Ausência
Tua ausência pode silenciar-me as palavras. Em minha alma e pensamentos porém, tudo permanece inexorável.
Na sua ausência tento substituir com lembranças
Os momentos mais felizes vivido com você
Momentos esses que talvez ainda nem vivemos
Mas que já fazem parte dos meus planos com você
Imagino tantas coisas juntos
O sorriso no seu rosto quando eu disser que te amo
As palavras ditas no momento que eu te olhar
O calor do seu corpo junto ao meu em um abraço
Na carência da sua ausência
Desfruto nas lembranças e no desejo de te ter aqui comigo.
Te vivo.
AUSÊNCIA, UMA
A folha em branco, uma ausência apossa
Do coração. Nada é leve, a emoção vazia
Sem calor, tão desamparada está a poesia
A noite adentra e uma prostração endossa
Letras amargas, cruas, vou até onde possa
Sentimento solto ao vento, de pouca valia
Que a própria poética no versejar desafia
Em um carecente que está solidão esboça
Fomentos que com um pouco se asilam
Se fazendo indolente, inusual e horrível
Como rabiscos fossem, assim, suspiram
Olho a folha em branco, atento, sensível
E das inquietas sensações, nada cintilam
Somente um volúvel sussurro inaudível...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
06 setembro, 2022, 22’42” – Araguari, MG
Não espere para aprender com a dor da ausência o que você deveria aprender com o que, silenciosa a presença, te ensina todo dia.
A indiferença não é sinônimo
de culpabilidade,
ela é apenas reflexos
da ausência da importância
que sentimos por algo
ou por alguém.
Inverno
Há tanto frio no corpo
Por falta de um cobertor…
Há tanto frio na alma
Por ausência de amor.
Aprenda a dar sua ausência, quando quem não merece suas palavras estiver presente.
Se há coisa que eu sei, é que Santo António passava sermões aos peixes e eles não o ouviam.
Está tudo tão denso, a ausência de afeto e empatia está tão grande, que não se trata de forçar uma felicidade, mas não deixar a tristeza vencer.
Re Pinheiro
No tocante à minha poesia,
Eu falo do que me toca
E também do que não me toca
Falo da ausência, da solidão, do que me deixa vazia
Também gosto de tocar a poesia nas cordas de um singelo violão
Por mais que, na maioria das vezes, elas não toquem o mais profundo de alguém
Eu retoco a maquiagem,
Para que não transpareça tanto a pobreza do meu ser e a miséria do meu coração
Ao toque de recolher,
Vou me deitar em meu leito de sono profundo
Não consigo dormir, porque me toco que as coisas estão me tocando cada vez menos.
Nada me toca mais como antes.
Tanta falta faz o arrepio na pele quanto na alma.
"Toda derrota acontece por causa da falta de confiança em Deus,que resultará na ausência de auto-confiança(Wesley Kennedy)."