Autenticidade
A palavra é minha impressão digital, meu certificado de autenticidade, minha certidão de renascimento.
Escrever me mantém vivo!
Me faz reconquistar a chance de, de vez em quando, casualmente, me reencontrar comigo.
Seja real. A autenticidade é valorizada por aqueles que andam com a verdade. Diga sempre o que você pensa, mas antes pense sempre no que você diz. Não fira e nem se embruteça.
Nada mais é encantador do que a autenticidade de uma pessoa, a transparência. Ah, isso é bonito demais!
Autenticidade
Cansei de ser julgada pela minha autenticidade
na essência poética
Aos bravos e recolhidos seguidores dos meus perfis,
não serei performática para agradar
As suas escolhas pelo obscurantismo não me interessam
Deixem de se preocupar com a minha escrita insólita
busquem pelo fanatismo adulador e fantasioso das aparências
que combinam com suas visões
A minha poesia é ácida que até dói
Diante do atual mundo tresloucado
nunca praticarei uma escrita espúria
Sempre estarei no limiar da minha mais profunda essência
convicta das rasas interpretações
As dimensões que ocupamos são antagônicas.
Imagino como seria hoje julgado Manuel Bandeira
Que do seu íntimo preconizou
“Estou farto do lirismo comedido
Do lirismo bem-comportado...”
... “Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare
— Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.”
A dignidade de um "homem" está na transparência de sua autenticidade. A duplicidade de caráter só evidencia a desonestidade individual do ser. A verdade praticada por quem tem princípios abrilhanta a trajetória de um homem justo, mas a falsidade camuflada no sorriso de um homem corrupto, corroe a alma levando-o à ruína.
Para o amor não existe meio termo, não existe ficar em cima do muro ou seja, autenticidade do amor não falseia no caminhar.
Autenticidade está cada vez mais raro hoje em dia.
A maioria das pessoas são catalisadores de personalidade. Veem e copiam. Não criam nada nem se mostram como verdadeiramente são.
“Eu estava apenas sendo eu mesmo.”
É sempre bom lembrar que agir com — autenticidade desenfreada — é também ser negligente.
Essa frase comum não deve ser desculpa para justificar comportamentos desrespeitosos.
Dizer isso só demonstra falta de respeito com o outro.
Cuide de seus valores, mas também respeite os valores dos outros.
RETRATO DE URANDI
Esse retrato me retrata
com muita autenticidade,
porque revela a minha alma
e a urandiense identidade.
Olho-me no espelho
e vejo um rosto colorido;
tingido de preto, branco e mestiço,
herdado de “homem bom” ou sofrido.
Do mirante Alto do Cruzeiro
contemplo de lá toda a cidade.
Vejo também o Sol se pondo,
trazendo-me ufana felicidade.
Subindo a Serra dos Gerais,
descortina a Caatinga e vales
povoados de gente trabalhadora
confiada na fé contra os males.
Autenticidade
é trazer todo o seu eu para o trabalho.
Excelência
é trazer o seu melhor eu para o trabalho
Cada vez mais observo que quem está liderando a nova geração de acadêmicos preza pela autenticidade.
É forte recusa a:
- Ter as mesmas pautas de outrora
- Reproduzir as mesmas práticas de outrora
- Perder qualidade de vida
A perda da autenticidade também ocorre a nível social. Os valores pessoais são sacrificados por questão de dinheiro e poder. A produção em massa rouba a autenticidade do produto do esforço, enquanto a publicidade faz da zombaria uma virtude. Numa cultura tecnológica, os únicos valores reconhecidos são dinheiro, poder e sucesso. Autenticidade é uma coisa do passado, atualmente representada por peças genuínas de antiquário. Daí o seu valor.
Doses exageradas de autenticidade, criatividade, ousadia, encantamento e abnegação; inspiram.
Que o desconforto do desespero seja apenas por um instante, o tempo suficiente para uma profunda respirada.
Conscientemente ofereço o melhor, assim não ha equívocos.
O extraordinário acontece, a repercussão assusta…nada grave, unicamente a aventura da liberdade em fluxo…
...
À medida que desemburramos com o tempo, substituímos o viço da mocidade pela autenticidade das marcas de expressão.
Descobrimos uma riqueza que nenhum dinheiro pode comprar, o processo extraordinário em que você se torna a pessoa que sempre deveria ter sido.
Aí passamos a invejar o vigor dos jovens, e percebemos que os mancebos não estão preocupados com a nossa austeridade. Eis que surge mais um esculacho da vida: uns conhecem o que perderam, outros desconhecem o que lhes falta.
Ainda posso trocar a inveja pela consciência de perceber este movimento tão natural.