Ateu
Crítica religiosa
De joelhos! Ao seu líder, ao seu mestre, ao seu rei, ao seu senhor! Humilhem-se diante da face do criador! Mostre a ele toda sua imperfeição e tente convence-lo que não foi assim que ele o criou.
Por quase 15 séculos o estabelecimento legal do cristianismo esteve em teste.
Quais foram os frutos?
Mais ou menos , em todos os lugares, orgulho e indolência no clero; ignorância e servilismo nos leigos; em ambos, superstição, intolerância e perseguição.
- James Madison - Deus, um delírio. Pág 70
Pessoa nenhuma, conseguiu me provar que Deus não existe, elas só conseguem aumentar minha certeza, que elas não O conhecem, e o fato delas não O conhecerem não implica na Sua existência!
Deus pode existir, ou não; se fazer presente, ou não... Tudo depende do seu grau de fé, e a gratidão de cada um (...).
Pessoas Tenta pregar a Religião que Não e Nada mas que um mito um conto , Fábula , Como uma '' Verdade absoluta'' sem nenhum conceito verídico .
A crença em algo maior, a natureza criadora, sempre tive, e acredito que no íntimo todos possuem, apenas não entendia que se chamava-se Deus, por isso por um período até me denominei ateu, pois via milhares de pessoas falando em Deus de forma vazia, ou falando dele e pregando mandamentos mas fazendo milhares de coisas erradas, que nada condiziam com o que preconizavam.
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.Vejo ainda que muitos me mostraram um Deus que ainda continuo não acreditando, por isso busco o conhecimento para que a verdadeira natureza divina se revele através da Bíblia e do Espírito Santo e eu não dependa de homens para chegar a conclusão do que é Deus e sim que ele se revele a cada dia na minha vida eu possa ter a mínima ideia de tudo que ele representa.
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Mas vi que eu estava errado, em não citar o nome de Deus, pois Deus, muitas vezes, nada tem haver com aquilo que o homem o define.
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Errei em acreditar no homem, em depender do homem para alimentar meu conhecimento e hoje vejo que nada sei e quanto mais estudo vejo que menos saberei acerca da infinidade de Deus.
No entanto, sei que o pouco que aprendi através do Evangelho é capaz de me guiar com passos firme pelo resto da minha vida.
Sem pretender complicar as coisas, devo, no entanto, admitir que o ser humano tem necessidade de atribuir sentido à sua existência.
Ao que eu saiba, gato, cachorro, cavalo, macaco, não têm necessidade disso. Começa que, ao contrário do bicho-homem, não sabem que vão morrer. E aí está todo o problema: se vamos morrer, para que existimos?, perguntamos nós, sejamos filósofos ou não. Aliás, é por essa razão que surgem os filósofos, para responder a essa pergunta de difícil resposta.
Em busca de soluções, o homem inventou Deus, que é a resposta às perguntas sem resposta. Por isso mesmo, e não por acaso, todas as civilizações criaram religiões, diferentes modos de inventar Deus e de dar sentido à vida. Há, porém, quem não acredita em Deus e busca outra maneira de dar sentido à existência, à sua e a do próprio universo.
Esses são os filósofos. Mas há também os que, em vez de tentar explicar a realidade, inventam-na e reinventam-na por meio da música, da pintura, da poesia, enfim, das diversas possibilidades de responder à perplexidade com o deslumbramento e a beleza.
Há, porém, quem dê sentido à vida empenhando-se nas pesquisas científicas, nas realizações tecnológicas e nas produções agrícola, industrial ou comercial. Também existem os que encontram esse sentido na ajuda aos outros ou na dedicação à família.
Qualquer uma dessas opções exige do indivíduo maior ou menor empenho, conforme as características de sua personalidade e as implicações da opção feita. Por exemplo, se a opção é no campo da arte, os problemas que surgem podem conduzir a um empenho que às vezes implica numa entrega limite, que tanto pode levar à realização plena como à frustração do projeto.
Diversamente, no plano político, por envolver um número considerável de indivíduos, o sectarismo ideológico tem consequências graves, às vezes trágicas. O exemplo mais notório é o nazismo de Adolfo Hitler, que levou ao massacre de milhões de judeus e a uma desastrosa guerra mundial. Mas houve outros exemplos de sectarismo ideológico, como o stalinismo e o maoismo, de lamentáveis consequências.
No plano da religião, então, por adotar muitas vezes a convicção de que ali está a verdade revelada, tanto se pode alcançar a plenitude espiritual como render-se ao fanatismo intolerante, a exemplo do que ocorreu, no século 13, com a Inquisição, quando a Igreja Católica criou tribunais para julgar e condenar os chamados hereges. Eles eram queimados vivos na fogueira, já que teriam entregue suas almas ao Diabo. A religião é, certamente, o campo propício ao surgimento da intolerância intelectual, precisamente porque ela se supõe detentora da verdade absoluta, da palavra de Deus. Hoje, temos, nesse campo, a atuação fanática do Estado Islâmico.
Mas voltemos à necessidade que temos todos de dar sentido à nossa vida. Generalizando, pode-se dizer que o bicho humano, para ser feliz, necessita de uma utopia. No século 20, para muita gente, essa utopia foi a busca da sociedade fraterna e justa, concebida por Marx e que, sem se realizar plenamente, extinguiu-se. A consequência disso é que, hoje, vivemos sem utopia, o que atinge particularmente os mais jovens.
