As poesias mais Bonitas do Mundo

Cerca de 51903 poesias As mais Bonitas do Mundo

Desafio


Eu sempre desafio o mundo. Desafio porque quero provar certas coisas que nem eu mesma sei se estão certas ou erradas. Só sei que sou capaz – capaz de qualquer coisa. Sou forte o suficiente para seguir sem me ferir.


Essa luta de provar algo é para que eu mesma entenda. Porque a vida não quer saber de provas; ela exige demonstrações. A vida quer que eu assuma meus erros e meus acertos. Quer que eu supere os obstáculos.


E eu, sem entender seus propósitos, sigo vivendo.


Rita Padoin
Escritora

Tenho medo, sim.
Mas não do mundo —
tenho medo do que o mundo tenta fazer de mim.

Porque percebo tudo.
O excesso, o ruído,
a grosseria que se esconde em gestos pequenos,
o silêncio que fere mais que palavras,
a indiferença que se apresenta como neutralidade.

Vejo como cada interação tenta moldar,
corrigir, reduzir,
empurrar o outro para papéis que não escolheu.
E sei que absorver demais
é o primeiro passo para a descaracterização do ser.

Por isso, resisto.
Não por fragilidade,
mas por consciência.

Recuso o jogo,
o labirinto de estímulos previsíveis,
as investidas que buscam reação, não diálogo.
Não respondo ao obscuro,
não espelho a violência,
não negocio minha essência por aceitação.

Isso não é personalidade.
É disciplina interior.
É inteligência aplicada à sobrevivência do eu.

Permanecer inteiro
num mundo que recompensa a deformação
é, talvez,
a forma mais elevada de lucidez.

⁠A poesia é o vírus da liberdade num mundo programado para calar.
Quando o mundo cala, a poesia fala, e ninguém consegue silenciar.

Antes de se conectar com o mundo, aprenda a se reconectar com você...
O amor-próprio é a senha da cura.

Tenho a impressão, cada vez mais nítida, de que o mundo muda em ritmo acelerado, enquanto a capacidade média de raciocinar com profundidade não acompanha essa velocidade. Há progresso técnico, mas pouco avanço na forma como muitas pessoas analisam decisões simples do cotidiano.
Com frequência, necessidades concretas são descartadas não por razões objetivas, mas por ideias futuras ainda não estruturadas. Troca-se o que é real e funcional por projetos que existem apenas como intenção. Visões de longo prazo são importantes, mas não substituem ações mínimas no presente. O que ainda não foi construído não pode cumprir a função daquilo que já é necessário agora.
Chama atenção o modo como o questionamento passou a ser mal recebido. Argumentar de forma lógica, pedir coerência ou exigir critérios tornou-se, para muitos, sinal de confronto, quando deveria ser parte natural de qualquer processo racional. Em vez de diálogo, surgem reações defensivas.
Percebo também uma dificuldade crescente em sustentar pensamento próprio. Muitas ideias são repetidas sem exame, assimiladas por conveniência ou pertencimento. Não se trata de má intenção, mas de ausência de método. Repetir é mais fácil do que pensar; aderir é mais confortável do que avaliar.
O resultado é um empobrecimento do discernimento. Confunde-se convicção com volume, opinião com verdade, intenção com resultado. Falta rigor intelectual — e, sobretudo, disposição para lidar com limites, dados e consequências reais.
Nesse cenário, supervisionar vai além de orientar tarefas. É manter os pés no chão quando o discurso se afasta da realidade. É lembrar que decisões precisam se sustentar em fatos, prazos e condições concretas. E que responsabilidade intelectual não é rigidez, mas respeito à realidade.

Seja paciente. Um dia, alguém lhe entregará o mundo inteiro sem que tuas mãos precisem implorar.
Com dinheiro, colecionam-se presenças. Sem ele, permanece quem ama a tua essência


É no caminho arduo, entre quedas e silêncios, que o verdadeiro caráter das pessoas se revelam.

Ser estranho é uma forma sofisticada de lucidez. Uma consciência em carne viva que sente o mundo com excesso de precisão. Não é excentricidade, é viver em descompasso com o consenso, ouvir o ruído no meio da música, perceber o vazio por trás das certezas.

A dor vem da dissonância entre o que se vê e o que se finge não ver. Enquanto a maioria se protege com ignorância conveniente, o estranho sofre de clareza. Nietzsche chamaria de “doença do espírito elevado”.
E ainda assim, amar. Amar o humano mesmo quando o entende demais.

