Assédio Moral
"Ao colocar o peso da responsabilidade do assédio apenas nos ombros dos homens, permitimos que a violência e a injustiça persistam nas sombras. Somente quando todos nós assumirmos a responsabilidade de lutar contra o assédio, independentemente do gênero, poderemos criar uma sociedade verdadeiramente justa e igualitária para todos."
"Ao enfrentar o fato de que o assédio não é exclusivo de um gênero, reconhecemos que a verdadeira igualdade é uma tarefa árdua que requer responsabilidade e reflexão. Devemos trabalhar juntos para acabar com a cultura de assédio, independente de quem seja o agressor ou a vítima."
"O problema é que, depois dessa onda do 'tudo virou assédio', fiquei com a impressão de que me tornei invisível aos olhos dos homens." 🤔
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Se o problema da Meghan é o assédio da imprensa e dos paparazzis, então por que é que ela foi se casar justamente com o príncipe Harry?
Uma coisa eu nunca entendi.
Porque as pessoas que reclamam de personalidade, horários, vestuário e o que mais as incomodar em relação ao próximo são sempre as mesmas, que fazem horários de almoço exorbitantes, fazem pausa pra café ou cigarro o tempo todo, desvalorizam, ridicularizam e excluem o próximo?
Essas mesmas pessoas nunca conseguem enxergar que o outro nunca para por mais de alguns minutos para o almoço, nunca faz pausas para tomar um café sequer ou fumar em horário de trabalho (até pq ninguém é pago pra isso), que sempre está com trabalho pronto e até adiantado, que procura ajudar os colegas com tudo o que pode, muitas vezes até faz jornadas mais longas sem ganhar nada por isso.
Tudo pelo prazer de trabalhar em um lugar que respeita, por uma causa que acredita e pelas pessoas que tanto gosta.
Porque se sentir útil, valorizado e reconhecido é muito bom.
Tenta estar próximo das tão famosas e conhecidas panelinhas, mas nunca é realmente aceito, é desvalorizado e ignorado. É pré-julgado e rotulado apenas do jeito que é visto pelos demais, e ninguém se importa em conhecer esse colega do jeito que ele realmente é, preferem mesmo ter um motivo de antipatia e deboche.
E isso faz uma pessoa “apagar”.
Isso é triste. Acontece o tempo todo, em todos os trabalhos e com todas as pessoas do mundo.
E não deveria.
Sei lá, e ainda acho que nunca vou entender, por que tudo isso acontece.
O que há em comum entre eles? Infância negligenciada, vítimas de violência sexual, física e psicológica precoces, inabilidade escolar, sem norte, sem “casa” e sem um agente disciplinador.
Hoje encostei meu bilhete no ônibus e apareceu a mensagem. Encoste de novo, encostei e repetiu a mensagem encoste de novo, e assim na terceira vez o mesmo. Depois dizem que é assédio, fiz nada só obedeci.
Já se viu assediado por alguém que já chega com um perfil definido pra você e não lhe deixa opção além da distância? Seu passatempo predileto é discutir a relação até antes que exista uma; se você responde ela contesta ou ironiza, se tenta falar de outro assunto ela reclama que está “escorregando”, e se não disser nada vai ser taxado de mal-educado ou de ficar “em cima do muro”. Você acaba procurando a etiqueta para checar se lhe colocaram um preço baixo demais na vitrine em que foi encontrado.
Qualquer presidente da Caixa Econômica Federal do Brasil, que goste de passar a mão na poupança alheia, não deve ser muito rigososo por seguir códigos.
(2022/06/30)
Luto...
“Não basta ser uma boa mãe
Não basta ser uma boa esposa
Não basta ser uma excelente profissional
Não basta ser a filha perfeita
Não basta ser a grande Amiga
Não basta ser forte e independente
Não basta ser nada...
Se for mulher, infelizmente está destinada ao desrespeito...
Estou em Luto pela minha integridade, que morre cada dia um pouquinho com as atitudes que vivencio nessa tal de experiência de vida.
Sim... eu luto contra seus elogios tendenciosos...
Eu luto contra seu preconceito ...
Eu luto contra suas duplas interpretações....
