Ator
Sou um aprendiz de ator, Um poeta ainda não muito conhecido.
Eu poderia ter vindo até aqui e declamado Shakespeare ou citado alguns dos direitos humanos, mas aprendi que é preciso algo mais pra fazer a diferença: caminhos traçados levam apenas onde pessoas já foram.
se você não é o ator principal da sua própria história,vai ter que se contentar em fazer o papel de coadjuvante
ou pior que isso, ser apenas um figurante que aparece de vez em quando e no final da história acaba sentado na cadeira de expectador
deixando que outros assumam o papel de protagonista.
Amor X Ator
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- É coração, a verdade é cruel, mas cruel mesmo é ser verdadeiro e isso afetar as relações.
- Nesse jogo de pegar e não se apegar, você participa como parceiro passivo, normalmente te chamo de ele; ele não se apega, nele não se pega.
Daí você que tem adormecido ai dentro em um cantinho só nosso, experiências a dois que foram especiais à época, não sabe deixar na gaveta da lembrança que deveria ficar exatamente afastada da gaveta da saudade, a sua essência.
Tão confuso quanto entender o mundo, esse mundo que nunca tive intensões em entendê-lo, é ser generalista na maneira de falar: Ninguém quer nada sério. Mas viver, ser feliz, ser honesto com seu sentimento não deve ser algo sério? Deve! Mas não pode ser.
Hoje, falar sobre sentimento, sobre se sentir bem em estar com alguém para um amigo(a) é ser "leso", "besta", "fraco", "enganado", "iludido", etc. E esses, os amigos, sorrirão de você, apontarão destinos trágicos para sua vida emocional, social e familiar.
Pior ainda é quando você se dispõe a falar para aquela pessoa que você gostaria de tê-la, sobre o sentimento que anda circulando em seus desejos. Daí você será "carente", "pegajoso", "inconveniente", "fraco" (novamente), "engraçado" (fazendo apologia ao sentido de palhaço) -, etc.
O que é melhor que abraçar em dois, deitar em dois, dormir em dois, viajar e dividir novas experiências culinárias, visuais, sensitivas até cansar em dois? Ter histórias vividas por dois! Ter caminhos profissionais distintos, mas que se encontram ao final da semana para discussão e felicidade de dois! Há coisa melhor, e mais séria que isso?
O mercado do afeto, do companheirismo, está em processo severo de extinção haja vista a banalização do acesso fácil ao oportuno s_x_ sem rosto e sem sabor. Tá, confesso, um s_x_ casual tem sabor, mas tal sabor é tão casual quanto o mesmo e logo desaparece nas primeiras 2 horas. Bom mesmo é aquele onde a porta se fecha, quatro paredes se formam com uma blindagem e o mundo lá fora é esquecido, e o universo sem pudor passa a ser o seu quarto, onde a porção de mar se torna seu suor, o suor de vocês dois, o suor de nós dois.
Confesso que não pareço, mas sou amante de coisas singulares feitas pelo plural de dois, você e eu. Mas confesso também que apesar de me sentir tão bem em estar com você, sei que é melhor ser O ATOR de mim, e fingir que estou fazendo oportuna a casualidade desses encontros, por saber que se eu transparecer que não estou mais afim das casualidades que você me propõe, é certo, mas tão certo que não te terei mais, que no momento minha intensão é ganhar o OSCAR de melhor ATOR COVARDE DE MIM, a ganhar o OSCAR de PIOR DRAMA QUE VIVEREI.
____________________________________história_do_covarde_amor.
Insegurança de ser, de uma maneira tão complexa, que ele, o ator, é de maneira inteiramente completa.
O ator é assim, meio sem nexo, assim, assim... cheio de vida. Ah meu Deus, se todas as pessoas pudessem sentir o que sinto.
Sonhei que era famoso
Sonhei que era famoso,
Compositor, cantor, escritor, ator ou o seja lá o que for,
Tudo que eu dizia tinha classe, tudo que fazia tinha glamour,
Havia fãs, seguidores e admiradores.
E assim acumulava grana e fazia fortuna,
Mulheres aos meus pés e muitos corações partidos
Mas era famoso, isso era bom, mesmo com muito interesse em jogo.
Carrões, iates e hotéis de luxo, nada me faltava,
Por muitas festas eu passava, o pessoal me chamava,
E ainda se precisasse de mais alguma coisa
Meu empresário providenciava.
Foi então que nesta vida de famoso resolvi descansar,
Sem querer acordei do sonho que tive e sofri,
Contas para pagar, a geladeira vazia e a mulher a gritar,
Morar na periferia, carro popular e filhos para cuidar.
Assalto a mão armada, buracos nas calçadas e algumas sandálias estragadas.
O dinheiro não dá, o mês é pouco, vivendo sempre no sufoco,
E eu querendo voltar a sonhar, porque sinceramente meu amigo,
Esta vida de pobre, definitivamente não dá.