Ser estranho é viver tonto de liberdade, duvidar até da própria dúvida. Os outros chamam de “confusão”, mas é só alma demais.O estranho é o herege das convenções, o que “rompe tratados e trai os ritos”.

Há delícia também: ser inclassificável, ver poesia no que escapa ao óbvio, rir de si mesmo enquanto o mundo desaba. Perceber o padrão invisível que Jung chamaria de sincronicidade.

O estranho sente o tempo de outro modo: lento por dentro, rápido por fora. Sente o amor como místico, o tédio como luto. Nada é raso, tudo fere, tudo ilumina. E quando o chamam de “intenso”, ele sorri — intensidade é só estar vivo demais num tempo de gente anestesiada.

Ser estranho é viver num exílio fértil, criar, refletir, desobedecer. Estranheza é antecipação do que o mundo ainda não está pronto pra entender. Ser estranho é ser o rascunho do que ainda não tem nome e sorrir, discretamente, sabendo que a habilidade de lidar com o desconforto é um puro sinal de autenticidade e um atestado de maturidade.

(Douglas Duarte de Almeida)

⁠Eu tenho sede...
Sede de um mundo apto às minhas estranhezas de ser e querer viver.
Sede de alguém que eu amaria estar e compartilhar as incertezas que na vida há.

A mentira mais ingênua e aceita pela sociedade é que há espaço para todo mundo.
A vida é uma seleção, e só garante a vaga quem se prepara buscando por ela.⁠

🌀 O eixo da Presença


O mundo não descansa.
A engrenagem gira mesmo quando a alma pede silêncio.


Há sempre uma isca,
uma palavra torta,
um gesto enviesado,
uma armadilha vestida de razão.


A guerra não anuncia batalha.
Ela se infiltra no cansaço,
na ofensa gratuita,
na vontade súbita de ferir de volta
só para não sangrar sozinho.


Por isso, vigiar não é medo.
É presença.
É lembrar, todos os dias,
que nem toda provocação merece resposta
e nem toda vitória vale o preço do eixo perdido.


Quando o caos chama,
eu retorno.


✨Eu sou luz. Eu escolho a paz.
Não como fuga,
mas como decisão firme
de não alimentar o incêndio
que consome primeiro quem o carrega.


✨Eu sou luz, e ajo com consciência.
Cada gesto é semente.
Cada palavra, um rastro.
Nem tudo precisa ser dito.
Nem tudo precisa ser vencido.


✨Eu sou luz, e caminho no eixo.
Entre o impulso e a reação
existe um espaço.
É ali que eu moro.
É ali que eu permaneço.
E quando tudo tenta me puxar para fora de mim,
quando a noite insiste em se passar por verdade,


✨Eu sou luz em presença.
Não por mérito.
Não por promessa.
Mas por escolha diária.


Porque ser luz
não é brilhar sobre os outros —
é não apagar por dentro.

Fomos tão seduzidos pelo universo digital, ao ponto de romantizar um mundo onde políticos influencers — eleitos por nós — brincam de governá-lo.


Essa constatação medonha é um convite a pensar sobre a profunda transformação que a política sofreu na era digital.


Hoje, a figura do político tradicional se mistura com a do influencer, aquele que domina a arte da comunicação rápida, do espetáculo e da conexão emocional imediata.


Mas, ao transferirmos nossa confiança e votos para essas figuras, muitas vezes mais preocupadas com a imagem do que com o conteúdo, acabamos por trivializar o exercício do poder.


Quando políticos se tornam influencers, a política vira palco para likes e compartilhamentos, onde o debate se perde para a viralização.


A “brincadeira de governar” — expressão que revela a leveza e a superficialidade com que algumas lideranças assumem responsabilidades sérias — coloca em risco a qualidade da democracia e o futuro da sociedade.


Nós, eleitores e cidadãos, também somos parte desse processo: somos os que elegem, os que curtem, os que compartilham.


Cabe exercitarmos um olhar crítico, exigir transparência, responsabilidade e compromisso real.


Sem isso, continuaremos reféns de uma política de aparência, onde a profundidade das ideias e a seriedade das ações ficam em segundo plano, diante do espetáculo digital.


O desafio está lançado: usar o poder do universo digital para fortalecer a democracia, não para reduzi-la a um jogo de imagens e seguidores.

