Às Vezes
Sozinho
Às vezes no silêncio da noite
Eu fico imaginando nós dois
Eu fico ali sonhando acordado
Juntando o antes, o agora e o depois
Por que você me deixa tão solto?
Por que você não cola em mim?
Tô me sentindo muito sozinho
Não sou nem quero ser o seu dono
É que um carinho às vezes cai bem
Eu tenho os meus segredos e planos secretos
Só abro pra você mais ninguém
Porque você me esquece e some?
E se eu me interessar por alguém?
E se ela de repente me ganha?
Quando a gente gosta
É claro que a gente cuida
Fala que me ama
Só que é da boca pra fora
Ou você me engana
Ou não está madura
Onde está você agora?
Perseverança
Jogo a minha rede no mar da vida e às vezes, quando a recolho, descubro que ela retorna vazia. Não há como não me entristecer e não há como desistir. Deixo a lágrima correr, vinda das ondas que me renovam, por dentro, em silêncio: dor que não verte, envenena. O coração marejado, arrumo, como posso, os meus sentimentos. Passo a limpo os meus sonhos. Ajeito, da melhor forma que sei, a força que me move. Guardo a minha rede e deixo o dia dormir.
Com toda a tristeza pelas redes que voltam vazias, sou corajosa o bastante para não me acostumar com essa ideia. Se gente não fosse feita pra ser feliz, Deus não teria caprichado tanto nos detalhes. Perseverança não é somente acreditar na própria rede. Perseverança é não deixar de crer na capacidade de renovação das águas.
Hoje, o dia pode não ter sido bom, mas amanhã será outro mar. E eu estarei lá na beira da praia de novo.
Nos últimos cinco anos eu desejei a morte todos os dias. Às vezes cheguei bem perto.
As pessoas às vezes machucam as outras pelo simples fato de estarem machucadas.
Todas as vezes que você perdoa, o universo muda. Cada vez que você estende a mão e toca um coração ou uma vida, o mundo se transforma...
Sou bem mais feliz que triste, mas às vezes fico distante. E me perco em mim como se não houvesse começo nem fim nessa coisa de pensar e achar explicação pra vida.
Às vezes, as pessoas esquecem as coisas, até que estejam prontas para lidar com elas. O tempo pode curar.
Às vezes, para fazer a coisa certa, é preciso ser firme e desistir daquilo que mais queremos. Até dos nossos sonhos.
Nem sempre o amor ganha. Às vezes você terá que abrir mão dele pra continuar. Às vezes é o outro quem irá embora. Não por egoísmo ou intuição, mas por força. É preciso força para abandonar coisas, roupas que não servem mais, pessoas que a gente ama muito. É com muita força também que você segue em frente. E encontra outros motivos para viver. Porque força e coragem dependem de você.
Às vezes fico acordado à noite, e eu pergunto: “Onde eu tenho errado?”
Então uma voz me diz: “Isso vai levar mais de uma noite.”
Se eu aprendi alguma coisa na vida é que, às vezes, coisas entram no seu caminho e você tem uma escolha. Voce pode enfrentá-las ou voce pode adaptar-se e fugir, mas você tem que fazer um ou outro para seguir adiante.
Não é raro, tropeço e caio. Às vezes, tombo feio de ralar o coração todinho. Claro que dói, mas tem uma coisa: a minha fé continua em pé.