QUASE
Quase fui um ator,
Mas tinha que estudar e trabalhar,
Não podia ensaiar.
Um sonho que passou.
Quase fui um cantor,
Mas era desentoado,
Fora de ritmo, desafinado.
Passou... deixei de lado.
Quase fui um compositor,
Mas não tinha um amor,
E sem uma musa como iria compor?
O tempo passou.
Quase fui jogador de futebol,
Mas não sabia driblar, chutar em gol.
Minha bola murchou.
Desisti do jogo e de ser jogador
Quem sabe um juiz ou professor.
Quase não pude estudar,
Tinha que trabalhar pra sobreviver,
Mas fui à luta e cheguei,
Venci, estudei, aqui estou
Quase poeta e feliz com vocês.
Quase não tive um amor,
Românico que sou, sofri.
Muitas namoradas arrumei,
Amor, hum...tive três.
Quase desistir de escrever,
A inspiraçao me faltou
Em seguida ela voltou
Tirei do fundo da minha alma
Esses versos pra vocês,
Com carinho e emoções
Pra tocar e alegrar seus corações...
(Eron
Malandro, desce do teu altar de vaidade…
No palco escuro da vida, onde o orgulho é ator, dança o malandro, confiante, num delírio sedutor.
Crê que o sangue de sua linhagem carrega a centelha, que apenas na sua casa nasce a chama mais velha.
Mas o mundo, vasto, ri dessa pretensão miúda, pois a sabedoria não se prende à herança desnuda.
Não é o ventre solitário que molda o engenho, nem o berço dourado garante o desenho.
Há estrelas em vielas, há luz em becos sombrios, há mentes que florescem mesmo entre os desafios.
Quem se vê dono do gênio, numa vaidade tão vã, esquece que o universo cria mais do que uma manhã.
O vacilo é pensar que a sorte tem endereço certo, que o brilho só repousa no teto do mais esperto.
Mas o destino, astuto, tece fios imprevisíveis, e a inteligência floresce em terrenos impossíveis.
Assim, malandro, desce do teu altar de vaidade, o mundo é vasto, e a vida, cheia de diversidade.
Nem só tua mãe, entre todas, concebe a centelha, pois o cosmos gera gênios sob qualquer telha.
Rafael Miguel não foi só o ator, mas um mecânico, lixeiro, estudante, funileiro e muitas outras profissões que a sociedade desse tempo não dá valor.
O ator de 54 anos, Domingos Montagner, deixa mulher e três filhos. Morreu numa tarde de quinta-feira, após passar a manhã gravando cenas finais de uma das mais belas e densas novelas da Rede Globo, Velho Chico. Um mergulho em uma tarde de quinta-feira. Em uma folga, ao lado da companheira de trabalho, Camila Pitanga. Rápido como o estampido de um estouro. Segundos de distração nas correntezas de um rio carregado de misticismo e significado. Um rio onde, dias atrás, cenas da novela se desenrolavam no afogamento e resgaste do seu personagem.
Em um estampido. Daqueles que causam choque e que não sabemos se é tiro ou se é bomba. Talvez, em um tempo menor do que o barulho que nos causa a mente. A vida se esvai. Escapa das nossas mãos em uma dança melancólica de perplexidade, como declarava os repórteres globais ao anunciar a morte do colega de emissora. Perplexidade. A morte e seus significados. E essa mania de mexer com o coração da gente. Com o estomago da gente. Eu, que tanto tenho me irritado ultimamente. Que tenho estourado por tão pouco. Que tenho dito tantas coisas desnecessárias a gente que não vale a pena, e deixando de dizer tantas coisas que vale a pena as pessoas necessárias. Eu, que tenho pedido pro dia ter um pouco mais de tempo pra que eu possa dar conta de tanta coisa. Que tenho mantido com o café uma relação séria e essencial para manter os meus olhos abertos..
A morte e seus efeitos. O sentimento de tristeza é obvio. Um ator, protagonista de uma novela em reta final. Mas, o choque é por saber o quanto somos e estamos à mercê de morrer. Amanhã, daqui a uma semana. Ou agora. Brincamos de viver, achando que nunca vamos morrer. E quando acontece um fato desses, engolimos seco. A morte mostrando quem manda. E quem se habilita a desafia-la agora?
Velho Chico….
Mata o calor, mata a sede
Mata a seca, encanta o ator…
deixando para sempre a saudade de quem aqui ficou…
Velho Chico que salva, mas também leva para a morada do Santo Senhor,a morte é dura, mais dela nunca nenhum homem escapou...
Que sua morada na casa do Senhor seja eterna ate o dia de sua volta para que possamos rever nossos queridos e viver com eles para eternidade.
Saudades Eternas
segue na paz...Domingos...
Ariana Aquino.