Ausência
Pai, sua ausência sempre foi sentida!
Enquanto presente você esteve, sua ausência eu sentia.
Vivemos juntos durante vinte anos, depois disso você foi
tão ausente quanto antes. Tomou outro rumo na vida.
Hoje que você se foi, não vai mais ausente estar.
E, sim, presente na minha memória e até no meu coração.
Hoje tenho coragem de lhe dizer escrevendo quanta falta me fez
Sei que sabia que precisávamos de você.
Não há raiva nem, ódio. Você escolheu uma vida distante de
nós e nos deixou carentes da sua presença, sem saber.
Acredito que todos querem um pai, com defeitos e virtudes
Mesmo porque, quem não tem defeitos?
Que sua alma descanse em paz, sei que pagou e caro pela
decisão de nos abandonar. A vida é assim, aqui se faz, aqui se paga.
Não há o que perdoar, há o que se lamentar, por não podermos estar
juntos nesse momento onde mais precisava de nós do que nós de você.
Para mim fica a lição de que não basta ser pai, é preciso ser presente.
É preciso saber que fazer, qualquer um faz. E que pai é aquele que cuida.
Dá amor, carinho. Enfim, pai é aquele que cumpre seu dever de pai.
Lamento que tenha morrido longe de todos nós, mas foi isso que escolheu
para a sua vida. Distante foi porque distante quis ser. Não fomos perguntados
sobre a sua decisão. Fica a mágoa de ter nos ignorado, mas no meu coração
não há espaço para ódio e raiva.
Fostes um ser humano. Portanto, passível de erros. Por isso, errou.
A alma
A saúde da alma seria a felicidade, a ausência de perturbação e temor. A alma, quando o homem vive uma ataraxia, ou seja, virtude prática que seria próprio dos sábios. Essa prática que conduz o sábio no caminho da retidão longe das perturbações que o mundo possa oferecer. O homem sábio por assim ser, escolhe se retirar-se de tudo que lhe possa perturbar a prática das virtudes.
En frente de mi debilidad, a renunciar a miradas nocivas y lleno de disenchantments. Con la ausencia de buenos sentimientos, llenar mi ser en la fuerza y la impostura más bellas de mis emociones, puesto en libertad a todos mi corazón!
ÁGUARELA
Lua vida no ar
Onde está a cantar, sem estar
A subir á noite em fuga ausência
Profundo descuido
Sem cuidado, sem nada.
Vagando em busca de ciência,
De si em essência...
Deseja pintar-se em vidas
Bela em tela
Cores em águarela
Água-íris a escorrer
Fecha os olhos e ainda ouve...
O canto que quer viver!
Pois quando pensa ser Lua
Torna a ser Mar
Entorna-se em mar
Tanta água, quase sem mágoa.
Ofuscada com o canto,
E com esta dor...
Raso descuido
Sem cuidado, sem nado.
Transbordando
Em busca d’outro grito
Sabendo-se mais um rito
Antecipando seu desamor.
(aurora)
Só permanece tua ausência...
Mais um dia, uma semana, um mês, um ano
Sem te ver, sem te ter, sem te falar, amor
Mais um dia, uma semana, um mês, um ano
Sem teu abraço, sem teu beijo, sem teu carinho
Menos um dia, uma semana, um mês, um ano
Em nossas vidas, amor
Confusão de palavras, silêncios e enganos
Sentimento inconfessável e incompreendido
Outra vez a saudade a atormentar a mente
A angústia a inventar desentendimentos
Ausência, desilusão, solidão, incertezas
O tempo lamenta, parece se arrastar
Peço ao vento para levar minha tristeza
E devolver a minha serenidade
Deixar apenas os meus sonhos desfeitos
Antes sofrer do que ferir o coração amado
Andei revendo tanta coisa em minha vida
E hoje consigo controlar a emoção
Fui apagando cada sombra de amargura
Que havia em meu coração
Saiba que não há tormento tão intenso
Como aquele que você me provocou
Agora, vou seguir meu caminho
Talvez um dia a dor passe...
Muitas vezes uma ausencia significa que conseguimos tentar continuar vivendo sem a pesssoa que amamos.
Mas não signica jamais que o amor no coração se foi.
falta...
falta menos distância,falta menos ausencia...
sobra..
sobra saudades,sobra querer sobra vontade...
falta? sim falta!
um pouco de ousadia talvez.
mas na veradade o que mais falta, é vc aqui, bem do lado de mim, logo vc que eu tao pouco vi...
Saudades...
Temerária, distância
Solidão composta,
Solidão gerada.
Ausência, amor
Amor, excesso
Querência, falta
Asilo, ilusão
Saudade intrínseca
Mas não dor,
Amor, vontade
De revelar-se
Exprimir-se, falar
Abrigar, sentir
Trocar, viver
Mostrar-se sem dever
Beijar-lhe olhando ao sol,
O por do sol de um dia
Infinito, céu vermelho,
Sol ao fundo
E a cor do céu mistura-se
A dos sentimentos,
As mãos dadas perdem-se
No tempo e no espaço
Porque torna os sentimentos
Infinitos, sem rumo...
Apenas o sentir, bem estar,
Bom estar da presença
Da pessoa amada.
E revela-se o céu
Revela-se o mundo
O prazer, cumplicidade,
O viver, verdades
No simples dizer
“Eu também estou com saudades”
O homem sem amor é uma casca sem graça
Que despedaça a cada golpe de ausência
O homem sem o amor ronda cada praça
E perde a noção do tempo tocando o vazio
O que um dia já foi cura, consome-lhe a carne
A cada excesso de fúria, a esperança que vai tarde
Tudo acaba desconhecido, difícil ver algum sentido
E se a felicidade não lhe pertence mais
Não cativa nada, não tem valor o que ficou pra trás
O homem sem graça é uma casca sem amor
Que sangra ao ver que hoje é só mais um
Amor liberto, banhado pela ingratidão
Que faz do homem um ser comum
Seu nome já não me é mais familiar
O caminho já não é mais aquele
O da ausência
A morte perdeu a sutilidade
De virgem serena
Me arrancou de um só golpe
A venda dos olhos
Minhas pestanas abertas
Recordam o delicioso
buraco negro de uma escrava da eternidade