Aurora
Ramificação de um sentimento
Sentimento rupestre
Dotado de beleza pura
Comparado a aurora
Presente nos animais e homens
Renasce do orvalho iluminado
E para a proteção
Ofereço o meu maior bem
Aqueles que chamo de amigos
Este poema é feito
Aos melhores ofereço...
Minha vida
A noite
É a materna fonte
Que gera em seu ventre
O clarão da aurora de um novo dia.
No compasso de ritmadas contrações,
Ela me dará a luz, o amor
E o tanto que eu mereça
De toda a sua alegria.
Ali estava eu: envolto pelo útero perfumado de um edredom e algodão. Nada me remete mais ao amor de mãe do que o perfume de roupa limpa cobrindo os meus sonhos. Ali estava eu: zigoto boêmio, à deriva no amniótico orvalho da madrugada.
De repente, um sopro gelado eriçou os meus pelos. Um frio de arrepiar, me fez encolher todo na busca pelo aconchego da minha primitiva posição de feto no ventre da minha mãe. Senti o toque gelado do fórceps da brisa matinal a me dizer que já era hora. Senti a solidez do aço da minha insônia varando por entre as pernas da manhã para me parir e descortinar as cores de mais um dia.
É lindo vir ao mundo ao nascer do sol! Então eu quero brindar sugando o colostro que escorre em abundância pelas tetas da manhã. Amanhecer é como nascer de novo e sempre e outra vez. Amanhecer é escrever o cabeçalho de uma nova lição desta vida que insiste em recomeçar todos os dias. Quando o dia nasce, eu me refaço e me entrego ao meu alegre pranto de criança fazendo manha na hora de levantar.
Agora,
No acalanto do colo da manhã,
Sou apenas uma criança com medo das ruas;
Sou apenas mais um filho bastardo do sol.
Respeitosamente,
Submeto-me à sua luminosa
E paternal vontade de me fazer brilhar,
Sejam quais forem as disposições em contrário.
Esse é o sol que me guia como um pai zeloso
Em suas translúcidas virtudes
Para me ensinar que,
Quem tem o brilho mais intenso
Não é aquele que ofusca
Quem está à sua volta,
Mas sim,
É aquele que ilumina
Tantos quantos forem aqueles
Que precisarem de luz.
AURORA
Mesmo antes de se projetarem os homens
Já a aurora de olhos róseos
Surgia todas as manhãs
Como experimento, por obrigação.
Como fora antes dos tantos olhares.
A minha aurora baixa num cordão suspenso,
Um fio tênue, leve e só a ela se vê.
E pelos ventos descidos, frios.
Ela se posta, se assenta no chão.
E num rompante se dissolve,
Absorve-a inteira o sol, na sua vez,
Como uma clareira, buraco claro
Farol de carro dentro da noite.
Desde o princípio o sol tem esse papel e acata a ordem.
Não falha nunca e recebe o dia
Das mãos da aurora
E se entrega à tarde, se adiantando,
Que não o recebe e aguarda a noite
Um manto negro que tudo cobre,
Vazando apenas pelos poros do corpo, as estrelas.
Como se vê, são sempre claros
Os cumes do mundo e tudo ao céu,
Como tem luzes ante a cobertura,
Que prima o céu.
Logo vem a aurora, na sua hora.
NOVA AURORA
Desejo explosivo em sonhos contido
O instinto incitando a paixão
Vontade imensa n’alma sedenta de libertação
Extravasa na mente o que é recidivo
Da calma aparente a negação
Do orgulho dos versos ao permissivo
Contido, compõem o perverso e o esquivo
Entre dentes o nome e a composição
Inda preso nos tempos de outrora?
Não percebestes o breu sobre a noite
Que todo o resto, acabou, foi embora?
Não mais lamurias, saudade ou açoite
agora a paz, satisfaz, revigora
ao sol que lá fora, perfaz nova aurora
Procura-se
A aurora desperta pelo azul do mar,
A quietude outonal que rasga o dia,
a vida que ressurge rara após noite escura.
Procura-se
a esperança que saiu voando sem rumo,
uma alma alada como pássaro,
que desapareceu entre o céu e o mar.
Procura-se
sonhos pássaros perdidos na névoa tardia,
ventos leves, leves como o pensamento.
Procura-se
uma chance, uma sorte, uma nova saída,
uma ilha, um pouco de paisagem,
um verso capaz de descrever o instante.
Eu penso em ti, contemplando a aurora,
No fim de tarde, a toda hora eu penso em ti,
Caminhando à margem do rio, sinto um profundo vazio,
E sozinho em meu caminho, eu penso em ti.
Em penso em ti, com a cabeça ao travesseiro,
No trabalho, o tempo inteiro, eu penso em ti,
Quando ouço uma canção, você invade meu coração,
E entre lembranças e esperanças, eu penso em ti.
Eu penso em ti, numa roda de amigos,
Recordando fatos antigos, eu penso em ti,
Foragido noutros braços, beijando outras bocas,
Dançando com alguém, por mal ou por bem,
Eu penso em ti.
Quisera aprender a te esquecer, ou pelo menos pensar
Que você não existe, mas a saudade insiste...
E novamente eu penso em ti.
Eu penso em ti, quando não quero pensar,
Confesso que muitas vezes dá raiva de lembrar,
Mas... Eu penso em ti,
O que é que eu vou fazer?
