Assassinos
"Matar não é apenas desabilitar o corpo de alguém de uma vez por todas.
Matar também é destruir sonhos,deixar de fazer o bem, desrespeitar, negar atenção.
Matar é sobre fazer o outro sentir-se um nada, sufocando aos poucos suas emoções.
Se persarmos bem, sobre o conceito de "matar", descobriremos que somos todos assassinos.
(Fernandha Franklin)
Que adianta explodir e mutilar milhares de corpos em nome das guerras religiosas e das brigas pelas terras, sabendo que o espírito dos assassinos será jogado no fogo eterno do inferno.
Desde a Lei Seca nos Estados Unidos nos anos 1920 até hoje a regra para a segurança pública padrão é sempre a mesma. Quando algum grupo criminoso assassinava um policial ou um figurão político, a medida e a resposta mais rápida e próspera era sempre a mesma, atacar no âmbito do dinheiro, mandando fechar os principais pontos de venda clandestina de bebidas, os carteados e os puteiros. O próprio crime organizado com os prejuízos financeiros apresentam os assassinos e os mandantes em menos de 10 dias.
Um homem que rouba dinheiro público, contribuindo para a desgraça e morte de um povo, merece receber a mesma condenação dos piores assassinos e terroristas da terra.
E tão sujos quanto estes, são os seus apoiadores.
A lua reinava nos céus e eu reinava na escuridão da floresta. Minhas risadas ecoavam pela floresta como um trovão. No começo eram gargalhadas incontroláveis, então sua intensidade foi reduzindo até finalmente se tornarem apenas um sorriso. Não sei quanto tempo passou até o silêncio se instalar na floresta. Quando tudo se aquietou, pude ouvir os batimentos acelerados do meu coração, o silêncio gritava na mata sem fim, o vento dançava sobre as folhas e cantava uma canção melancólica, senti um desconforto, uma sensação de medo. Olhei para o lado, lá jazia o corpo de uma moribunda, a garota branca como papel, de rosto fino e traços suaves me encarava, seus olhos petrificados e sem vida, eram como a sentença de um juiz. Sentei num pulo, pude jurar que os olhos dela se mexeram.
— Munyke Melo, no livro "Asfixia: A história de um assassino." ( Lançamento em breve.)