Ateu
"A maior luta do homem não é contra a guerra, violência, baixa qualidade da educação, falta de infraestrutura na saúde, descaso com o meio ambiente, injustiça, fome e desemprego. A sua verdadeira batalha é contra sua consciência. Todo e qualquer mau na sociedade se baseia no preconceito malicioso e na falta de empatia pelo próximo.
Ainda mais, quando vivemos em uma sociedade que se baseia moralmente em um livro no qual o seu protagonista ordenava "sua antiga nação a destruir toda e qualquer cultura diferente da sua", sendo que supostamente, ele mesmo permitiu a diversidade cultural."
A criação do senso comum surge na infância, quando estuda História na escola com desdém, e as histórias bíblicas na igreja com atenção.
Quando me perguntam sobre Deus, tudo o que tenho são dúvidas, mas fico impressionado com quantas certezas outras pessoas tem sobre o assunto. Respondem qualquer questão com a maior certeza, sabem como o mundo foi criado, sabem o que devemos fazer para subir ao céu, sabem como nos redimir dos pecados, sabem tudo sobre o mais complexo dos assuntos, mas se corroem em dúvidas quando indagados sobre uma questão de ortografia
Deus pode existir, ou não; se fazer presente, ou não... Tudo depende do seu grau de fé, e a gratidão de cada um (...).
Sabe qual é o segredo da Vitória?
Não murmurar,não ficar contando miséria e com o pouco que você tem abençoar o próximo.
Abençoando... abençoado será!
Tem muita gente que só reclama da vida, não é reclamando que você vai alcançar a vitória ...O que Deus te prometeu Ele vai cumprir!
Chega de reclamar do crente ao ateu.
Deus não formou uma Igreja covarde e frágil, Deus formou sua Igreja forte e poderosa no Espírito Santo!
A crença em algo maior, a natureza criadora, sempre tive, e acredito que no íntimo todos possuem, apenas não entendia que se chamava-se Deus, por isso por um período até me denominei ateu, pois via milhares de pessoas falando em Deus de forma vazia, ou falando dele e pregando mandamentos mas fazendo milhares de coisas erradas, que nada condiziam com o que preconizavam.
.
..
.Vejo ainda que muitos me mostraram um Deus que ainda continuo não acreditando, por isso busco o conhecimento para que a verdadeira natureza divina se revele através da Bíblia e do Espírito Santo e eu não dependa de homens para chegar a conclusão do que é Deus e sim que ele se revele a cada dia na minha vida eu possa ter a mínima ideia de tudo que ele representa.
.
..
Mas vi que eu estava errado, em não citar o nome de Deus, pois Deus, muitas vezes, nada tem haver com aquilo que o homem o define.
.
..
Errei em acreditar no homem, em depender do homem para alimentar meu conhecimento e hoje vejo que nada sei e quanto mais estudo vejo que menos saberei acerca da infinidade de Deus.
No entanto, sei que o pouco que aprendi através do Evangelho é capaz de me guiar com passos firme pelo resto da minha vida.
Sem pretender complicar as coisas, devo, no entanto, admitir que o ser humano tem necessidade de atribuir sentido à sua existência.
Ao que eu saiba, gato, cachorro, cavalo, macaco, não têm necessidade disso. Começa que, ao contrário do bicho-homem, não sabem que vão morrer. E aí está todo o problema: se vamos morrer, para que existimos?, perguntamos nós, sejamos filósofos ou não. Aliás, é por essa razão que surgem os filósofos, para responder a essa pergunta de difícil resposta.
Em busca de soluções, o homem inventou Deus, que é a resposta às perguntas sem resposta. Por isso mesmo, e não por acaso, todas as civilizações criaram religiões, diferentes modos de inventar Deus e de dar sentido à vida. Há, porém, quem não acredita em Deus e busca outra maneira de dar sentido à existência, à sua e a do próprio universo.
Esses são os filósofos. Mas há também os que, em vez de tentar explicar a realidade, inventam-na e reinventam-na por meio da música, da pintura, da poesia, enfim, das diversas possibilidades de responder à perplexidade com o deslumbramento e a beleza.
Há, porém, quem dê sentido à vida empenhando-se nas pesquisas científicas, nas realizações tecnológicas e nas produções agrícola, industrial ou comercial. Também existem os que encontram esse sentido na ajuda aos outros ou na dedicação à família.
Qualquer uma dessas opções exige do indivíduo maior ou menor empenho, conforme as características de sua personalidade e as implicações da opção feita. Por exemplo, se a opção é no campo da arte, os problemas que surgem podem conduzir a um empenho que às vezes implica numa entrega limite, que tanto pode levar à realização plena como à frustração do projeto.
