Ausência
"Você que era o amor da minha vida, agora é o amor da minha morte.
Encontrar você foi meu maior azar e eu achando que era sorte.
Você é minha maior fraqueza e eu achava que me fazia forte.
Eu me perdi tentando te encontrar, eu achava que você era o meu Norte.
Você que sempre fora o meu mel, percebi que é de veneno, uma dose.
Você acredita que eu sempre te abandono, mas nas suas crises, sou eu quem te socorre.
Sua presença sempre foi minha maior riqueza, agora sua ausência me faz pobre.
Você se fez rainha da minha vida, mas se esqueceu de me fazer consorte.
Eu já tomei nota da sua indiferença, já não espero mais que me note.
Viver é bom, mas em sua ausência, é preferível a morte..."
É um misto de emoções que me consomem por inteiro.
Nesse oceano de sentimentos, me afogo, não tem jeito.
A cada maré, algo de ti me domina, com total efeito.
Maré vem, amor. Se vai, ódio.
Maré vai, desprezo. Vem, desejo.
O todo me confunde, mar é rio.
Já não sorrio.
Rio profundo, que me inunda de saudade, solidão.
Rio se torna um ofurô, onde me banho no fervor da sua paixão.
Companhia minha, em sua ausência, se tornou a solidão.
O meu sonho, mesmo sem erro, é o frescor do seu perdão.
Sinto o toque frio do vento, infelizmente, não é sua mão.
E novamente, por inteiro, me consome, a emoção.
Emoção é o amor, amor é perdão.
Perdão é desejo e desejo é paixão.
Paixão de um só, infelizmente, é solidão.
Eu poderia ir até você
Mas respeito seu espaço
Eu poderia te ligar agora mesmo
Mas respeito seu tempo
Eu até poderia te mandar uma mensagem perguntando “Cadê você?”
Mas também aprendi a respeitar sua ausência.
Hoje o dia amanheceu pra mim mto nublado. Lágrimas rolaram dos meus olhos, uma dor me invadia o peito, eu sentia como se estivesse partindo minha alma ao meio. Hoje foi mais um dia em que tive que lutar contra minha vontade de insistir, de tentar te convencer de que a gente valeria a pena. Hoje foi mais um dia que eu não pude te ter, nem falar contigo. Hoje foi mais um dia sem você. Que falta você me faz.
Você Se Ausentou
Um sorriso apagado. Um olhar perdido no vazio. Aonde você se encontra? A culpa não é minha, culpo ti por tal terrível saudade. Você se foi e um adeus não me deixou. Penso que ainda nos veremos, e terminaremos nossas conversas. É assombroso, é destruidor... Olhar para um papel, olhar para ti, mas você não está aqui. Você apenas se ausentou? Minha alma não quis ouvir, meu coração se calou, diante da informação. Eu quero acreditar, que você apenas se ausentou. Logo ouvirei tua voz? Mas sei que com a força persuasiva do tempo, ei de crer, que nunca mais nos veremos.
Desaparecer
Eu olho uma foto na parede,
vejo faces e sorrisos,
Naquele momento não existiam disfarces…
E em um segundo tudo muda,
nosso mundo dividiu-se em dois,
e sinto que estou desaparecendo.
Como se eu fosse uma flor em um vaso,
um rosa perdendo sua cor,
Como se eu fosse a água evaporando.
Gostaria de pegar sua mão,
apertar-te bem forte e dizer que tudo acabará bem,
mas eu não posso, estou desaparecendo.
A tempos me ausentei da sua conquista.
A tempos que, abdiquei da minha alegria.
A tempos que, desisti das palavras bonitas.
A tempos que, gasto tempo com tudo isso e não surte efeito.
A tempos que, desejo o calor e o doce do seu beijo.
A tempos que, percebo que de tempos em tempos devo me ausentar.
A tempos que, percebo; a saudade é a unica capaz de fazer você me amar.
E a tempos que, tais verdades, em vão, tento sufocar...
Nós sabemos que muito poderíamos ter feito. Nós sabemos que muito ainda há por fazer. Porém, o que mais importa em tudo que se foi e em tudo que está por vir, é a vivência do instante presente. É nele que se concentram as realizações e as ausências de tudo que aconteceu e de tudo que não aconteceu. O que não podemos deixar de entender é que a vida é a manifestação do agora. Então, viva! Deixe o passado no passado. Quanto ao futuro, não o tente interpretar, porque este é sempre incerto.
Eu tento, não entendo, teus sinais não compreendo.
Não sei o que quer dizer quando me toca.
Não sei o que pensa quando me olha.
