Às Vezes

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A honestidade das mulheres é muitas vezes o amor da sua reputação e da sua tranquilidade.

Muitas vezes digo à vida: não me dês tanto, para que não me possas levar tanto.

A razão também tiraniza algumas vezes, como as paixões.

Ao querermos, enganamo-nos muitas vezes. Mas quando nunca queremos, enganamo-nos sempre.

Poucas vezes quem ganha o que não merece, agradece o que ganha.

Esta é a mão
que às vezes tocava
tua cabeleira.

Muitas vezes a juventude é repreendida por acreditar que o mundo começa com ela. Mas a velhice acredita ainda mais frequentemente que o mundo termina com ela. O que é pior?

Em arte a beleza é muitas vezes o feio mitigado.

O fardo do casamento é tão pesado que são precisos dois, para carregá-lo, e, por vezes, três.

O ser humano casa-se muitas vezes devido a um brusco desespero e depois lamenta isso toda a vida.

A paixão transforma, muitas vezes, o mais hábil dos homens num louco e torna muitas vezes mais hábeis os mais tolos.

A maledicência pode muitas vezes corrigir-nos, a lisonja quase sempre nos corrompe.

A subtileza ainda não é inteligência. Às vezes os tolos e os loucos também são extraordinariamente subtis.

Um empreendimento imagina-se e começa-se com facilidade; mas na maior parte das vezes sai-se dele com dificuldade.

Há muitas vezes mais orgulho do que piedade quando lamentamos as desgraças dos nossos inimigos.

Sonho Oriental

Sonho-me ás vezes rei, n'alguma ilha,
Muito longe, nos mares do Oriente,
Onde a noite é balsamica e fulgente
E a lua cheia sobre as aguas brilha...

O aroma da magnolia e da baunilha
Paira no ar diaphano e dormente...
Lambe a orla dos bosques, vagamente,
O mar com finas ondas de escumilha...

E emquanto eu na varanda de marfim
Me encosto, absorto n'um scismar sem fim,
Tu, meu amor, divagas ao luar,

Do profundo jardim pelas clareiras,
Ou descanças debaixo das palmeiras,
Tendo aos pés um leão familiar.

Antero de Quental
Os Sonetos Completos de Antero de Quental

A dissimulação algumas vezes denota prudência, mas ordinariamente fraqueza.

Há uma perpétua troca de serviços entre a ciência e o empirismo. Muitas vezes a função da primeira consiste em formalizar o que a segunda descobriu.

Fazer vinte vezes, recomeçar a obra, poli-la constantemente, poli-la sem descanso.

Muitas vezes a utopia de um século torna-se a ideia vulgar do século seguinte.