Aurora
Na aurora vejo o dia nascer
E já fico louco a lhe esperar
Para no momento vespertino ver
Sua maravilhosa estrela brilhar
AMANHECER
A aurora da minha terra,
Tem os mais belos nascentes,
O rosicler doura as nuvens ,
E faz de ouro a serra,
As fontes são cristalinas
Formando águas correntes
Caindo do alto das pedras,
Formando um “véu de noiva”
Matizado de brilhantes.
A aurora da minha terra,
Tem um amanhecer dolente,
O sol olha de soslaio
Pro verde oliva das matas,
Os pássaros cantam românticos,
Apaixonados nos ninhos,
A natureza viceja ,
Na névoa branca e fria,
Que se desfaz com os primeiros
Raios dourados do dia...
Juventude
Juventude despertar de uma nova aurora,
Para tu és reservado o futuro
De uma nova história
Que transformará a realidade
Construindo um mundo melhor.
Em tuas mãos está o futuro
De uma nova geração
De amor, de paz, de preservação
Da cultura de um povo;
No desmonte de mitos
E quebras de paradigmas,
Na transformação politica, social,
Enfim, em tuas mãos é reservado
Uma nova era.
Mas também em tuas mãos
está reservado a conservação
E reavivamento da espiritualidade
Na, manutenção das verdades
E ensinamentos do mestre para uns
Deus para outros;
O grande Homem chamado Jesus.
Meu canto traduz versos quando vê o “jasmim-estrela”, faz da aurora um recomeço, a alma se revela, o céu que encanta a noite, é o mesmo que a “manhã” reveste… ah Jasmim-estrela, todo céu começa no coração, todo coração é um céu de ilusão…
Os filhos implumes outrora,
Com inocência que encantavam,
Belos sorrisos e brilho da aurora,
Graciosamente brincavam.
Um, dois, três, que bela escadinha.
Eles da janela olhavam,
Vindo eu bem de tardezinha,
Com sorrisos me alegravam.
Não posso deixar de escrever,
De Marli mãe maravilhosa,
Tinha muito o que fazer,
Cuidar de tudo e ficar graciosa.
Eles foram crescendo no amor,
Da minha, nossa limitação,
Ensinando-os dar o devido valor,
Ao amor, à vida e o perdão.
À noite os três filhos ao deitar,
Bruno, Flávio e o caçula Rafael,
Íamos todos para o quarto rezar,
Agradecer ao Papai do céu.
Todos os dias depois da oração,
Contava eu uma estorinha,
Com tanta alegria e satisfação,
Da raposa, leão e da galinha.
Cada dia uma nova estória,
Tirada do livro ou da cachola,
Em um momento a vaca vitória,
Noutro a danada galinha angola.
Aos poucos foram eles crescendo,
No tamanho e na inteligência,
As plumas assim aparecendo
Como também desobediência.
Os filhos plumes já crescidos,
Espero vê-los com sucesso,
Sucessos que bem merecidos,
É o desejo do Universo.
Agradeço oh! Deus do retorno,
Destes filhos maravilhosos,
Lá atras plantada com adorno,
O amor destes pais amorosos.
Defeitos aqui temos também,
Quantas vezes pedir-lhes perdão,
Pelo erro cometido a alguém,
O perdão vindo do coração.
Espero que tenham juízo,
Amor, verdade e confiança,
Em Deus, com amor e altruísmo,
Fortalecendo a esperança.
A aurora traz o sol dos meus tormentos,
ilumina a dor,
reflete o amor,
da loucura constante
desse sentimento.
Transforma em admiração,
revolve a tristeza,
aquilo que a razão
libertou da jaula mais escura,
de dentro da mente,
de dentro dos sonhos,
da possibilidade mais remota
e distante do arrependimento...
O vento corta os meus cabelos,
E estou aqui a murmurar,
Palavras de alentamento,
De uma aurora que irá chegar;
Mas, palavras, quê são palavras?
E eu me entrego sem cessar,
Às torrentes cristalinas,
Do meu profundo pensar.
O quê dizer então,
Palavras assim como vêm, vão
E só se saem do coração
Perpassam toda a ilusão...
Mas se pairam na superfície,
De um rio poluído às escusas,
Sem provir de águas profundas,
Não deixam nada senão,
Que um punhado de desilusão...
VIDA DE PEÃO I
Vem raiando o dia, a aurora a despontar
Desperta o galo “campina”. é hora de levantar
Calço as “butina inda suja”, da noite passada
E tomo um preto selvagem,
pra encarar a alvorada.
Vida de peão rotineiro, e batalhador
Enfrenta solos agrestes deste interior
Lamenta o cheiro brejeiro que ficou pra trás
E um gosto de um beijo ardente
Do seu grande amor.
Um grito grosso de um berrante acende
Na madrugada ao alazão surpreende
A energia solta e leve na brisa
Essa paixão desse peão ameniza
Antes que venha a noite, vê os amigos
Conta estórias, relembra os perigos
As voltas dadas ao redor deste mundo
E os desafios dos oito segundos.
Com seu chapéu trinta x é agora
Olhar do touro diz que esta é a hora
E na arena aquela que o desprezou
Tão linda ainda faz lembrar uma flor
Momentos duros de pura emoção
O velho amor martela o coração
e desligado do rodeio é o fim
quando sem pena o boi derruba o peão.
