Asa
Sou um Anjo que voa sem asa, sou uma rocha que se move sem ventos, sou uma pessoa escondida, alheia à sociedade, que aos poucos vem sentindo a dor destes seres imprudentes, agarrando-me as grades quase podres deste Mundo. Estas grades... são cortantes, que há tempos vem à me flagelar, com uma dor não tão fugaz, mas como toda vez sairei incólume, porquê sempre serei Sagaz...
Que tal viajar comigo hoje?
A gente senta na asa da borboleta,
alcança a ponta do arco-íris,Que
faz três voltas pelo mundo...
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Voar como pássaro, sem asa.
Viver abrigado, sem casa.
Manter o fogo, sem brasa.
Mergulhar fundo, mesmo rasa.
Viajar de foguete, sem a NASA.
Ter um discurso que embasa.
Uma mente que expande e extravasa.
Hino à Morte
Tenho às vezes sentido o chocar dos teus ossos
E o vento da tua asa os meus lábios roçar;
Mas da tua presença o rasto de destroços
Nunca de susto fez meu coração parar.
Nunca, espanto ou receio, ao meu ânimo trouxe
Esse aspecto de horror com que tudo apavoras,
Nas tuas mãos erguendo a inexorável Fouce
E a ampulheta em que vais pulverizando as horas.
Sei que andas, como sombra, a seguir os meus
[passos,
Tão próxima de mim que te respiro o alento,
— Prestes como uma noiva a estreitar-me em teus
[braços,
E a arrastar-me contigo ao teu leito sangrento…
Que importa? Do teu seio a noite que amedronta,
Para mim não é mais que o refluxo da Vida,
Noite da noite, donde esplêndida desponta
A aurora espiritual da Terra Prometida.
A Alma volta à Luz; sai desse hiato de sombra,
Como o insecto da larva. A Morte que me aterra,
Essa que tanta vez o meu ânimo assombra,
Não és tu, com a paz do teu oásis te terra!
Quantas vezes, na angústia, o sofrimento invoca
O teu suave dormir sob a leiva de flores!…
A Morte, que sem dó me tortura e sufoca,
É outra, — essa que em nós cava sulcos de dores.
Morte que, sem piedade, uma a uma arrebata,
Como um tufão que passa, as nossas afeições,
E, deixando-nos sós, lentamente nos mata,
Abrindo-lhes a cova em nossos corações.
Parêntesis de sombra entre o poente e a alvorada,
Morrer é ter vivido, é renascer… O horror
Da Morte, o horror que gera a consciência do Nada,
Quem vive é que lhe sente o aflitivo travor.
Sangue do nosso sangue, almas que estremecemos,
Seres que um grande afecto à nossa vida enlaça,
— Somos nós que a sua morte implacável sofremos,
É em nós, é em nós que a sua morte se passa!
Só então, da tua asa a sombra formidável,
Anjo negro da Morte! aos meus olhos parece
Uma noite sem fim, uma noite insondável,
Noite de soledade em que nunca amanhece…
Só então, sucumbindo à dor que me fulmina,
A mim mesmo pergunto, entre espanto e receio,
Se a tua asa não é dum Anjo de rapina,
Se eu poderei em paz repoisar no teu seio!
Inflexível e cego, o poder do teu ceptro
Só então me desvaira em cruel agonia,
Ao ver com que presteza ele faz um espectro
De alguém, que há pouco ainda, ao pé de nós sorria.
Mas se nessa tortura, exausto o pensamento,
Para ti, face a face, ergo os olhos contrito,
Passa diante de mim, como um deslumbramento
Constelando o teu manto, a visão do Infinito.
E de novo, ao sair dessa angústia demente,
Sinto bem que tu és, para toda a amargura,
A Eutanásia serena em cujo olhar clemente
Arde a chama em que toda a escória se depura.
É pela tua mão, feito um rasgão na treva,
Que a Alma se liberta, e de esplendor vestida
— Borboleta celeste, ébria de Deus, — se eleva
Para a luz imortal, Luz do Amor, Luz da Vida
Qualquer tipo de crença religiosa, seja ela qual for! Precisa te ajudar no crescimento das suas asas e não cortá-las!
Eu terra
É profundo mas na asa do amor o tempo voa.
Mesmo que doa as horas mora dentro de um segundo.