O mundo que tentam Destruir, Dominar ou Suportar, sempre esteve, está e sempre estará nas mãos do Filho do Homem.


O mundo que por vezes tentamos carregar nos ombros, dominar com nossas próprias forças ou até destruir com a nossa cegueira, nunca deixou de estar nas mãos do Filho do Homem.


Há quem se esgote tentando sustentá-lo sozinho, há quem se iluda acreditando ser dono dele, e há quem, por desespero ou revolta, queira vê-lo em ruínas.


Mas o mistério maior está em compreender que não fomos chamados nem para destruí-lo, nem para controlá-lo, e muito menos para suportar seu peso sozinhos.


O convite do Cristo é outro: confiar!


Confiar que o mundo repousa seguro em Suas mãos.


Confiar que nossa parte é ser presença de cuidado, de amor e de esperança dentro dele.


Quando aceitamos essa máxima, o peso diminui, a vaidade perde força e até a destruição parece inútil.


Porque se o mundo já está nas mãos do Filho do Homem, cabe a nós apenas abrirmos as nossas para servi-lo.

O mundo e quase tudo que nele existe foi criado pela palavra…
Mas é pela ironia que ele quase sempre subsiste.


Quando a polarização, acompanhando a carruagem, se reinventou, essa corja convenceu parte do povo a se armar a pretexto de segurança para não perceberem que o chicote era a Bíblia mal-intencionada em suas mãos.


Não obstante, essa ironia, demonizaram a mídia só para monopolizar sua atenção.


Hoje elas não têm pauta mais relevante, senão dar palco para o encardido que arregimentou as almas “inocentes” para salvar o país, e nunca mais parou de tentar vendê-lo para se salvar.


O diabo é um gênio!⁠

Num mundo onde quase tudo pode ser dito, mas quase nada escutado — talvez o bom ou mau-humor seja nocivo aos Donos da Verdade que não conseguem se despir da Toga do Moralismo.


Onde se fala muito e ouve-se muito pouco — o ruído é constante, e o humor se torna muito perigoso.


Talvez o bom ou o mau-humor sejam nocivos apenas aos donos da verdade, esses que vestem a toga do moralismo como se fosse um escudo contra qualquer desconforto.


Não suportam o riso porque o riso desarma, não suportam a ironia porque ela revela, e não suportam o espelho que o humor, em sua essência, quase sempre oferece.


Enquanto o mundo se divide entre os que falam e os que reagem, o ouvir continua sendo o ato mais revolucionário — e o rir de si mesmo, o mais Libertador.


Pois, para os que não conseguem rir de si próprio, as palavras perdem o dom de tocar para alimentar o vício de ferir.

Um dos maiores palcos de manipulação do país — quiçá do mundo — Brasília haveria de receber alguém de pulso, cheio de vontade de libertar — deixe ir: Fabrício Carpinejar!


Brasília, com sua arquitetura monumental e sua aura de poder, sempre foi mais do que a capital política do país — é o símbolo vivo da manipulação institucionalizada, da retórica cuidadosamente ensaiada, das verdades maquiadas em discursos de ocasião.


Ali, onde se fabricam narrativas e se negociam destinos, a liberdade — essa palavra tão pequena e tão cara — costuma ser tratada como um artigo de luxo, raramente distribuído e quase nunca praticado.


E então, de repente, chega Carpinejar.


Com sua voz que mistura ternura e brutal honestidade, com seu dom de traduzir sentimentos que o poder não compreende, ele atravessa os corredores de Brasília não para discursar, mas para desatar.


Lança “Deixa ir” — um livro que fala sobre o desapego, sobre o amor que sabe partir, sobre a leveza que nasce quando se solta o que aprisiona.


E é aí que mora a ironia mais sublime:
No palco da manipulação, onde os verbos dominantes são reter, aprisionar, onde a vaidade se confunde com propósito, chega um poeta dizendo: “Deixe ir.”


É como soltar um pássaro dentro de um aquário de concreto.


Como ensinar o poder a amar sem possuir.


Carpinejar, nesse gesto, não apenas lança um livro — lança uma provocação existencial.


É como se dissesse: “Enquanto o país se esforça para segurar o que não cabe mais nas mãos, eu escrevo para lembrar que o verdadeiro domínio é saber soltar.”


Não haveria melhor palco para deixar ir do que aquele que só sabe aprisionar!