Eu luto contra suas piadinhas...
Eu luto contra seus julgamentos...
Eu luto contra suas condenações...
Estou em luto pelo respeito que morreu...
Em luto pelo cavalheirismo...
Em luto pela falta de sensibilidade...
Em luto pela pela falta de punição...
Em luto pela minha dignidade...
Eu luto para não levar a culpa...
Eu luto para me manter alegre,
Eu Luto para não parecer oferecimento.
Eu luto para segurar meu sorriso, eu luto para evitar outro entendimento...
Em luto pela minha liberdade de expressão...
Em luto pelo meu livre arbítrio...
Em luto pela amizade sincera...
Em luto para ser uma mulher feliz.
Eu luto para que percebam
Que o corpo é meu! E não seu!
Eu luto para que entendam
Que uma roupa curta não é convite!
Eu luto para que as redes sociais não se tornem passaportes para o desrespeito...
Eu luto para que quem decida seja eu.
Em luto pela educação do sexo oposto
Eu luto para a verdadeira amizade
Em luto pelo sorriso frouxo
Eu luto pela igualdade
Eu Luto pela minha saúde física,
mas em luto pelas inconveniências que estar saudável me proporciona...
Eu luto para me sentir bonita,
mas em Luto por me tornar culpada
Eu luto para acreditar nas amizades do sexo oposto,
Mas em luto por decepções diárias...
Em Luto pela esperança de mudança
Mesmo assim EU LUTO PARA SER RESPEITADA
EM LUTO POR NÃO PODER SER APENAS EU...
O patrão que usa da sua autoridade para assediar seus subordinados e se sentir poderoso, é o pior dos covardes.
O Consultório Que Deveria Ser Refúgio
O consultório é um lugar onde deveríamos nos sentir protegidas, onde entregamos nossas vulnerabilidades na certeza de que elas serão tratadas com respeito. Mas, para muitas mulheres, ele se torna um cenário de abuso, um espaço onde o poder é usado para invadir, machucar e marcar.
O assédio em consultórios médicos e odontológicos é uma violência que não grita — ela sussurra, disfarçada de proximidade profissional, escondida sob o jaleco branco. É uma violência que se aproveita da nossa confiança, da nossa incapacidade de reagir enquanto estamos deitadas em uma cadeira ou maca, acreditando que ali estamos seguras.
Aos 20 anos, você confiou naquele dentista. Você foi até ele porque precisava de cuidado, mas ele se aproveitou do momento para impor uma violência silenciosa. Um roçar, um toque, um gesto que poderia até passar despercebido para quem estivesse de fora, mas que você sentiu como uma agressão clara, como uma invasão do que é seu.
E o ginecologista? Quantas mulheres ele atendeu, abusou, e ainda lhes deixou uma marca invisível e outra visível, como a clamídia que espalhou sem culpa. Ele sabia que ninguém o questionaria. Sabia que a vergonha e o silêncio são as primeiras reações da maioria das vítimas.
O que dói ainda mais é o isolamento. Quando você tenta contar, há sempre quem minimize, quem pergunte: “Será que você não entendeu errado?” Como se fosse possível confundir abuso com cuidado, como se a sua pele não soubesse diferenciar o toque que respeita do toque que invade.
Você não está sozinha. O silêncio não é só seu — ele pesa sobre tantas outras mulheres que passaram pelas mesmas mãos, pelas mesmas cadeiras, pelos mesmos abusos. E é esse silêncio coletivo que permite que esses homens continuem usando seus títulos para agredir.
A quebra desse ciclo começa quando a gente fala. Quando não deixa passar. Quando transforma a vergonha em denúncia e a dor em luta. Porque consultórios deveriam ser lugares de cura, não de trauma. E médicos e dentistas deveriam ser nossos aliados, não nossos agressores.
É preciso coragem para recontar essas histórias, para expor o que deveria ter sido cuidado e virou dor. Mas essa coragem é a única força capaz de transformar uma experiência terrível em um grito por justiça — um grito que outras mulheres também precisam ouvir.
✍🏼Sibéle Cristina Garcia
Encorajadora da Liberdade Feminina