Quando o nosso mundo se encontrar ficaremos em tudo.
Sonhei contigo e vi milagres anjos roubando o anel de Saturno.
Eu desejo toda a riqueza que a gente puder pegar claro sem roubar.
Eu mereço esta onde você desejar,
Não corro para nenhum outro lugar
Porque meu forte é semear e cuidar...
A semente precisa de dias ensolarado.
Por mais dourado que o céu hoje esteja
Antes que chega a noite ainda troveja
E suas nuvens beija a terra e o desejo relampeia.
Eu tenho chão e um coração terra boa.
Talvez o meus pensamentos também vooa
E encontre em alto mar sua alma eterna proa.
Safado anjo teu da um beijo no meu,
faz pra ti uma coroa e fico sorrindo atoa.
Eu quero calmaria para ver a lua cheia
Eu quero ver seus pés pisar a areia
Acolher e beijar seu corpo de sereia
Das seis da tarde a meia noite e meia.
Depois dormi caladinho talvez acordar com sol a florescer ,
E o sonho cresce volúpia felina
Sua coxas rocha firme nascente cristalina
A gente bebe o mel da fonte onde o anjo ensina.
suas fantasias eu abraço e dou linha
Papagaio sobe alto quando amor silencia
Quando se ama nunca se tem a mão vazia
Porque no meu mundo tu és pura melodia
Nas suas asas amor vamos ir bem alto
Carimbar na lua o seu desejo que de fato
Eu regaria toda a magia do seu querer
Só para o mundo saber que eu amo você. 15.06.2022
Eu não tirei suas asas pelo contrario de ensinei a usa só que você por ter a língua maior que a asa foi necessário andar
Proclamar o Amor
Nesse dia nada melhor que proclamar o amor.
Aquele sujeito sem asa que mora no peito
Sempre cheio de desejos quando precisa voar...
Para alcançar o brilho do seu olhar a estrela perfeita...
Eu desejaria que o céu da sua boca
tivesse toda a explosão louca de um beijo meu!
Eu dinovo o sujeito em fim a senti-la no peito.
A luz sobrenatural o belo acima do superficial.
Dinovo os seus olhos mágicos como noite de Natal que vai chegar.
Hoje só peço a Deus sabedoria
De beija um dia novamente.
como o num sonho envolvente.
E a gente sente toda hora...
Que o amor jamais vai embora..
Se a gente deixa-lo fazer
parte da nossa história....
O pouso da Asa Branca
O sertão de asas cortadas.
Tempos, eras, jornadas.
Povo que não desisti.
O plantio que existe.
A seara do Senhor.
Sertão da aquarela.
A mulher humilde bela.
O homem sonhador.
A seca colocou sabor de prantos em nossos lábios.
Água que nos sustentou.
É verdade que as pálpebras sangram.
O coração, uma Bahia que a água desaguou.
Lá pro Norte.
Cheiro de capim forte.
Não morre.
A essência do homem vibrador.
Mesmo na escassez, creiamos, a asa branca foi, voltou.
Aliás ela nunca fugiu.
As asas sempre abriu.
No coração do Brasil.
Ela pousou.
Nos flancos da dor.
Do deserto.
Do homem inquieto.
Da mulher sedenta de esperança.
Vem avança.
Chamamos as asas do amor.
Chuva, Sol, Vento, a tua força, tua energia.
Vigor do céu.
Que vence as ondas turbulentas.
Toda manifestação violenta.
Que tenta colocar o véu.
Asa branca.
Voe em todas as pastagens.
Nas florestas de Asfaltos.
Gira veloz como Falcão.
Águias, muito mais que a imaginação.
Oh Asa Branca, tua chama, tua inspiração.
Apesar do pranto gratidão.
A Baía, asas de expansão.
Veja o Nordeste.
Nas tuas asas, nosso coração.
Brasil, teu sopro, vigorando as asas, da esperança, seara, rio do Sul e Norte, suspira como toda região.
Vida, pouso da Asa Branca, como uma constelação.
Giovane Silva Santos
Ela é livre , leve e solta ...
Tirou a corrente que a aprisionava..
Trocou seu sofrimento por asas .. criou coragem e foi voar ...
Há quem diga que és pessoa cheia de defeitos,mas para Deus tu és um anjo de asa quebrada que vai melhorar e voar.