As vezes Tinha que ser assim

Cerca de 7043 frases e pensamentos: As vezes Tinha que ser assim

Era uma menininha imperfeita, tinha seus defeitos, vivia suas neuras, chatices, timidez, dramas, vontades desmedidas, excessivas e sonhos inacabados. Vivia suas carências, vazios incuráveis e dores intermináveis. Mas, tinha uma coisinha bonitinha, no fundo, lá no fundo da alma e, do coração que a tornava única e especial: Ela tinha uma fé enorme, no amor entre as pessoas.

Como o tempo passa rápido
Você cresceu e tudo mudou
Esqueceu que antes você tinha uma vida
E agora está sendo tão orgulhoso
Não se deixe levar por simples coisas nessa vida
São coisas passageiras que quando o vento levar ninguém poderá trazer de volta
Mas lembre eu já estive aqui antes
E te vi parado tomando uma xícara de café
Eu estive aqui antes de você
E não vi coisas boas
Hoje podemos está tão distantes e ao mesmo tempo perto
Mas lembre eu já estive aqui
A vida me mostrou que devemos segui-la sem regras
Mas não é bem assim, devemos ter limites
Por que a vida não é como um video game
Que podemos ter várias vidas
Se você se jogar de um arranha-céu
Pra você será o fim.
Se olhares pra trás irá poder ver uma mesa, caneta e papel
Sem pensar duas vezes
Pegue-os e escreva o que seu coração sente nesse momento
E lembre, eu já estive aqui antes
Se não tiver sabedoria
Tudo estará acabado
E jamais irá voltar atrás
Porque tudo já não terá mais sentido
Assim como agora!

Cobranças

Eu tinha necessidade de todos ao meu redor, eu dava respostas brutas, não sabia calar, não acreditava no “dê tempo ao tempo”, precisava vomitar minha ira imediatamente, era da teoria do bateu-levou.
Acumulei decepções sendo assim, convivi com seres humanos incríveis, mas que tinham suas falhas assim como eu e você, eu gritava com todos, calava só quando já era tarde demais, eu não compreendia que esse comportamento me afundaria.
As experiências que mais me marcaram quer boas ou ruins nunca esqueci e por isso não esquecerei nunca meu comportamento irritadiço, que não apoiava o menor erros, sem beijos ou elogios, sem encorajamento e com muitas pedras na mão.
Tornei-me cheia de fobia, vivia em pânico, com raiva, sentindo-me rejeitada, discriminando Deus e o Mundo, eu era debochada, tinha agressividade nas palavras, ofendia com facilidade, humilhava por prazer, traía quem mais me amava, o meu defeito era um tamanho complexo de inferioridade.
Não conseguia entender a princípio, perdia a sobriedade, parecia duas pessoas completamente diferentes, também era generosa, abraçava boas causas, amava as amigas de infância. Ué será que eu era bipolar?
O processo é complexo, a gente precisa se aceitar com todos os defeitos, até mesmo os mais cinzas, precisamos viver sem a superioridade, precisamos aprender a viver dignamente, chamando cada defeito pelo nome e combatendo-o, mas não é fácil.
Os traumas fazem parte, você não é assim à toa, você se transformou nisso através dos atritos, das relações ruins, do não esforço em ser melhor, é difícil encontrar alguém que se sinta bem consigo mesma, alguém que não sofre de solidão, alguém rara e com radicalismo de amor.
Resolvi me acolher, apostar nas falhas, respeitar meus limites, exercer a nobreza de me aceitar como sou, não como comodismo, mas como autoconhecimento.
Deixei de Cobrar coisas de mim mesma que eu não poderia dar, comecei a ter manias de controle da segurança da casa, mania de lavar as mãos, mania de ligar para minha mãe todos os dias, manias insignificantes, mas que me perturbavam.
Tinha ideia fixa em mudar, em controlar as emoções, em superar a irritabilidade, estava cheia de segundas intenções em transformar atos ruins em atos bons, estava presa emocionalmente a vontade de mudar e isso me enlouquecia.
Comecei a ter medo de perder quem eu amava e passei a trata-los melhor com medo do remorso, vivia com sentimento de culpa, eu me sentia responsável por tudo até pelas crises financeiras na minha família, eu estava desequilibrada.
Atravesseis as crises sem amparo, estava me achando certa, educando a minha mente e treinando minha boa vontade adormecida, porém percebi que estava agindo totalmente errada e os outros estavam tirando vantagem da minha mania de perfeição.
Fiquei Insegurança, ansiosas e com medo de tudo, vivi desentendimentos ilógicos comigo mesma, eu precisava me proteger e eliminar as preocupações débeis de que tenho que ser 100%. Minha intolerância com meus defeitos era insana.
Passei a admirar as flores, a observar o caminho, a não me perturbar com as quedas e sim com o recomeço.

