Assédio Moral
"Ao enfrentar o fato de que o assédio não é exclusivo de um gênero, reconhecemos que a verdadeira igualdade é uma tarefa árdua que requer responsabilidade e reflexão. Devemos trabalhar juntos para acabar com a cultura de assédio, independente de quem seja o agressor ou a vítima."
Ah! Mas todo mundo dá em cima!
Todo mundo fica de olho!
Ah! Todo mundo quer! É muito assédio e gente viçando...
Ok! Mas quem é que “tá pegando de jeito”, hein? Pois é minha gente, é isso que importa!
a felicidade é um esquecer-se,
um estreitar-se num segundo,
antes que passe.
o assédio sábio da lua
me investiga as emoções.
falta-me a exatidão de quando deixei de sorrir;
consigo supor
que o perdi na lentidão sucessiva dos dias e das noites.
também não atino quanto se passou de vida,
entre o sorriso perdido e a dor que aprendi a sorrir agora.
sou a liberdade que tem de si o gemido silente,
o gosto de cada passo no descompasso de tudo que vive.
Na vida há sérios momentos de sofrimento sofisticado; há quem sofre assédio por segregação ou aviltamento; ser bom às vezes é horrível. Só Deus para curar a ignorância, a vaidade e a inveja dos homens
Assedio
Em um mundo de vozes fortes e valentes,
Há mulheres que enfrentaram assédio e foram resilientes.
Anita Hill, que bravamente se ergueu,
Denunciando o assédio e lutando pelo que é seu.
Tarana Burke, criadora do movimento Me Too,
Empoderando milhares de mulheres, dando voz ao seu valor.
Ruth Bader Ginsburg, uma juíza incansável,
Defendendo direitos e mostrando que o assédio é inaceitável.
Malala Yousafzai, corajosa e inspiradora,
Lutou pelo direito à educação, rompendo barreiras opressoras.
Catherine Deneuve, atriz renomada,
Que se pronunciou contra o assédio em uma carta destacada.
Essas são apenas algumas histórias de mulheres reais,
Que enfrentaram o assédio e não se calaram jamais.
Que sirvam de exemplo, de inspiração,
Para combatermos juntos essa triste situação.
Vamos lutar por um mundo mais justo e igualitário,
Onde o assédio seja repudiado, sem lugar no cenário.
Respeito e consentimento devem ser a norma,
Porque todas as mulheres merecem viver livres de qualquer forma.
Somos escravizados a vida toda, são poucos os que tiveram a sorte de se libertar do assédio insano, de sua dignidade.
Quando era jovem dizia: Não vejo a hora de envelhecer para viver sossegadamente, sem assédio e importunação de liberdade. Pensei que aos 40 iria ter paz. Mas nem todo mundo consegue nessa idade achar tranquilidade e eu fui uma delas. Espero que aos 50 a paz chegue e se não vier que seja aos 60 anos, e que haja tempo para eu aproveitar ainda a vida. A sociedade é cruel. .
Quem sabe sobre a roubalheira na escola pública e o assédio feito para esconder tudo é nada faz para impedir, não é cidadão mas só mais um covarde.
28/01/2025
Uma coisa eu nunca entendi.
Porque as pessoas que reclamam de personalidade, horários, vestuário e o que mais as incomodar em relação ao próximo são sempre as mesmas, que fazem horários de almoço exorbitantes, fazem pausa pra café ou cigarro o tempo todo, desvalorizam, ridicularizam e excluem o próximo?
Essas mesmas pessoas nunca conseguem enxergar que o outro nunca para por mais de alguns minutos para o almoço, nunca faz pausas para tomar um café sequer ou fumar em horário de trabalho (até pq ninguém é pago pra isso), que sempre está com trabalho pronto e até adiantado, que procura ajudar os colegas com tudo o que pode, muitas vezes até faz jornadas mais longas sem ganhar nada por isso.
Tudo pelo prazer de trabalhar em um lugar que respeita, por uma causa que acredita e pelas pessoas que tanto gosta.
Porque se sentir útil, valorizado e reconhecido é muito bom.