Diversamente, no plano político, por envolver um número considerável de indivíduos, o sectarismo ideológico tem consequências graves, às vezes trágicas. O exemplo mais notório é o nazismo de Adolfo Hitler, que levou ao massacre de milhões de judeus e a uma desastrosa guerra mundial. Mas houve outros exemplos de sectarismo ideológico, como o stalinismo e o maoismo, de lamentáveis consequências.
No plano da religião, então, por adotar muitas vezes a convicção de que ali está a verdade revelada, tanto se pode alcançar a plenitude espiritual como render-se ao fanatismo intolerante, a exemplo do que ocorreu, no século 13, com a Inquisição, quando a Igreja Católica criou tribunais para julgar e condenar os chamados hereges. Eles eram queimados vivos na fogueira, já que teriam entregue suas almas ao Diabo. A religião é, certamente, o campo propício ao surgimento da intolerância intelectual, precisamente porque ela se supõe detentora da verdade absoluta, da palavra de Deus. Hoje, temos, nesse campo, a atuação fanática do Estado Islâmico.
Mas voltemos à necessidade que temos todos de dar sentido à nossa vida. Generalizando, pode-se dizer que o bicho humano, para ser feliz, necessita de uma utopia. No século 20, para muita gente, essa utopia foi a busca da sociedade fraterna e justa, concebida por Marx e que, sem se realizar plenamente, extinguiu-se. A consequência disso é que, hoje, vivemos sem utopia, o que atinge particularmente os mais jovens.
Sem dúvida, a maioria deles, de uma maneira ou de outra, encontra seu caminho, um sentido para sua vida. Mas há os que, por uma razão ou por outra, tornam-se presas fáceis de uma opção radical, como a do fanatismo islâmico que, além de lhes oferecer um rumo –uma espécie de missão redentora–, atende a seus ressentimentos. A isso se somam muitos outros fatores, como as raízes étnicas, a descriminação, a frustração social e, sobretudo, um grave distúrbio mental.
Nós devemos encontrar um equilíbrio entre a satisfação de todas as nossas necessidades e a não satisfação. A consistência desse equilíbrio é a seguinte: o excesso de privação conduz o ser humano ao desespero; e o excesso de posse o conduz à indolência. Se nós obtivermos deste mundo tudo o que nós queremos, nos tornaremos ao final espiritualmente indolentes. Por outro lado, se não possuirmos deste mundo nada do que precisamos, nos tornaremos ao final desesperançados. Isso quer dizer que o complemento do querer a divindade não é o não querer o mundo, mas o não querer o mundo demasiadamente. Pois do ponto de vista da divindade o mundo é um de seus aspectos.
O equilíbrio é encontrado quando o ser humano conduz a sua vida de tal modo que ele nunca esteja plenamente satisfeito ou plenamente insatisfeito. Devemos acostumar a nossa alma com o fato de que as coisas do mundo vêm sempre pela metade. Quem acha que o mundo deve ofertar tudo o que é desejável, acaba por tornar-se idólatra. Por outro lado, quem acha que o mundo é incapaz de oferecer alguma situação satisfatória, acaba por tornar-se ateu. Quem estabelece uma dicotomia entre o mundo e Deus acaba por acreditar que não existe Deus algum. O ser humano deve, então, reunir o mundo e Deus em sua alma individual. A sua individualidade deve conter uma relação com Deus e uma relação com o mundo, e ambas as relações não podem ser contraditórias. Elas devem se complementar num certo sentido como o sol e a lua se complementam. O sol é sempre luminoso. A lua cresce e diminui. Essa oscilação lunar representa o tipo de relação que o ser humano deve estabelecer com o mundo. O mundo não irá oferecer luz todo o tempo, mas também não oferecerá trevas todo o tempo.
A teoria ensina: amar a Deus sobre todas as coisas.
A prática mostra: amar a Deus sob todas as coisas.
Algumas pessoas religiosas acusam os céticos de não terem nada além de um mundo frio, vazio e científico. Eu tenho apenas arte, música, literatura, teatro, as maravilhas da natureza, matemática, o espírito humano, sexo, o cosmo, amizade, história, ciência, imaginação, sonhos, oceanos, montanhas, amor e a beleza do nascer de uma nova vida. Pra mim, está bom.
RELIGIÃO É UMA MANIA DOENTE DE SE ACHAR QUE É SAUDÁVEL VIVÊ-LA. LEDO ENGANO, POIS O BEM MAIOR É UMA CONSEQUÊNCIA DE NOSSAS BOAS ATITUDES E NÃO DE NOSSAS BOAS INTENÇÕES! - Almany Sol, 12/11/13