Nao Sei Quem Sou Hoje, Ontem Eu Sabia Quem Eu Era Porque Eu Tinha Voce e Ai, Eu Me Definia Como Alguem.Que Nao Vive Sem Voce, E Hoje Sem Voce Ja Nem Sei Como Me Definir, Ja Nao Posso Me Redifinir...

“Se você tinha que ser um dançarino, a vida virá por aquela porta, porque ela pensa que você é um dançarino. Ela bate na porta, mas você não está lá; você é um bancário. E como a vida vai saber que você se tornou um bancário? Deus vem a você da maneira que ele quer que você seja; ele conhece apenas aquele endereço. Mas você nunca é encontrado lá, você está sempre em algum outro lugar, escondendo-se atrás da máscara de alguém que não é você, com os trajes de alguém que não é você e usando o nome de alguém que não é você. Como você espera que Deus possa encontrá-lo? Ele segue procurando por você. Ele sabe o seu nome, mas você abandonou aquele nome. Ele conhece o seu endereço, mas você nunca morou lá. Você permitiu que o mundo desviasse você”.

Marasmo

Ontem o dia nasceu
Eu já tinha nascido
Há muitos outros dias
Como hoje
Caminhei pelas sombras
Pra não me queimar
Evitei pessoas
pra não falar
Não escutei ninguém
Pra não discordar
Não tive ideias
Pra não ter que explicar
Almocei pra variar
Então com ontem
Continuei a caminhar
Não peguei na enxada
Pra não calejar
Não defendi o certo
Pra não brigar
Não briguei
Pra não sangrar
Não sangrei
Pra viver
Assim foi se o dia
Anoiteceu
A novela passou
Adormeci
Pra acordar ontem ou amanhã
Tanto faz
Até morrer
Sem ter visto a beleza do sol
Sem falar com pessoas e fazer amigos
Sem ter ideias pra melhorar
Sem passar fome pra entender
Sem fazer calos pra marcar
Sem defender o certo e brigar
Sem sangrar pra viver
Até morrer sem ter vivido
Sendo apenas um NADA
Num imenso MARASMO.

Eu vim ao mundo porque tinha muita gente normal por aqui.

Quem é ele?

Diziam que Víctor tinha hábitos estranhos, que colecionava livros de ocultismo, artefatos antigos e totens indígenas. Uns falavam que ele era um bruxo; outros, um sádico terrorista. Havia até quem afirmasse ser ele um alienígena. Tinha noites em que se podia ouvi-lo murmurar palavras indecifráveis que mais pareciam grunhidos a evocar entidades. Um amigo meu me disse certa vez que um terceiro lhe havia dito que alguém teria visto Víctor conversar com estatuetas de cobre enquanto fazia gestos esquisitos com um punhal de prata. Segundo ele, esse alguém teria sido vizinho de Victor. Relatou-me que esse tal vizinho teria visto a cena por meio de um binóculo, espionando através da janela da casa onde Victor morava. Nunca acreditei integralmente em tudo isso. Mas a presença dele realmente incomodava. Talvez por conta das histórias, não sei. De fato, ele era muito obscuro. Victor parecia não ter sentimentos, falava só o necessário, apenas respondia pausadamente, com voz baixa e grave, a quem ousava dirigir-lhe a palavra. Não sei por que nem para que tinha vindo a nossa cidade. Ele pouco saia. Na verdade, Víctor só podia ser visto em público depois que o sol se punha; ou melhor, quando o sol não se fazia presente. Aliás, isso o tornava ainda mais misterioso. Seria ele um vampiro? Se eu acreditasse que vampiros existissem, ele seria a pessoa mais suspeita do mundo. Confesso que o vi pouquíssimas vezes. Talvez umas quatro ou cinco. Ainda assim, não o vi direito... quero dizer: não vi detalhes de sua aparência, por causa do capuz. Só dava para perceber que ele tinha uma pele muito branca, rosto alongado, nariz comprido e fino. Mesmo seus olhos sempre pareciam fechados, na penumbra do capuz, voltados para baixo. Figura sinistra, sem dúvidas. Era bem alto, um tanto quanto corcunda, não se misturava. Dentre outras coisas bizarras, criou-se uma espécie de lenda em que se dizia que Victor não olhava para as pessoas porque, ao olhar, poderia capturar os pensamentos e até mesmo a alma delas. E isso seria um fardo para ele. Por conta dessas histórias, todos desviavam os olhares de Víctor, embora se sentissem misteriosamente atraídos por aquela pobre criatura. Quando o vi pela primeira vez, senti como que se ele pudesse me observar mesmo sem olhar para mim. Sentia também que ele podia ver a tudo e a todos mesmo sem usar os seus olhos. Sempre que um fato inusitado ocorria na cidade, desconfiava-se dele, como que se ele pudesse interferir inclusive na natureza do mundo. Sinceramente, eu tinha muita pena daquele homem, tanto que por não poucas vezes expulsei meninos que atiravam pedras na casa dele para depois darem no pé sem olhar para trás, com medo de se transformar em estatuetas de cobre.

