Às Vezes
"Em tua luz aprendo a amar. Em tua beleza, a escrever poemas. Porém, as vezes te vejo e essa visão se transforma em minha arte."
Às vezes eu falo com a vida, às vezes é ela quem diz: qual a paz que eu não quero conservar pra tentar ser feliz?
Às vezes, não sentir é o único jeito de sobreviver.
Às vezes precisamos trilhar o nosso caminho sozinhos, principalmente quando nem nós sabemos para onde queremos ir.
Dor é igual tempestade: algumas vezes destrói, mas sempre passa. Não se deixe abalar por uma tempestade, por um temporal. Se vire! Arrume capa, guarda-chuva, só não se deixe ser pega pela tempestade e se encharcar. Pensa que é temporário, qualquer dor, qualquer tempestade por mais forte que seja, passa. Nunca se esqueça da grande frase de Renato Russo: "mas é claro que o sol vai voltar amanhã", faça disso um lema para enfrentar todos os seus problemas.
Às vezes a gente ri, com o coração apertado... mas continua, porque sabe que nem tudo depende da gente. Então, pra caminhada ser mais leve... Respiramos fundo, colocamos um lindo sorriso no rosto e bora que vai passar! Vai passar. Deus cuida de tudo... sempre.
Calma, calma... não se preocupe tenha calma.
Às vezes queremos dizer muitas coisas para a pessoa especial, mas não conseguimos. Nos escondemos atrás da coragem com o medo de estarmos sendo ridículos e, assim, perdemos a oportunidade de dizer três simples palavras: eu te amo!
Se às vezes eu disser que as flores sorriem
E se eu disser que os rios cantam
Não é porque eu julgue que há sorriso nas flores
E cantos no correr dos rios.
É porque assim faço, mais sentir aos homens falsos
A existência verdadeiramente real das flores e dos rios.
Porque eu escrevo para eles me lerem, sacrifica-me às vezes,
À sua estupidez de sentidos.
Não concordo comigo mas absolvo-me,
Por que eu sou só essa coisa séria uma intérprete da natureza,
Porque os homens não percebem a sua linguagem,
Por ela não ser linguagem nenhuma.
Os homens estão mil vezes mais preocupados em ficarem ricos do que adquirirem cultura, embora seja inteiramente certo que aquilo que um homem é, contribui mais para sua felicidade do que aquilo que ele tem.
Quantas vezes você andava na rua e sentiu um perfume e lembrou alguém que você goste muito? Quantas vezes você olhou para uma paisagem em uma foto e não se imaginou lá com alguém que você gosta muito do seu lado? Lembra quantas vezes você voltou naquele lugar aonde você começou uma das melhores fases da sua vida? Você consegue contar nos dedos de uma só mão quantas vezes você brigou com amigos seus porque eles tentaram lhe fazer mudar de idéia e depois você descobriu que eles estavam certos? Alguma vez você foi ajudado a se levantar pela pessoa que você achava que iria ficar mais feliz com sua derrota? Quantas vezes você foi apresentado a alguém e não ficou cheio de esperanças? Quantas vezes você olhou para uma pessoa nas ruas e pensou: "Eu te conheço de algum lugar..." Alguma vez você notou que alguém precisava de ajuda e simplesmente não fez nada e algum tempo depois quando você precisou aquela mesma pessoa te ajudou? Quantas vezes você já abraçou seus amigos? Alguma vez você pensou que estava no fundo do poço e achou uma sementinha de algo bom que você nunca teria encontrado se não tivesse ido tão fundo? Quantas vezes você estava do lado de alguém, e sua cabeça não estava ali? Alguma vez você já se arrependeu de algo que falou dois segundos depois de ter falado? Quem sabe dizer quantas vezes você já se tornou frio, ou brigou com pessoas que não tinham nada a ver com seus problemas? Não tem aquela musica que você não gosta de ouvir porque lembra algo que você fez enquanto ela tocava há alguns anos atrás? Ou lembra alguém que você quer esquecer mas não consegue? Tem alguém que você nunca viu pessoalmente, mas quer conhecer? Você já sentiu vontade de chorar só de pensar em coisas que eram boas, mas que na época você não dava valor? Se você soubesse que iria morrer daqui a 24 horas, o que você faria? Pra quem você declararia? Quem você abraçaria? Alguém olhou nos seus olhos e você trancou a respiração mesmo sem sentir? Você já ajudou alguém e depois essa mesma pessoa te deu as costas? Tem pessoas pra quem você inventou apelidos carinhosos e que só você os chama por eles? Você já chorou por que lembrou de alguém que amava e não pôde dizer isso para essa pessoa? Você já perdeu alguém que gostava muito? Você já reencontrou um grande amor do passado e viu que ele mudou?
"A cada novo minuto você tem a liberdade e a responsabilidade de escolher para onde quer seguir mas é bom lembrar que tudo na vida tem seu preço."
Te escrevi duas vezes: a primeira saiu uma coisa sincera, mas lamentativa demais, um saco. A segunda saiu “madura e controlada”, mas extremamente falsa.
O que mais me entristece é saber que na maioria das vezes sei o que é o certo, mas acabo que faço o errado.
Há temporais e vendavais que às vezes nos devastam.
Você até pode tremer ou se desestruturar.