Não sei o que sente quando vou embora.
Me perco no tempo e confundo o que se foi com o agora... Foi-se embora?
Está de volta?
Saudades te trouxe à minha porta?
Na lama me joga e na ausência se joga, o que faço?
E agora? Entendo teus sinais, agora, foi-se embora...
Percebo que a carência afetiva do ser humano chegou a tal ponto que, hoje em dia muito mais importa o quanto você está disponível do que de fato quem você é.
Crio uma fantasia e me fantasio.
Te fantasio.
Nessa fantasia já não mais sobrevivo.
Eu vivo.
Vivo pois, nessa fantasia, te tenho comigo, meu paraíso.
Te vivo.
Mas para a tristeza desse homem...
Fantasia é desejo e desejo é delírio.
O amor é sofrimento e o coração partido partiu contigo...
Garimpar o Olhar da Alma
O garimpeiro ora a jazida.
O jardineiro colhe a flor da terra.
O pescador se faz rede de enlaces.
O que você faz?
- Eu avisto tempos com a sagração das palavras.
E o que lhe dizem as mesmas?
- Me ensinam a pensar silêncios e a descosturar ausências.
Então te sente bem eu nada ver de concreto?
- Tudo o que eu pressinto me será nascido ou repartido.
Mas como é nascer após já ter vindo ao mundo?
- É colher-se revelação e não ter-se assombro da existência.
Pois bem, nada temes, presumo?
- Ao contrário, receio os seres que não vêem com a alma.
Mas para que servem os olhos?
- Para elaborar estéticas.
É na alma que o olhar depura as essências.
É agora que,
A realidade fica insuprível,
Muito mais doída,
Pela irônica e tão temida,
Possibilidade da falta não dissipar,
Diante dos pequenos instantes,
Que sua ausência grita,
A inexistência,
Às vezes eu fico esperando você me chamar, sei lá, só pra eu poder acreditar que também faço falta, como você faz pra mim...
Não é orgulho, pois sempre deixo o meu de lado quando se trata de alguém que gosto muito, talvez seja apenas carência não sei.
É que de vez em quando, a gente quer se sentir valorizado.
E nessa de fingir que não liga você é melhor que eu...
Eu nunca consigo esconder o que sinto, eu tento ficar distante pra ver se você se aproxima e me mostra que também se importa.
Às vezes fico sozinho a espera de você chegar de repente e dizer o quanto sente minha falta.
Mas isso nunca acontece e eu sempre tenho que ir atrás.
Costumava desejar que aquilo tudo nunca tinha acontecido e que crescera em uma família onde todos sorriam uns para os outros, conversaram, uma família que não fosse marcada pela ausência.
#PALCO
As estrelas pintadas pelo poeta...
E o beijo do vento que de longe vem...
Aplaca a saudade que atormenta...
Daqueles que um dia o quiseram bem...
Quisera o poeta...
Sempre e mais sonhar...
Voltar outrora...
Inútil...Sabe ele...
O passado não está mais lá...
Em sua vida não há pressa...
Não há para onde correr...
Apenas deseja o bem...
E ser feliz em bem viver...
O poeta um dia amou...
Mas foi um amor transloucado...
Não foi seguro e confortante...
Efêmero também acabou...
Hoje apenas um vago ruído...
Do que foi e passou...
Guarda no fundo da alma...
Uma vibrante música...
Quando os deuses partiram...
Passeia sobre as estrelas...
Modo de alcançar o céu...
Onde cairás morta a flor de sua infância?
Inocência que foi ao léu...
E agora...
Na pura ausência das coisas...
Na madrugada um palco por abrir...
Segue desejando a lua...
Nas estradas da vida por aí...
Sandro Paschoal Nogueira
facebook.com/conservatoria.poemas
DESABAFO
Melhor seria, que o dano fosse meu
em vez de ser teu o desencanto.
Não gosto de ver sonhos se apagando.
Não quero ver triste o rosto teu.
Ás vezes sem saída,
e por motivos alheios a nossa vontade,
deixamos que o amor meu e teu
sofra, com a saudade.
Mais uma ausência a se enfrentar,
o nosso eu saberá não se afetar.
O amor, o querer nosso, é muito forte
para ser derrotado, nem mesmo a morte
o conseguirá.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista. ACLAC
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
Acadêmico Acilbras - Roldão Aires
Cadeira 681 -
Patrono- Armando Caaraüra- Presidente
Dê-me o último beijo
Dê-me o último abraço
Dê-me a sua última companhia
Mas avise-me,
Talvez, assim, posso acostumar-me com a sua ausência