Pra quem pensava que a escravidão tinha acabado, vc se enganou, ela começa toda segunda-feira.

Carinho, cuidado, atenção. Era tudo que eu tinha para te dar.
Assumo que era pouco, nem chegava aos pés de tudo que
eu sabia que você merecia.
Mas era o que eu podia ,era o máximo que eu conseguia.
Eu não tinha muito, mas esse pouco que eu tinha,
era teu.

Antes eu tinha medo de viver sozinha...
Hoje tenho medo de viver com gente chata!

IX de OS DOENTES

O inventário do que eu já tinha sido
Espantava. Restavam só de Augusto
A forma de um mamífero vetusto
E a cerebralidade de um vencido!

O gênio procriador da espécie eterna
Que me fizera, em vez de hiena ou lagarta,
Uma sobrevivência de Sidarta,
Dentro da filogênese moderna;

E arrancara milhares de existências
Do ovário ignóbil de uma fauna imunda,
Ia arrastando agora a alma infecunda
Na mais triste de todas as falências.

No céu calamitoso de vingança
Desagregava, déspota e sem normas,
O adesionismo biôntico das formas
Multiplicadas pela lei da herança!

A ruína vinha horrenda e deletéria
Do subsolo infeliz, vinha de dentro
Da matéria em fusão que ainda há no centro,
Para alcançar depois a periféria!

Contra a Arte, oh! Morte, em vão teu ódio exerces!
Mas, a meu ver, os sáxeos prédios tortos
Tinham aspectos de edifícios mortos
Decompondo-se desde os alicerces!

A doença era geral, tudo a extenuar-se
Estava. O Espaço abstrato que não morre
Cansara... O ar que, em colônias fluidas, corre,
Parecia também desagregar-se!

Os pródromos de um tétano medonho
Repuxavam-me o rosto... Hirto de espanto,
Eu sentia nascer-me n’alma, entanto,
O começo magnífico de um sonho!

Entre as formas decrépitas do povo,
Já batiam por cima dos estragos
A sensação e os movimentos vagos
Da célula inicial de um Cosmos novo!

O letargo larvário da cidade
Crescia. Igual a um parto, numa furna,
Vinha da original treva noturna,
O vagido de uma outra Humanidade!

E eu, com os pés atolados no Nirvana,
Acompanhava, com um prazer secreto,
A gestação daquele grande feto,
Que vinha substituir a Espécie Humana!

Acabei de quebrar uma, das duas taças de cristal que eu tinha há quarenta anos. Não preciso mais dela.

“Um escravo tinha que trabalhar duramente para ter comida moradia água, e sem ter direito de escolha muito menos serviços médicos...

No Brasil Somos obrigados a Trabalhar duramente para ter comida, moradia água e luz, sem direito a reclamar dos preços estipulados pelas empresas e impostos do governo, e sem serviços médicos”. O que somos?

Ele tinha uma mania linda de transformar o meu mundo. Era a mistura do seu sorriso, com a forma doce que me tocava. Não sei. Bastava ser ele.

Quando você vê que podia fazer algo e não fez é quando descobre tarde demais que tinha importância.

"(...) Havia algo que tinha um cheiro inconfundível de alegria. De vida abraçada. De chuva quando beija a aridez. De lua quando é cheia e o céu diz estrelas. Um cheiro da paz risonha do encontro que é bom.”

Até parece que eu já tinha te beijado em outra vida e que desde sempre você já era meu.

A felicidade chegou em minha vida
e tinha a sua cara, fiquei assustado
com o seu sorriso tão lindo, que
te amei no primeiro encontro...

- Mas ela só tinha a fé?
- Sim, e foi o suficiente para realizar seus sonhos.
- E agora?
- Ela tem mais fé ainda, afinal ela provou que com fé, nada nunca lhe será impossível.