Atenção do Filho Adolescente
UMA QUESTÃO PARA REFLETIRMOS SOBRE A REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL NO BRASIL, DE 18 ANOS PARA 16 ANOS ...
Será que o certo é promover a redução da maioridade penal, atribuindo aos jovens a culpa pela falência do Estado e pela ineficácia do sistema, ou investir esforços na revitalização do sistema como um todo, resgatando por conseguinte o prestígio do Estado, no que tange à sua responsabilidade em assistir os sujeitos em suas individualidades como pessoa humana, investindo esforços na efetivação de políticas públicas eficazes, adequadas à realidade brasileira, garantindo desse modo, direitos fundamentais previstos na Constituição Nacional e alicerçados em convenções internacionais dos direitos humanos?
Será que construir presídios e casas de acolhimento para menores infratores e jovens marginalizados socialmente é mesmo a melhor escolha? Porque é isso que terá de ser feito pelo Estado ao abdicar de sua responsabilidade legal quanto ao que deve ser feito com/para os jovens, principalmente aqueles em situação de vulnerabilidade social, por desleixo do próprio Estado. Tenho minhas dúvidas se essa é a melhor opção! Uns, dirão:
- É preciso estabelecer um equilíbrio entre o real e o possível, para diminuir a sensação de impunidade que impera no Brasil atualmente, tendo em vista que a atual situação não é nada favorável; a violência, a criminalidade, a ousadia dos atores juvenis com inclinação para o mundo do crime no Brasil cresce em níveis alarmantes, a escola já não dá mais conta de educá-los como antes. Espera aí! Educação é papel da família. Ah... Esqueci, os integrantes das famílias responsáveis pela educação dos filhos não podem mais fazê-lo, não dão mais conta disso, pois têm de trabalhar horas fio para sustentá-los em suas necessidades mais básicas, e também mimá-los com prendas tecnológicas de última geração e vestimentas e calçados absurdamente incompatíveis com suas rendas, só para compensar o vazio deixado por seus pais que, preocupados com sua educação para o convívio social e exercício cidadão não tiveram tempo de mimá-los, como muitos pais de hoje em dia fazem com seus filhos. Não deram a eles nada de 'mão beijada', ensinaram a eles o valor contido nas pequenas coisas e a importância do respeito ao outro e a si próprio; ao outro como indivíduo e a si próprio como sujeito inserido na coletividade social. Tudo bem, educação é papel da família! Mas se ela não dá conta, manda pra escola, que lá dá-se um jeito.
Talvez não seja o jeito dessa escola atual o melhor jeito, mas, faz-se o que pode não é mesmo? E como bem disse um pai desesperado e sem saber o que fazer para afastar seu filho da corrupção promovida por essa sociedade imediatista, de moldes hedonistas e de face cruel, no que tange principalmente as relações com as nossas crianças e jovens: "É melhor dentro da escola do que preso ou morto, né fessor?".
" Ter medo..., não apenas um
Mas medo de algo que não conheço
Algo que não é o ver, nem o tocar
Mas o sentir
Não ter medo só de sentir
Mas do jeito estupido que ele te faz agir
Por alguém que não merece
Alguém que não te corresponde
Ter medo da aproximação
Quando vejo alguém a tentando
Mesmo sem querer, eu a afasto
Contudo isso, tem o medo da rejeição
Medo de ser rejeitada
Rejeitada por sentir o que não é correspondido
COTIDIANO URBANO
Uma mulher elegante rasga a multidão de transeuntes a passos largos com seu salto agulha.
A tranquilidade do velhinho sentado no banco da praça incomoda alguns com sua conversa fiada e afiada.
O vendedor com voz de locutor grita na porta da loja as promoções do dia.
Uma criança sardenta chora por um picolé de chocolate do Bené, e a mãe impaciente grita com o filho: - picolé no frio não pode senão inflama a garganta.
Do outro lado da rua vendedoras bem maquiadas trocam ideias animadas na porta da loja deserta.
O barbudo ambulante vende goiabas e peras gigantes na esquina jurando que as frutas são orgânicas.
Ao seu lado um homem grisalho oferece produtos importados com o slogan “bom e barato”.
As adolescentes mal saídas das fraldas comentam animadas no ponto de ônibus sobre a beleza do funcionário da padaria.
Um rapaz “vida loka” compartilha seu funk “bombadão” com todos pelo celular barulhento enquanto observa as “novinha” passarem com seus micro shorts.
Entremeio os carros ziguezagueia um ciclista aventureiro (ou inconsequente) pendurado numa roda só.
Uma senhora de idade avançada para na faixa de pedestre, tenta atravessar a rua sem sucesso, pois os motoristas a ignoram.
Já a mulher marombeira atravessa facilmente fora da faixa, pois para o trânsito com sua roupa de academia dois números a menos, destacando suas curvas, celulites e culotes.
Uma moça em seu vestido esvoaçante atravessa a rua falando ao celular, quase é atropelada, é buzinada e nem percebe.
Já sua amiga distraída segue no mesmo caminho colocando em perigo a vida do seu poodle encardido.
E a senhora de idade ainda esta lá tentando atravessar na faixa de pedestre sem sucesso.