SOU UMA MENINA NEGRA NA COR
A aurora chega trémula no tom, quebrando meu silêncio cansado
Tristeza no olhar, mas tenho que levantar
Já é manhã cedo
Desço a Avenida, tropeçando na calçada sem nível
Atravesso sob o olhar fixo do farol
Único que não vê em mim, a menina negra que sou
Nada dificulta ser pontual para servir
É já ali, onde tudo começa
Vidros, janelas, portas, escadas e gente
Perguntas no olhar, silêncio na fala
Minha incerteza aconselha-me a desistir
Quero esquecer toda diferença e terminar minha caminhada
Sou mais uma menina negra na cor
Semelhante no rácio
Hábitos que divergem com dedo na cor, eu sei
Meu andar é compatível
Penso correr para bem longe e chorar
Acabo sozinha bem perto daqui
No corredor cínico que dá esperança de vida
Vozes simpáticas na cor pra me animar
Quando canta o galo na rocinha
Menina sem tecto, tristeza na cor
É cor na actitude que ensina
É cor na companheira de sala, eu sei
Distante dos meus, vou resistir
Menina negra na cor, eu sou
Não vou desistir
Esperança na raça, eu tenho sem cor.
«RGomes«folhas c.v. morta
Para cada um de nós, estejamos preparados ou não,
Algum dia, o fim chegará.
Não haverá mais auroras, minutos, horas nem dias
Todas as coisas que você juntou,
Quer sejam elas entesouradas ou esquecidas, serão passadas para outra pessoa.
Sua riqueza, fama e poder temporal, vão encolher até a irrelevância.
Não importa o que você possuía ou devia...
Seus rancores, ressentimentos, frustrações e invejas, finalmente desaparecerão.
Assim como, também suas esperanças, ambições, planos e agenda irá expirar.
As vitórias e derrotas, que lhe pareciam tão importantes, também sumirão.
Não importa de onde você veio..
Nem de que lado da trilha você viveu no final...
Não importa se você é bonita, inteligente ou mesmo brilhante.
Mesmo o seu gênero e cor de pele, ficará sem importância.
Então, o que vai importar?
Como será medido o valor dos teus dias?
O que importa não é o que você comprou, mas o que construiu...
Não, o que você conquistou..mas o que você deu...
O que realmente importa, não será seu sucesso...mas seu significado.
O que importa não é o que você aprendeu..mas o que ensinou.
O que importa é cada ato de compaixão, integridade, coragem
ou sacrifício que enriqueceram, fortaleceram e incentivaram
outras pessoas a seguir seu exemplo.
O que importará não será sua competência, mas seu caráter.
O que importará, não será quantas pessoas conheceu..
Mas quantas sentirão uma perda duradoura, quando você se for...
O que importa, não são suas memórias...
mas as lembranças que vivem naqueles que te amaram.
Não importa quanto tempo você será lembrado,
Mas sim por quem e pelo quê...
Uma vida, vivida com importância, não é feita de circunstâncias, mas sim, de escolhas...
Então, o que vai importar?
Corvos covardes se corromperam se unindo aos abutres.
Invadiram no romper da aurora, minhas terras onde moro.
Ataques violentos incessantemente devastavam as esperanças semeadas
O espantalho não os intimidava, pois os aliados lhe garantiam impunidade.
Nas terras vizinhas o mesmo mal se abatia.
Em terras distantes com perdas enormes foi possível os afugentar.
Tal exemplo foi seguido por poucos que não suportaram a humilhação.
Mas não tiveram a mesma sorte, pois aqui sequer havia munição apenas coragem.
Nossos irmãos foram aniquilados sem piedade.
Alguns nem mesmo podem ser velados por ocultação de cadáveres.
Coube o tempo adubar o solo para as gerações futuras.
Ainda hoje somos obrigados a acatar uma determinação do Ministério da Agricultura...
É terminantemente proibido caçar corvos.
E na televisão os abutres ostentam seu poderio
AURORA
O encanto que me encanta
Quando a manhã se levanta
É ver um segredo exposto
Na alegria do teu rosto!
É ver acesa essa chama
Que em meu ser flameja;
É sentir que você me ama...
Quando a sua boca me beija!
É sentir quando anoitece
Que uma luz em mim aparece
E outra luz de ti emana.
É sentir por toda hora
Que a vida é uma aurora...
Quando a gente se AMA!
Renascimento
Admirável mundo em que me encontro agora,
Admirável vista que tenho da bela aurora...
Sinestesias a revelar,
Amores a recordar.
Renascer aqui para que?
Se só dor tem neste âmbito,
Mas, busco alegria em meu pranto.
Busco sabedoria, busco honra e amor.
Não existe razão para, aqui, minha permanência,
Logo, não há sentido e, tão pouco, carência.
Não, não há!
Livre agora para voltar...
Para, da polis, me libertar.
Não, não há... Mais nada, aqui... Aqui neste lugar!
T.M.C.P 20/07/2012
Sou como a brisa da manhã, às vezes fina, às vezes rala...
Vivo como vive a aurora, sem ter pressa, sem demora...
Amo como se ama o amor, de corpo, alma e coração.
E tudo isso faz de mim um ser em perfeita extinção.
Aurora é essa tal senhora
Que me prende agora
E traz o amanhecer
Aurora, não me deixe fora
Pois, se for embora,
O raiar do dia é nulo sem você
Ponteiros que giram no incessante tempo da espera.
Sonho que dorme com a aurora.
Vozes que me buscam sem trégua.
Saudades sem fim.
E quando ver a aurora, lembre se que é a chance de um novo começo.
E que por mais vezes que tenha tentado é hora de tentar de novo, porque um dia...
... ah um dia vai da certo, se você acredita vale a pena tentar.