Ator
Agora sim eu to tranquilo,
Agora esqueci do Mundo...
Pode falar o que quiser,
Da mente sã de um vagabundo.
A realidade que se quer não é a realidade que se vive,
Para poder fazer o bem , apenas hoje, só consiste em dar amor,
E receber da Vida o que doou.
Nós somos atores da própria vida, interpretando papéis (máscaras, identidades) a todo momento, e nunca vivendo a vida verdadeira, natural e plena, que viemos viver.
Em cena, ação.
Convivo com histórias que protagonizei
Mas que não mais subirão aos palcos
Acabaram-se as sessões e só quem pagou, consumiu
E cheio de emoções se foi
Porque sou tão volátil que não me presto
Nem a ser imprestável por muito tempo
Faço o mal dizendo o bem
E me dispo inteiro para caber em uma peça
Afim de poder escrevê-la
Descobrindo quem fui
Enterrando o que senti
Desenhando quem sou
Já fiz, já revivi,
Guardo os pôsteres das exibições
Não me considero culpado
E também não sinto a dor do remorso
Já que sou mero ator das minhas vontades,
Das minhas repentinas e fluídas fases
Muito embora não as busco repetir
Agora quero o agora, quero ouvir aplausos que nunca soaram antes e dispensar os cochichos de reprovação
Quero adiante até quê
Um pouco depois de fecharem as cortinas e acenderem as luzes
Esteja eu novamente livre...
de volta pra mim.
Não gosto do meu trabalho, nem gosto do dinheiro,
preferiria escrever livros, enquanto não consigo,
vou atuando como trabalhador.
"Os atores"
Na berlinda da vida, os atores somos nós, representando um drama ou uma comedia,
Procuramos representar nosso papel, pois a plateia e exigente, um apupo ou uma vaia, estamos sujeitos, o enredo tem mais atores,
Mas somos os principais, tem hora que somos os mocinhos, hora somos os vilões, quando encerrar o pano no final, vão analizar nosso papel.
O ser artista!
O ser artista, que por inúmeros momentos se encontra perdido em si mesmo e mesmo assim se procurando pelo mundo. Tentando brigar com sigo mesmo, mesmo perdido em si e não se deixando se perder em uma zona de conforto chamada sofrimento, culpa ou até mesmo preocupação!
A cabeça de um artista que mesmo longe dos palcos, câmeras e holofotes o leva a entrar em uma zona de conflito com seus passos, perdido em uma selva de pedras onde só se encontra o único lugar verde, com vida - Sabe? Com cheiro de sereno e folhas molhadas de orvalho? - É no palco.
Obrigado Fernanda que em um momento disse que deveria se afastar, mais sim só voltar se não conseguir dormir, comer ou coisa assim. Sinto a dor do ódio que corre pela carne onde se une lado a lado o peito do coração. HORRÍVEL sim é horrível mais que ao sentir me faz pensar que não devo satisfazer a vontade do próximo em colocar um jaleco ou até mesmo uma gravata pra poder estar em algum lugar ou ser algum lugar.
O artista pode estar onde quiser e quando quiser pois ele é assim LIVRE, como um pássaro, livre de todas as surras, injúrias, calúnias que o sistema o faz passar, Não deixando com que o sentimento de obrigação faça com que sua luz se apague pouco a pouco como o fogo de uma fogueira que lentamente vai perdendo o seu brilho e sua força ao passar do tempo.
Pra nós não existe ano, mês, dia e nem hora e sim momentos, momentos de felicidades eu tristezas que como uma pedra valiosa vamos sendo lapidados. Vida, palavra que respeito por não saber o que seja e mesmo tentando saber percebo que meu lugar é aqui sobre as madeiras lado a lado colocadas que rangem ao pisar de um texto falado e me fazendo gritar o ser artista que nasce antes de mesmo de um nome escolhido quando se descobre que é menino.
Descobrindo desde já que a vida, sim a vida e um pêndulo de um relógio cuco que fica com seu movimento de um lado para o outro lhe dizendo que nunca mais,nunca mais, nunca mais.
29/06/2018
A Cultura poética de Orlando Drummond!
A Escolinha se despede
Na cultura do humor
Para Orlando Drummond
Um eterno dublador.
Cem mais um na medida
Foi agora em despedida
O comediante e ator.
A vida é como um filme
que não pode se pausar,
se perdeu alguma parte,
não dá pra rebobinar;
de comédia ou de amor,
tem atriz e tem ator
e um Oscar pra ganhar.
PAULO GUSTAVO
Quando acaba o espetáculo,
e se fecham as cortinas,
teatro fica vazio,
tudo volta à rotina.
Mas toda plateia chora
quando a estrela vai embora
de uma forma repentina.
Para que eu possa sentir-me vivo em cena, uma conexão, antes, torna-se necessária. Preciso ter como verdade absoluta as minhas falas e ações. Preciso estar vivo como personagem. Estando vivo como personagem, conseguirei sê-lo.
Se o mercado não compreende que posso ser além da minha identidade, então o mercado que melhore suas percepções, não eu