Ausência de Amor

Amar não é aceitar tudo. Aliás: onde tudo é aceito, desconfio que há falta de amor.

Onde o amor impera, não há desejo de poder; e onde o poder predomina, há falta de amor. Um é a sombra do outro.

A falta de amor é a maior de todas as pobrezas.

A falta de amor é um grau de imbecilidade, porque o amor é a perfeição da consciência.

É apenas por falta de amor que, muitas vezes, julgamos ter encontrado a paz.

"Não me falta homem, o que me falta é amor."

A culpa é dos ciúmes, das brigas, das desconfianças, das mentiras e da falta. O amor não tem culpa.

Não me faltam homens. O que me falta é amor.

O amor calcula as horas por meses, e os dias por anos; e cada pequena ausência é uma eternidade.

A ausência só mata o amor quando ele já está doente na data da partida.

A ausência cura o amor.

A ausência tanto é um remédio contra o ódio como uma arma contra o amor.

A ausência é o remédio do amor.

A ausência apaga as pequenas paixões e fortalece as grandes.

Para quem ama, não será a ausência a mais certa, a mais eficaz, a mais intensa, a mais indestrutível, a mais fiel das presenças?

O amor é tormento, a falta de amor é morte.

Uma decepção pode diminuir o tamanho de um amor que parecia ser grande. Uma ausência pode aumentar o tamanho de um amor que parecia ser ínfimo. É difícil conviver com esta elasticidade: as pessoas se agigantam e se encolhem aos nossos olhos. Nosso julgamento é feito não através de centímetros e metros, mas de ações e reações, de expectativas e frustrações.

As nuvens vagueiam no espaço sem lar nem raiz. O ódio não é o real, é a ausência do amor...

A ausência aumenta o amor, a presença o fortalece.

Tomara

Que a tristeza te convença
Que a saudade não compensa
E que a ausência não dá paz
E o verdadeiro amor de quem se ama
Tece a mesma antiga trama
Que não se desfaz

E a coisa mais divina
Que há no mundo
É viver cada segundo
Como nunca mais...