Depois tudo passa. Rebata a poeira, firme o passo.
Então: Respire, Recomece, Refaça.
Posso repetir quantas vezes for preciso pra você entender: suas palavras não valem nada. É sua atitude que conta. Se amar for isso, então, vá amar outra mulher. Vá fazer outra de trouxa. Vá jurar amor eterno numa noite e ser visto com outra mulher no dia seguinte. Sinceramente, não entendo.
Se me ama, me prove. Coloque seu coração à prova. Porque eu cansei de colocar o meu. Cansei de dar a alma pra bater. Cansei de esperar por seus telefonemas. De esperar por você. De acreditar em você. Você diz que me ama mas nem ao menos me conhece. O que você sabe sobre mim? Meu nome? Meu sobrenome? Que eu gosto de chocolate? Que eu gosto de música eletrônica e de Madonna? Pouco. Você não me conhece. Não conhece meus sonhos. Não esteve no meu passado e é muito provável que não esteja no meu futuro.
Tudo que acontece uma vez, pode nunca mais acontecer. Mas tudo que acontece duas vezes, acontecerá certamente uma terceira.
Em muitos trechos do caminho, às vezes bem longos, carregamos muito peso na alma sem também notar. A gente se acostuma muito fácil às circunstâncias difíceis que às vezes podem ser mudadas. A gente se adapta demais ao que faz nossos olhos brilharem menos. A gente camufla a exaustão. A gente inventa inúmeras maneiras para revestir o coração com isolamento acústico para evitar ouvi-lo. A gente faz de conta que a vida é assim mesmo e ponto. A gente arrasta bolas de ferro e faz de conta que carrega pétalas só pra não precisar fazer contato com as nossas insatisfações e agir para transformá-las. A gente carrega tanto peso, no sentimento, um bocado de vezes, porque resiste à mudança o máximo que consegue, até o dia em que a alma, cansada de não ser olhada, encontra o seu jeito de ser vista e de dizer quem é que manda. Eu fiquei pensando no que esse peso todo, silenciosamente, faz com a alma. No que isso faz com os sonhos mais bonitos e charmosos e arejados. No que isso, capítulo a capítulo, dia-a-dia, faz com a nossa espontaneidade. No que isso faz, de forma lenta e disfarçada, com o desenhista lindo que mora na gente e traça os risos de dentro pra fora. E o entusiasmo. E o encanto. E a emoção de estarmos vivos. Eu fiquei pensando no quanto é chato a gente se acostumar tanto. No quanto é chato a gente só se adaptar. No quanto é chato a gente camuflar a própria exaustão, a vida mais ou menos há milênios, que canta pouco, ri pequeno e quase não sai pra passear. Eu fiquei pensando no quanto é chato a gente deixar o coração isolado para não lhe dar a chance de nos contar o que imagina pra nós e o que podemos desenhar juntos nessa estrada. Mas chega um momento em que me parece que, lá no fundo, a gente começa a desconfiar que algo não está bem e que, ainda que seja mais fácil culpar Deus e o mundo por isso, vai ver que os algozes moram em nós, dividindo espaço com o tal desenhista lindo que, temporariamente, está com a ponta do lápis quebrada. Sem fazer alarde, a gente começa a perceber os tímidos indícios que vêm nos dizer que já não suportamos carregar tanto peso como antes e a viver só para aguentar. Devagarinho, a gente começa a sentir que algo precisa ser feito. Embora ainda não faça. Embora ainda insista em fazer ouvidos de mercador para a própria consciência. Embora ainda estresse toda a musculatura da alma, lesione a vida, enrijeça o riso, embace o brilho dos olhos, envenene os rios por onde corre o amor. Por medo da mudança, quando não dá mais para carregar tanto peso, a gente aprende a empurrá-lo, desaprendendo um pouco mais a alegria. Quase nem consegue respirar de tanto esforço, mas aguenta ou pelo menos faz de conta, algumas vezes até com estranho orgulho. Até que chega a hora em que a resistência é vencida. A gente aceita encarar o casulo. A gente deixa a natureza tecer outra história. A gente permite que a borboleta aconteça. Nascemos para aprender a amar, a dançar com a vida com mais leveza, a criar mais espaço de conforto dentro da gente, a ser mais felizes e bondosos, a respirar mais macio, essa é a proposta prioritária da alma, eu sinto assim. Podemos ainda subestimar a nossa coragem para assumir esse aprendizado. Podemos nos acostumar a olhar o peso e o aperto, nossos e dos outros, tanto sofrimento por metro quadrado, como coisa que não pode nunca ser transformada. Podemos sentir um medo imenso e passar longas temporadas quase paralisados de tanto susto. Podemos esgotar vários calendários sem dar a menor importância para o material didático que, aqui e ali, a vida nos oferece. Podemos ignorar as lições do livro-texto que é o tempo e guardar, bem escondido do nosso contato, esse caderno de exercícios que é o nosso relacionamento com nós mesmos e com os outros. Apesar disso tudo, a nossa semente, desde sempre, já inclui as asas. Já inclui o voo. Já inclui o riso. Já é feita para um dia fazer florir o amor que abriga.
E, mais cedo ou mais tarde, ela floresce.
Sou sempre eu mesmo e se
sou diferente às vezes
é porque a necessidade me obriga.
Tudo na vida é relativo.