Um jovem oriental com camiseta de super-homem ajuda o deficiente físico com suas sacolas até o ponto do ônibus.
Aqui uma estátua viva finge-se de morta para sobreviver.
Acolá artistas de rua também se esforçam para agradar e esmolar uns trocados.
Meninos e meninas saem animados da escola, tagarelas, brincalhões com uniformes surrados e imundos depois de uma tarde de aprendizado diverso.
Um homem calvo fala ao celular, gesticula, anda pra lá e pra cá, esbraveja como se quisesse que a pessoa se materializasse na sua frente para que pudesse apertar o pescoço do infeliz.
Pessoas se acotovelam, se empurram e se espremem para entrar no coletivo lotado “soltando elogios” para todos os lados, lei do mais forte, do mais esperto ou do menos educado?
É o cotidiano urbano.
Vida que vai e vem, vem e vai.
Pulsante desafio diário, sofrível, recompensador, aprendizado.
Olhe à sua volta...
Qual o sentido da vida quando se vive uma vida de gado confinado?
Pensou na mesmice desse mosaico vivo?
E o mendigo indigente a tudo observa em silêncio tragando sua bituca de cigarro.
Rosto cadavérico, raquítico, cabelo encruado, mãos calejadas, homem vivido.
Ele é como uma sombra que quase ninguém vê, o qual a maioria prefere apenas desviar o olhar e o corpo para nele não roçar.
Ele observava a tudo e esboçava um sorriso de canto de boca por não entender a natureza humana, tanta aflição, agitação, tanta correria pra que.
Ele vive como “Carpe Diem”. Aproveita ao máximo o agora, vive dia a dia, só se preocupa com o que matar a sua fome e matar o vício antes que morra.
Sentado no chão em meio à multidão, aspira a fumaça dos veículos, a poeira dos calçados frenéticos, o odor alheio, em silêncio.
Ouvem-se as portas dos estabelecimentos baixando causando um frenesi imediato.
Ansiedade latente, a agitação toma conta do ambiente, pressa pra voltar pra casa ou ir seja lá pra onde for.
De repente a rua se esvazia de gente.
Restam carros transitando e lixo parado nos cantos da rua.
Mais um trago no cigarro, mais um gole de cachaça, mais um papelão para passar mais uma noite.
E amanhã recomeçar novamente a vida de gado de cada dia, de cada um, de quase todos nós...
Lembro-me
Eu me lembro da primeira vez que eu te encontrei, de como você me olhava estático e de como eu me apaixonei por cada detalhe seu.
Lembro da gente se amar em segredo, um com medo do outro não sentir o mesmo.
Me lembro de ter me achado e me perdido muitas vezes nesse teu olhar hipnotizante.
Lembro-me do desejo incessante de te ter perto de mim e nunca mais me distanciar, e só porque você completava tudo o que havia em mim.
Lembro-me de um dia te ver dormir, mas não lembro de ter te visto acordar.
Nós dois.
Acredito que quando estou contigo posso voar, descobrir novos mundos e alterar todas as leis da física.
Tem noção do quanto o seu amor me faz flutuar. Em você encontrei as respostas,as perguntas e tudo mais que faltava para me completar.
Por você eu fui além do horizonte, desafiei a gravidade e contrariei o que eu achava.
Com você eu sonhei meus sonhos, planejei o futuro e me tornei feliz.
Ah nós dois, a melhor resposta do universo que eu poderia ganhar
Somente uma nação que cuida de seus adolescentes e jovens fomentando estudo com qualidade, orientado por um corpo acadêmico qualificado e reconhecido, e escola acessível para todos poderá ser considerada desenvolvida.
Reflexões para velhos de amanhã...
Quem serei velho?
Quem estarei velho?
Quando serei velho?
Quando estarei velho?
Como serei velho?
Como estarei velho?
Onde serei velho?
Onde estarei velho?
Quem serei nesse lugar?
Quem estarei nesse lugar?
Quando serei nesse lugar?
Quando estarei nesse lugar?
Onde serei nesse lugar?
Onde estarei nesse lugar?
Terei lugar nesse lugar?
Terei nome nesse lugar?
Nenhum tipo de onde, como, quando, quem e ter deveria preocupar ninguém,
Nem o recém-nascido,
Nem a criança,
Nem o adolescente,
Nem o jovem adulto,
Nem para o adulto velho?
Será sofrido para os velhos enquanto os escondermos e deles nos esquecermos...
Hoje infelizmente cresci, minha vida mudou, minha inocência acabou. Não consigo sorrir sem saber o que vim fazer aqui.
Dizem que o amor é cego.
Mas também deve ser surdo, mudo e ainda por cima deve estar faltando membros.
Somos tão diferentes quando estamos longe um do outro, que quando estamos juntos a sensação é tão boa que faz nossas diferenças se transformarem em nada!!
Ele veio de mansinho,
como uma suave brisa
em uma tarde de primavera
trazendo consigo um perfume
de aroma inconfundível
Seu nome?
Amor adolescente
quente
ardente
doente
sufocante
arrepiante
que dói no peito
que faz do ser um menino
perdido de paixão
afoito pela loucura
apaixonado pela doçura
doando a própria alma
pedindo a própria cura
para ter aquela menina
pequenina menina
uma sina,
que sina divina...