Ate que Ponto Vale a Pena
Uma pessoa me perguntou: "até aonde se deve correr atrás da pessoa? Até que ponto vale a pena?". E refletindo sobre isso, cheguei a conclusão: até o limite, até onde é correspondido. Cada pessoa tem o seu limite. Tem umas que o limite é tão curto que não conseguem nem correr atrás do que querem, ficam tipo "tanto faz, tanto fez". Tem outras que começam a correr atrás e no primeiro obstáculo já se desanimam. E tem as que independentemente dos obstáculos vão atrás até conseguirem o que querem, até estourar o seu limite. Se é o que você ama, se é o que você quer, não desista. Acredite, vale a pena quando é amor. Vale a pena quando é correspondido, quando tem respeito, quando acima de tudo tem amizade, quando tem companheirismo. Vale a pena quando ambos fazem de tudo para não magoar o outro, quando ambos lutam para serem felizes. Vale a pena quando é recíproco, quando o sentimento mútuo! Vale a pena quando tem harmonia, quando tem equilíbrio, quando tem paciência, quando tem conciliação, quando tem apego, quando tem afeto. Enquanto houver esperança, vale a pena. Enquanto seu coração insistir, vale a pena. Acredite, quando se trata de amor você tem superar o orgulho e insistir, porque o amor sempre vale a pena!
Até que ponto vale a pena sacrificar sua felicidade, para simplesmente preencher o ego, e ter na consciência o pensamento de que o outro estar bem, quando o seu eu está profundamente ferido?
Se nós temos a capacidade de desenvolver a tese de que isso é a melhor opção, obviamente a outra pessoa também terá a mesma capacidade, mesmo que de uma forma diferente. Portanto, não é a melhor saída privar-se de ser feliz, porque a vida não é uma máquina programada e configurável, onde nós temos em nossas mãos, total controle dela.
Felicite os seus momentos, intencionalize-os e faça deles os melhores para serem inesquecíveis, dê o que der. Da mesma forma que você quer vê-lo feliz, você também precisa estar feliz - maldita sociedade.
Fico pensando até que ponto vale a pena buscar a espiritualidade, quando vejo outros aproveitando a vida sem busca alguma. Vamos todos para o fundo da terra. A promessa da vida após a morte, a redenção da alma, a vida eterna pela reencarnação parece não ter muita importância se não vivo o que posso viver nessa vida. Somente o monge faz o hábito e não o hábito faz o monge. Não sei mais se viver enclausurado dentro de si mesmo, pelas convicções que abstraimos ou aquelas que tomamos como verdade dos que pensam iguais, vale a pena. A questão nem é cair na lascívia, mas viver certas coisas que não vivemos em função do acabamos por acreditar ou nos fizeram acreditar. Espiritualidade é liberdade, mas vejo cada dia mais dogmas impostos do que podemos ser ou não ser e isso mais se parece com religiões. Qual o melhor caminho? Não sei mais no que acreditar, pois será que acredito mesmo, ou alguém, ou a sociedade me fez acreditar assim? Não estou aqui para escambos, mas será mesmo que há prêmio algum, ou não passa de mais uma forma de escravizar o pensamento de uma parcela da massa e o resto fica com as religiões? Odiaria pensar que me privei de tantas coisas por uma suposta ascenção espiritual que terminará exatamente no túmulo. Sei não...
E a vida muda. Talvez um pouco, talvez muito. E em algum ponto, simplesmente não vale a pena lutar para consertá-la.
O que é importante para um as vezes não significa nada para outros... Até que ponto vale a pena lutar???
Até que ponto vale a pena contestar opiniões dos outros sobre nós, se não controlamos a forma como somos percebidos pelo mundo?
" Às vezes, abrimos mão do que vale a pena, apenas para jogar com a sorte, mesmo sabendo que ela não tolera perdedores...