Tenta estar próximo das tão famosas e conhecidas panelinhas, mas nunca é realmente aceito, é desvalorizado e ignorado. É pré-julgado e rotulado apenas do jeito que é visto pelos demais, e ninguém se importa em conhecer esse colega do jeito que ele realmente é, preferem mesmo ter um motivo de antipatia e deboche.
E isso faz uma pessoa “apagar”.
Isso é triste. Acontece o tempo todo, em todos os trabalhos e com todas as pessoas do mundo.
E não deveria.
Sei lá, e ainda acho que nunca vou entender, por que tudo isso acontece.
O que há em comum entre eles? Infância negligenciada, vítimas de violência sexual, física e psicológica precoces, inabilidade escolar, sem norte, sem “casa” e sem um agente disciplinador.
Já se viu assediado por alguém que já chega com um perfil definido pra você e não lhe deixa opção além da distância? Seu passatempo predileto é discutir a relação até antes que exista uma; se você responde ela contesta ou ironiza, se tenta falar de outro assunto ela reclama que está “escorregando”, e se não disser nada vai ser taxado de mal-educado ou de ficar “em cima do muro”. Você acaba procurando a etiqueta para checar se lhe colocaram um preço baixo demais na vitrine em que foi encontrado.
Hoje encostei meu bilhete no ônibus e apareceu a mensagem. Encoste de novo, encostei e repetiu a mensagem encoste de novo, e assim na terceira vez o mesmo. Depois dizem que é assédio, fiz nada só obedeci.
Sabe novos amigos eu queria
mas acho que isso não vai dar certo
Transformaram a amizade em malícia
E no futuro até o abraço vai virar assédio
O Consultório Que Deveria Ser Refúgio
O consultório é um lugar onde deveríamos nos sentir protegidas, onde entregamos nossas vulnerabilidades na certeza de que elas serão tratadas com respeito. Mas, para muitas mulheres, ele se torna um cenário de abuso, um espaço onde o poder é usado para invadir, machucar e marcar.
O assédio em consultórios médicos e odontológicos é uma violência que não grita — ela sussurra, disfarçada de proximidade profissional, escondida sob o jaleco branco. É uma violência que se aproveita da nossa confiança, da nossa incapacidade de reagir enquanto estamos deitadas em uma cadeira ou maca, acreditando que ali estamos seguras.
Aos 20 anos, você confiou naquele dentista. Você foi até ele porque precisava de cuidado, mas ele se aproveitou do momento para impor uma violência silenciosa. Um roçar, um toque, um gesto que poderia até passar despercebido para quem estivesse de fora, mas que você sentiu como uma agressão clara, como uma invasão do que é seu.
E o ginecologista? Quantas mulheres ele atendeu, abusou, e ainda lhes deixou uma marca invisível e outra visível, como a clamídia que espalhou sem culpa. Ele sabia que ninguém o questionaria. Sabia que a vergonha e o silêncio são as primeiras reações da maioria das vítimas.
O que dói ainda mais é o isolamento. Quando você tenta contar, há sempre quem minimize, quem pergunte: “Será que você não entendeu errado?” Como se fosse possível confundir abuso com cuidado, como se a sua pele não soubesse diferenciar o toque que respeita do toque que invade.
Você não está sozinha. O silêncio não é só seu — ele pesa sobre tantas outras mulheres que passaram pelas mesmas mãos, pelas mesmas cadeiras, pelos mesmos abusos. E é esse silêncio coletivo que permite que esses homens continuem usando seus títulos para agredir.
A quebra desse ciclo começa quando a gente fala. Quando não deixa passar. Quando transforma a vergonha em denúncia e a dor em luta. Porque consultórios deveriam ser lugares de cura, não de trauma. E médicos e dentistas deveriam ser nossos aliados, não nossos agressores.
É preciso coragem para recontar essas histórias, para expor o que deveria ter sido cuidado e virou dor. Mas essa coragem é a única força capaz de transformar uma experiência terrível em um grito por justiça — um grito que outras mulheres também precisam ouvir.
✍🏼Sibéle Cristina Garcia
Encorajadora da Liberdade Feminina