Asas
Insoluvel
Ardo sobre brasas insistentes,
A silaba produz medo,
As asas de um morcego revoam na noite triste.
Perdido em estradas bifurcadas,
Não sinto minhas mãos,
Não tenho fome,
Não tenho sede.
Curvo-me diante do calor inclemente,
Meu coração explode a cada crepitar do fogo,
Os diabos travestidos de pessoas, sorriem,
Enquanto uma adaga recurva ameaça arrancar meu pescoço.
Desde há muito o meu inferno foi projetado.
Toda a alegria despendida diante da beleza,
Gorou como um vento improdutivo,
Como se as mulheres não passassem de objetos,
Insanos,
Corrosivos,
Apenas nascidas para provocar a dor!...
Postado por milton às 18:07
O poder do homem é o seu maior
inimigo, pois dá asas as suas tentações.
Um grande guerreiro é aquele que
vence a si mesmo antes de
pensar expandir seus territórios.
Posso sentir o abraço das asas de Deus, posso tocar o céu com a palma da mão, sem precisar tirar os pés do chão, e sem abrir os olhos posso enxergar a tua luz!
Já não invejo mais a glória do brilho das estrelas: descobri que a minha imaginação tem asas e que estas podem me levar para onde eu exatamente quiser...
Eu não possuo asas,
Mas com estes braços eu sou capaz de abraçá-la
Com tanta firmeza que os pássaros teriam inveja de nós.
Como a obsessão de sentir você
Em cada manhã doce e quente
Tendo prazer de voar sem asas
No teu mundo de paixão
Um profundo sentimento de fugir livre
E agora eu já não posso acreditar
Que tudo que vivemos já não existe mais
Murchou como uma flor...
Aqui só estou
Assumo hoje meu ser
Que te tanto incompleto cansou
Apenas levo comigo um vago de saudades
E as lembranças mesmo por um momento imaginário
E amanha quando sentires falta de um amor verdadeiro
Não olhe para traz, nem por um instante
Pois lá não estarei mais
Procurarei outros rumos, porém
Mesmo que sozinha eu caminhe
A escuridão da noite seja meu medo
E a solidão minha amiga
Portanto nunca saberás meu segredo!
Quimera Matinal
Deixa-me sonhar...
Deixa-me divagar
Nas asas da ilusão,
Enquanto posso...
Deixa-me que eu coma as manhãs
Nesta ceia matinal
Com sabor de vida fresca.
Deixa-me mergulhar
Neste azul de mar
Que invade minha janela
E que este vento
Possa passear todas manhãs
Na minha face
E beijar toda a manhã
Com essa ternura infinda
Que a natureza premia.
Deixa que eu esqueça as dores,
O sofrer, as agonias, os dissabores
E me derrame nesta “doce poesia
De cada amanhecer.”
Ai! que não quero esquecer jamais...
Este azul (quase violeta),
Que desta paisagem brota.
Das águas doces da lagoa,
Possa eu sempre me banhar.
Que eu deixe neste mergulho
Qualquer desconforto
Da minha carne sofrida.
Deixa-me, mãe natureza,
Que em teus braços,
Assim como um pássaro, eu cante
Sem me queixar... Do que não tive
Ou do que não tenho.
Leva-me, terno sonhar...
Para teus bosques distantes...
Faz de mim flor,
Flor brejeira, flor do campo.
Que eu me sinta feliz
Como orquídea em Primavera,
Enfeitando a vida
Que há na morte e na dor.
Mas não me deixe
Vagar sem sonho,
Sem verde, sem o canto das aves
E sem versejar o amor que canto,
Sem a água deste mar...
Não me deixes.
Quero morar nas frias tardes
E dormir serena e morna nas noites,
No balançar destes ventos,
Nesta rede de contentamentos,
Refrescar meu coração cansado.
Beijar meus netos
E com eles dormir
Um sono sossegado...
Acontece como o piscar de olhos ou até como o bater das asas de um beija-flor.
Aproveitar a juventude sempre!
As pessoas dizem que eu ainda nao criei asas pra tentar aprender a voar,mas será que quando eu criar asas alguem vai me ensinar a voar ou inventaram mais desculpas ao invés de me dizerem logo que tudo tem seu tempo certo?
Por que sem asas?
Vejo nas formas um ser celestial.
Irmã de Cupido, talvez Psique.
Oh Deus, ela põe meu coração em brasas.
Mas a sinto tão longe
Suave como uma brisa,
Amena e funesta.
Seria mais fácil ser um monge.
Não agüento a angustia
De não ter ao meu lado
Essa flor que não conhecia,
Não temia, não existia.