Ausencia William Shakespeare Amor
Há um motivo pelo qual, quando todo autor, de Shakespeare a Salinger, escreve sobre jovens, não se pode evitar a verdade, de que ser jovem é doloroso. São quase sensações demais.
Para mim, graças a ter olhos só para ver,
Eu vejo ausência de significação em todas as coisas;
Vejo-o e amo-me, porque ser uma coisa é não significar nada.
Ser uma coisa é não ser suscetível de interpretação.
Quando ela te faz perder o sono,
quando você adoece em sua ausência,
quando você não consegue concentrar-se
em mais absolutamente nada
só pensando nela,
você precisa tomar esta pessoa para si,
ou esquecê-la de uma vez.
Você, que me acompanha mais com sua ausência serena do que aqueles que me escutam mais ou menos, sempre de olho no relógio.
Faltava-lhe o jeito de se ajeitar. Só vagamente tomava conhecimento da espécie de ausência que tinha de si em si mesma.
E tanto tempo terá passado, depois, que tudo se tornará cotidiano e a minha ausência não terá nenhuma importância. Serei apenas memória, alívio, enquanto agora sou uma planta carnívora exigindo a cada dia uma gota de sangue para manter-se viva.
Eu me preparara para limpar coisas sujas mas lidar com aquela ausência me desnorteava.
William Blake escreveu:
“Há coisas que são conhecidas
E coisas que são desconhecidas
E entre elas, há portas.”
O amor procura o amor como o estudante que para a escola corre:num instante.Mas,ao se afastar dele,o amor parece que se transforma em colegial refece.
Meu único amor, nascido de meu único ódio! Cedo demais o vi, ignorando-lhe o nome, e tarde demais fiquei sabendo quem é
É muito melhor viver sem felicidade do que sem amor.
É preferível suportar os males que temos do que voar para aqueles que não conhecemos.
O verdadeiro nome do amor é cativeiro.
A mágoa altera as estações e as horas de repouso, fazendo da noite dia e do dia noite.
Buscar o amor é bom; melhor é achá-lo.