Às Vezes
Porque às vezes é preciso saber engolir a lágrima. Às vezes é preciso saber engolir o próprio coração, que teima ainda em existir...
E eu corro no espelho de novo e repito cem vezes que não gosto de você. Não gosto de você. Não gosto de você. Porque se eu gostar de você, eu sei que você vai embora. E eu simplesmente não agüento mais ninguém indo embora. (...)
As vezes eu me olho no espelho
Sinto medo, medo de mim
Eu não me conheço
Sou esquisito
Sou humano
Uso óculos, como, bebo, fumo e defeco
Mijo
Olho-me no espelho
E esse da-me de volta quem saiu
Eu riu, alto, assustado e engraçado.
Duas longas coisas saindo do corpo: são os braços
Buracos, pelos, peles, nariz ponteagudo
Duas orelhas presas na minha cabeça
Olho os dedos, meus olhos, me assusta.
Falo, sinto emoções e tomo cerveja
Rídícula coisa, ali em pé em frente ao espelho
Eu me vejo de fora
Faço uma abstração mental do que eu nunca vi
Que sou humano, e me vejo. É esquisito.
É realmente esquisito. Procuro-me no espelho
Enão me acho. Só vejo aquilo ali.
Parado. Um monte de carnes equilibradas
por ossos duros que me mantem em pé. Ali
no espelho. Eu sei que não sou aquilo,
e o que sou, o espelho não pode
me mostrar... AINDA... eu não brilho...
ainda...
fornecido por D. Maria Eugenia Seixas 08/90
Quando você dá todas as chances,
quando perdoa todas as vezes,
quando tenta persistentemente
e ainda assim nada acontece a contento,
você percebe, finalmente,
que esquecer é tudo o que lhe resta.
Eu pensei várias vezes em dar um fim nisso, não fiz porque eu sabia que ia me arrepender e voltar atrás.
Jamais perder a sensibilidade, mesmo que às vezes ela arranhe um pouco a alma.
Essa ferida, meu bem, às vezes não sara nunca. Às vezes sara amanhã.
Adoro ser irônica. Adoro ser chata às vezes. Adoro ser irritante. Adoro ter uma risada estranha. Adoro ser eu mesma. Porque se eu não adorar, quem vai?
Por seres tão agradável, por sempre me fazeres companhia, por atender ao telefone todas as vezes que eu ligo, por simplesmente gostar de mim: muito obrigado!
Muitas pessoas morrem com sua música ainda nelas. Muitas vezes é porque elas sempre estão preparadas para viver... Antes delas saberem disso... o tempo acaba.
Muitas vezes precisamos ser iguais ao golfinho, sair de nosso mundo apenas por instinto e sem perder nossas origens.
Às vezes, no silêncio da noite, eu fico imaginando nós dois, eu fico ali sonhando acordado, juntando o antes, o agora e o depois. Por que você me deixa tão solto? Por que você não cola em mim? Tô me sentindo muito sozinho, não sou nem quero ser o seu dono. É que um carinho às vezes cai bem.