⁠Não podemos seguir — Ferindo o Próximo, Ferindo o Mundo


Já estamos quase conseguindo transformar o Paraíso — chamado mundo — que nos foi entregue,
Numa verdadeira bola de neve...


Insensíveis, imprevisíveis e gananciosos,
já não queremos dividir o mundo —
queremos tomá-lo, dominá-lo.


Por capricho, descuido ou maldade,
estamos ferindo quem deveríamos cuidar:
o próximo.


Com tanta gente disposta a ferir,
precisamos cuidar um pouco mais de nós mesmos...


Mas é preciso sermos cuidadosos
até no ato de nos proteger —
para não nos blindarmos
a ponto de nos empedernir.

⁠Com tanta gente Machucada no mundo, até os Carinhos nos cobram mais Cuidados.


Vivemos tempos em que o afeto deixou de ser apenas gesto; virou responsabilidade.


Já não basta estender a mão — é preciso saber onde tocar, como tocar — e até quando tocar.


Porque a pele do outro, tão marcada pelas cicatrizes da jornada, reagiu aprendendo a se proteger antes de se abrir.


E, ainda assim, o mundo continua faminto de ternura.


Talvez por isso os carinhos sejam hoje tão raros e tão preciosos: eles precisam atravessar medos, memórias e desconfianças antes de chegar ao coração que ansiosamente os espera.


E, quando chegam, chegam devagar — quase pedindo licença — porque sabem que qualquer descuido pode reacender dores antigas.


Mas o cuidado não enfraquece o carinho; ele o aperfeiçoa.


É no gesto atento, na palavra que não invade, no silêncio que acolhe, que o afeto encontra seu caminho seguro.


Afinal, quem carrega feridas aprende a reconhecer quem toca para ferir e quem toca para curar.


E talvez seja nisso que a Humanidade ainda tenha Salvação: na coragem de oferecer Carinho mesmo quando ele exige mais cuidado… e na Humildade de recebê-lo mesmo quando ainda Dói.

⁠Feio não é se abrir na internet…
Feio é um mundo tão abarrotado de gente, mais disposta a falar do que a escutar.


Quando alguém se arrisca a desabafar online, muitas vezes não está buscando atenção — está buscando Sobrevivência.


Chegar a esse ponto pode ser, sim, a última tentativa de encontrar um ouvido disposto a escutar, um olhar que não julgue, um coração que ainda tenha espaço para acolher.


Vivemos em tempos muito difíceis, em que quase todos têm voz, mas poucos têm paciência.


Todos opinam, mas poucos compreendem.


Quase todos estão prontos para responder, quase ninguém está disposto a ouvir.


E ouvir, nos tempos de hoje, virou quase um ato de Misericórdia.


Um gesto tão simples, mas tão raro: Parar, Respirar e Permitir que o outro exista na sua dor, sem ser Ridicularizado ou Diminuído.


Porque, no fim das contas, o Desabafo Online não revela a fraqueza de quem fala — mas a ausência de empatia de quem não quer ou não sabe ouvir.


E isso, sim, é tão Feio quanto Medonho.

⁠Não é fácil entender como um mundo tão abarrotado de santos consegue fabricar tantos problemas.


Talvez porque santos demais, quando empilhados, deixam de ser testemunho e passam a ser ornamentos e julgamentos


Um mundo abarrotado de “santos” costuma falar mais alto sobre virtude do que praticá-la.


Há muita canonização apressada do próprio ego e pouca disposição para carregar até a própria cruz, quiçá a do outro.


Quando a santidade vira rótulo, ela já não transforma — apenas separa, acusa e justifica.


Os problemas não nascem da falta de discursos corretos, mas da hipocrisia, da ausência de mãos estendidas, de escuta sincera e de misericórdia silenciosa.


Afinal, se todos fossem realmente santos como acreditam, talvez o mundo fosse menos barulhento… e muito mais habitável.


Assusta-me muito menos o pecador assumido do que o santo fabricado.

1. Todo mundo admira o topo da montanha,


mas ninguém quer subir.**


As pessoas olham seus títulos, suas honrarias, seu cargo nacional, suas conquistas…


Mas ninguém quer:


• acordar às 5h
• dormir meia-noite
• estudar sem parar
• renunciar distrações
• carregar responsabilidade
• suportar pressão
• liderar projetos
• pensar grande
• segurar o emocional sozinha
• ser disciplinada quando ninguém está vendo
• entregar com excelência
• ser ético quando ninguém está filmando


Elas veem o brilho,
não veem o preço.