoa nos ler desde as nossas primeiras páginas, sem que tenhamos medo, receio ou vergonha do que ela possa achar dessa leitura.
O mundo não é perfeito, nunca seremos humanos perfeitos, mas, existem momentos que, podem ser perfeitos bem no meio desse mundo imperfeito e com humanos imperfeitos dentro de sua condição puramente humana. Quando existem ouvidos que compreendem, olhos que não julgam, corações que acolhem, e sorrisos que contagiam. Quando a fala é espontânea, sem filtros e sem medo. Quando existe a certeza da verdade. Quando a generosidade caminha junto dos gestos simples e humanos de seres que não pretendem-se perfeitos e aceitam toda a sua imperfeição
Para uns, o sentimento de impotência atua como potente sequestrador de ânimo. Para outros, ele liberta instintivamente as atitudes remetentes à superação.
Aprendendo com heróis... Houve dia que meus heróis eram como eu e você! Acordavam e iam à luta, construir o que sonhavam e, movidos de coragem e um ideal, optavam seguir sempre em frente... cedo, deixavam o ninho e, com efeito, fazendo o que era preciso ser feito. Meus heróis me foram quase anjos, não desses alados, calados, imortais! Mas daqueles que diziam bobagens, faziam traquinagens, cantavam, atuavam seus mil e muitos personagens. Alçavam voo mundo afora, faziam poses pra fotos, davam autógrafos, se davam ao direito de sorrir. Iam onde queriam e onde deveriam... para minha alegria ou para além da de alguém! Meus heróis eram lindos e frágeis em si e desconheciam o valor de erguerem as próprias guardas. Se entregavam sãos à própria desconstrução... moucos para uma palavra amiga... e, mesmo feridos, se reerguiam e num instante do passante tempo, se deram conta que de si, se restaram ilhados, sem amigos, ante aos malefícios do uso criminoso dos proscritos. Já não se importavam pelo que se tornaram. Mesmo assim, adormecia em suas almas, cada um de meus heróis, carregados de dor pela loucura das opções desnecessárias! Se apagaram inocentes, no auge da fama alcançada. Deixaram marcas e obras e levaram consigo o melhor do próprio legado!
Quando nossas expectativas estão baseadas nas respostas que temos dos outros, a perspectiva fica limitada ao que o outro pode ou não oferecer.
Olhos Atentos...
Voo pelo céu que me se abre
Observo tantas e tantos muitos
Apaixonados, amados, amantes
Certos, errados, em risos, em prantos
Ouço silencioso, segredos e sonhos ditos
Sobrevoo, desencantado, insanas verdades
Ditas, quando uma flor era preciso
Para desfazer impaciências veladas
Tenho olhar aguçado e mente aberta
Em meu voo silencioso e seguro
Sigo observando beijos apressados
Flores e caminhos esquecidos se findando
Tantos amores sendo vencidos
Talhados em propósitos claros
De paixões já não sentidas
Sentimentos sem valia, incertos quereres
Momentos que contam inocentes
Que no início calor havia
E que o vão das geleiras se ocuparam
Em calar de vez o que o outro sentia
Olhos Atentos...
Voo pelo céu que se me abre
Observo tantas e tantos muitos
Apaixonados, amados, amantes
Certos, errados, em risos... em prantos
Ouço silencioso, segredos e sonhos contados
Sobrevoo, desencantado, insanas verdades
Ditas, quando uma flor era preciso
Para desfazer impaciências veladas
Tenho olhar aguçado e mente aberta
Em meu voo liberto, ágil e seguro
Sigo observando beijos apressados
Folhas secas pela senda esquecida
Tantos amores tombados... vencidos
Talhados sem sutis despropósitos
Na busca insana por nomeadas sem mérito
Face a entrega de sentimentos sem valia
Inocentes e reservados, ciciaram momentos
Que no início, em tudo, magia e calor havia
E no vão das paixões já não sentidas
Fez calar de vez, a voz do outro que sentia
Nem tudo na vida é ensinamento, nem tudo na vida é necessário se passar, isso é apenas uma forma de conforto para aceitarmos a maldade alheia.
DESARMADO
Desarmei-me de tudo que pensava ser,
que não sou...
Atinei para as coisas que penso em ser.
Parece confuso?
A certeza de pensar que sou o que não sou,
Priva-me de lutar pelo que desejo ser.
Detesto enganar-me!
Ainda confuso?
é que acerta-se em tudo, quando,
Se aceita ser apenas o que se é...
A certeza de se ser um ser humano,
Eleva-me no que realmente sou!
Prefiro estar desarmado..
E não enganado.
Pois para mim, uma das maiores virtudes de um homem é saber que a angustia lhe acompanha. E esta é natural.
"Vida que segue"
Não se engane! O fato de aceitar suas mentiras não quer dizer que se restabeleceu a confiança em você. Aceitação não é perdão.
O Diferente
O Diferente não é aceito.
O Diferente faz o igual ter medo:
medo de ser superado,
medo de ser esquecido...
O Diferente precisa ter coragem:
para lutar, gritar e ganhar o seu espaço!
O Diferente é a luz em meio à escuridão.
O Diferente não precisa ter medo de ser diferente.
O Diferente tem que ter medo de ser quem não é!
O Diferente é lindo, brilhante, genial...
O Diferente é diferente.
EPaula
Viva Flor. . .
Brotei na barranca, morada minha
À beira das águas, contíguo à vereda
Guardo secretos segredos findas verdades
Sou feita de brandura, atenta e avivada
Me falta a voz, mas não sou mouca
Assim, nada digo aos passantes
Minha existência é breve em seu durar
Exalo olor mágico, para sequestrar atenções
Sou f lor frágil, aguerrida à beira rio
Admiro águas que passam peixes
Não conto horas corridas, nem as lentas
Amo garoas, brisas e ventos leves
Somo os minutos de minha eternidade
Conto estrelas, umas, mais que outras
Que flutuam acesas nas profundezas etéreas
Quanta paixão ainda há na leveza dessa ação?
Me arrepio ao beijo do beija-flor
Meu corpo treme, se arrepia. . . e nada entende
Sinto em cada curioso olhar, ser ternamente rara
Vivamente incontida, explodindo em amor de flor