Eu penso em ti,
Eu penso em ti
Porque não dá pra te esquecer.
RESINEIRO
Pelo romper da aurora
saltando todos os montes
abraça o seu pinhal.
Conhece bém o sabor
do salgado do trabalho.
Já engelhado p`lo calor
o seu rosto é lavado
com o salgado, de seu suor
RETIRADA
E enquanto este teu lírico canto,
soluça o lépido pranto
do olhar sereno da aurora,
ela, aquela que seria capaz
de revolucionar o mundo por ti,
transcende aos teus protestos
em silêncio indiferente
E, lentamente, vai embora...
Minha alma padece, meu pulsar se enfraquece só em pensar que na aurora de outrora não terei a ti mais em meus braços.
Se pudessem ver a verdadeira aurora e o significado da vida, descobririam o amor puro e verdadeiro que habita no coração dos homens de bem.
A DEUSA DA MANHÃ
Aurora fulgurante na alvorada;
Deusa na alva imaculada;
Reluz abrindo as portas dos empíreos;
Impera em graça e em porfírios;
Antes do Sol surges reluzente;
Nem as estrelas fazem-se presente;
Ao teu ser tão belo e magnífico;
Tamanha luz de fulgor calorífico;
Inspira letra aos trovadores;
Galgando a arestas dos cantores;
Rege ao poeta, soberana;
Eis a musa, eis a mulher, eis Adriana.
Sinto o canto esplendoroso vindo da Aurora, de outrora, numa melodia suave e sinfônica tocada pela voz dos guerrilheiros da minha Angola, que vindo motivados dos Campos de batalha nos trazem a feliz notícia de uma Angola, agora INDEPENDENTE. Viva a nossa DIPANDA!
Ressurreição....
Ao clarear de um novo dia...
Uma aurora com o raiar do Sol...
Se apresenta....
E faz seu espectáculo....
No teatro terrestre e no Ar....
Jardins coloridos....
Com suas flores e rosas...
Exalando seus perfumes...
Causando ciúmes aos olhos do ódio...
Com a chegada do Raio Solar....
Metaformoses criam novas vidas e vem nos dizer....
Quão bela és Natureza...
Natureza....
Oh Rainha Natureza.....
Em dias Floridos...
Mas nem tudo é vida...
E em dias doloridos....
Muitas vidas se foram...
E outras estão indo...
Deixando um aviso para aqueles que não querem acordar.....
A noite....
Uma escuridão no Ar....
Que faz parte do nosso descansar....
Em repouso absoluto.....
Uma noite de sono pra se refazer....
Ao amanhecer....
Muitos olhos ainda irão ver dores sofridas....
Agora....
Com descanso no corpo e na mente....
Uma plena liberdade para Voar e meditar...
Amar a vida e ao mundo...
Faz a gente cada vez mais parar e pensar....
Em um ato declarado...
Não tenho dúvidas em falar e nem de sonhar....
A vida que segue...
Só Jesus nos protege....
Pois hoje acordei vivo....
E só posso a ele agradecer.....
O que era dor....
Acordei aspirando Paz....
E Transpirando Amor....
Num respiro profundo...
Digo a eu e digo ao mundo....
Esse Jesus é verdadeiro....
Filho de um Deus Guerreiro..
E com ele Ninguém é capaz....
Em uma vida renovada...
Domingo de Pascoa....
Hoje comemoramos a Ressurreição...
E Tudo que era perdição...
Se tranformou em puro Amor e Perdão....
A voz que ilumina as trevas....
Brota com águas vivas...
Que vem da fonte da vida....
Nessa rendição....
De joelhos eu pelejo...
E não desisto de ir ao encontro da Luz do mundo....
E de cara nova e com nova vida....
Consegui a morte mais um dia vencer...
Vidas que se perdem...
Outras anunciam o seu nascer....
Mas falo de um Mestre...
Que esteve aqui na terra...
Foi cruscificado na Cruz...
Para mais vida nos dar....
E com ele você pode crer...
Estando com a sua Luz....
Até a morte podemos vencer...
Ele é AMOR...
E com ele não tem terror....
E não interessa quem esteja procurando...
Ele vai logo curando...
Basta na palavra acreditar.....
Sou prova viva disso....
O Amor e o Perdão vence tudo....
E simplesmente é....
O JESUS ABSOLUTO.....
Autor :José Ricardo
Era uma vez uma noite estrelada, porém vazia, o vazio da madrugada, o vazio que a aurora desfazia, o vazio da tua falta, o vazio do teu não sim, o vazio do amor, que talvez não sentes por mim...
Era uma vez uma manhã, como tantas outras manhãs, tão linda como o florescer de uma rosa, tão delicada e forte, tão bela, tão graciosa, a flor ou a manhã? Nem sei mais o que falo, tu me deixas assim, tão louco, desnorteado, ou apenas apaixonado? Acho que são esses os efeitos, do defeito de não ser amado...
Poema do desamor
Se passaram anos desde a aurora daquele amanhecer, víamos pássaros, flores e até o pôr do sol nascer
Sorrisos, abraços e beijos, me perdendo conscientemente em você...
Três dias, você se foi, como as outras, sim, mas diferente, deixou entardecer em mim seu olhar incandescente...
Hoje me encontro estável, mas irracionalmente doente, reguei nosso amor e infelizmente, jogada fora a semente.