Sem dúvida, a maioria deles, de uma maneira ou de outra, encontra seu caminho, um sentido para sua vida. Mas há os que, por uma razão ou por outra, tornam-se presas fáceis de uma opção radical, como a do fanatismo islâmico que, além de lhes oferecer um rumo –uma espécie de missão redentora–, atende a seus ressentimentos. A isso se somam muitos outros fatores, como as raízes étnicas, a descriminação, a frustração social e, sobretudo, um grave distúrbio mental.
Nós devemos encontrar um equilíbrio entre a satisfação de todas as nossas necessidades e a não satisfação. A consistência desse equilíbrio é a seguinte: o excesso de privação conduz o ser humano ao desespero; e o excesso de posse o conduz à indolência. Se nós obtivermos deste mundo tudo o que nós queremos, nos tornaremos ao final espiritualmente indolentes. Por outro lado, se não possuirmos deste mundo nada do que precisamos, nos tornaremos ao final desesperançados. Isso quer dizer que o complemento do querer a divindade não é o não querer o mundo, mas o não querer o mundo demasiadamente. Pois do ponto de vista da divindade o mundo é um de seus aspectos.
O equilíbrio é encontrado quando o ser humano conduz a sua vida de tal modo que ele nunca esteja plenamente satisfeito ou plenamente insatisfeito. Devemos acostumar a nossa alma com o fato de que as coisas do mundo vêm sempre pela metade. Quem acha que o mundo deve ofertar tudo o que é desejável, acaba por tornar-se idólatra. Por outro lado, quem acha que o mundo é incapaz de oferecer alguma situação satisfatória, acaba por tornar-se ateu. Quem estabelece uma dicotomia entre o mundo e Deus acaba por acreditar que não existe Deus algum. O ser humano deve, então, reunir o mundo e Deus em sua alma individual. A sua individualidade deve conter uma relação com Deus e uma relação com o mundo, e ambas as relações não podem ser contraditórias. Elas devem se complementar num certo sentido como o sol e a lua se complementam. O sol é sempre luminoso. A lua cresce e diminui. Essa oscilação lunar representa o tipo de relação que o ser humano deve estabelecer com o mundo. O mundo não irá oferecer luz todo o tempo, mas também não oferecerá trevas todo o tempo.
Creio: o ateísmo alheio não muda meu relacionamento com Deus.
Admiro: minha fé em Deus não desabilita a inteligência do ateu.
A verdade é que há tanta perspicácia no descrente, que a origem de tal mente, só pode ser divina.
A teoria ensina: amar a Deus sobre todas as coisas.
A prática mostra: amar a Deus sob todas as coisas.
Algumas pessoas religiosas acusam os céticos de não terem nada além de um mundo frio, vazio e científico. Eu tenho apenas arte, música, literatura, teatro, as maravilhas da natureza, matemática, o espírito humano, sexo, o cosmo, amizade, história, ciência, imaginação, sonhos, oceanos, montanhas, amor e a beleza do nascer de uma nova vida. Pra mim, está bom.
Debater a existência ou a não existência de Deuses já não deve ser a questão, um vez que este debate está no campo da imaginação e das ideias cruas e mal fundamentadas desprovidas de objetividade. A questão proposta por nós "ATEUS" não é tentar provar que Deus não existe, pois já temos esta convicção. A principal proposta ateia é fazer reflexões que compreenda toda a existência, toda a historicidade e os princípios da natureza humana. Talvez como diversos filósofos e estudiosos já tenham afirmado, a religião ou a crença não fundamentada naquilo que se queira acreditar, seja realmente necessária para a vida de algumas pessoas. Talvez seja uma condição inata a psique humana, talvez não. Talvez a religiosidade seja como Dawkins alega, um vírus que infecta os seres humanos em seu primeiros estágios de vivencia. É evidente que a fé está e sempre estará contida na eminencia cultural e toda a sua dinâmica. É preciso acreditar-se em algo. Mas o que o ateísmo trás em sua essência, é que, mais fundamental que se acreditar simplesmente em algo é compreender e dar um sentido a este algo. É preciso entender como funciona o mundo e como se dá a sua dinâmica. Ter noção dos princípios da leis naturais que regem o universo e utiliza-la para o progresso e o desenvolvimento. Temos que compreender que há em evidencia uma forte tendência secular que nos conduz e nos supri com diversos tipos de conhecimento. Não se pode negar a diversidade do universo na questão material, cultural e idealística. O mundo é sim uma tremenda complexidade, mas temos total capacidade de ao menos poder compreende-lo de forma profana e temporal. O ateísmo apenas tenta mostrar para a visão fundamentalista religiosa que, por mais que queiramos negar, há uma real tendência evolucionista que se provou e se prova na vida secular da história da humanidade. E que essa tendência se refere a existência de todas as coisas neste nosso mundo. Religioso ou não é, de certa forma, obrigado pela razão a seguir a lógica objetiva da vida a qual nos dá sentido. Isto é o plano mais real e objetivo possível. Cada qual tem o direito de acreditar no que quiser acreditar, porém o problema é que quase sempre acabamos tornando verdade para si o que não se prova para o mundo. Ateu enxerga o mundo como ele é, e toma para si convicções ao menos pautadas na observação ou conhecimento adquirido sobre algo. Verdadeiros ateus conseguem compreender a vida no plano "real" da razão lógica. Compreendemos que a vida é uma dádiva misteriosa e intrigante, e que não podemos, jamais, possuir respostas para algumas questões. Teorias são aceitas ou refutadas a todo momento, assim é o que mostra a história do conhecimento científico ao longo do tempo. Mas são somente estas teorias (principalmente as aceitas) que nos embasam e podem nos dá a certeza de algo nesta vida. Este é o verdadeiro pensamento ateu.