O mais livre de todos os homens é aquele que consegue ser livre na própria escravidão.
Três mais há neste mundo pelos quais anelam, pelos quais morrem e pelos quais matam os homens: mais fazenda; mais honra; mais vida.
Vale mais a clemência do que a justiça.
Muito pouco sabes acerca dos tempos em que vives se pensas que o mel é mais doce do que dinheiro na mão.
Quanto mais independentes formos, devido à fortuna, tanto mais escravizados seremos pelos sentimentos e pelos deveres.
Aquilo que mais devemos recear é a cólera dos senhores e também a sua afeição.
Nada é mais difícil do que partilhar um amor.
Não há nada de mais ilusório e contingente do que a verdade, e coisa alguma mais ajuizada do que a dúvida.
O medo tremendo de viver, apesar de todo, vale mais que a recusa de viver.
Uma paz certa é melhor e mais segura do que uma vitória esperada.
É mais seguro ouvir conselhos do que dá-los.
A probidade, que impede os espíritos medíocres de atingir os seus fins, é mais uma forma, para os astutos, de conseguirem o que querem.
Não haveria História mais insípida e insignificante que a dos homens, se todos tivessem juízo.
A moda, ídolo da mocidade, é a mais ruinosa de todas as vaidades.
Quanto mais se vive, menos se sabe por que se vive.
A democracia, mais do que qualquer outro regime, exige o exercício da autoridade.
Os exemplos do passado marcam, sem comparação, mais os homens do que os do século respectivo.
As paixões são como os vidros de graus, que alteram para mais ou para menos a grandeza e volume dos objectos.
O que não tem mais vontade nem mais gosto do que a vontade e o gosto alheios, pode ser tido como verdadeiro escravo.
O velho calcula muito, executa pouco: a mocidade é mais executiva que deliberativa.
