As Coisas Findas muito mais que Lindas
O que censuro aos jornais é fazer-nos prestar atenção todos os dias a coisas insignificantes, ao passo que nós lemos três ou quatro vezes na vida os livros em que há coisas essenciais.
Para sabermos bem as coisas, é preciso sabermos os pormenores, e como estes são quase infinitos, os nossos conhecimentos são sempre superficiais e imperfeitos.
O maior engano do espírito é acreditarmos nas coisas porque queremos que elas aconteçam, e não porque tenhamos visto que elas existem de fato.
Saber é compreender como é que a mais insignificante das coisas está ligada ao todo; nada existe por si só.
Um escritor, um pintor, que conseguiram fixar numa página ou num quadro um sentimento das coisas do mundo, uma visão que durará para sempre, comunicam-me uma emoção profunda.
A poesia não está nem nos pensamentos, nem nas coisas, nem nas palavras; ela não é nem filosofia, nem descrição, nem eloquência: ela é inflexão.
A constância não consiste sempre em fazer as mesmas coisas, mas aquelas que tendem para o mesmo fim.
Há coisas que só a inteligência é capaz de procurar, mas que por si mesma nunca achará. E essas coisas só o instinto as acharia, mas nunca as procura.
O que mais ardentemente se desejou, baixa de valor logo que se obteve, e basta que as coisas passem da nossa imaginação para a realidade, para logo se notar a perda.
A maior parte das pessoas seriam bem sucedidas em coisas pequenas se não estivessem tão preocupadas com grandes ambições.
Damos, muitas vezes, nomes diferentes às coisas: O que para mim são espinhos, vós chamais-lhe rosas.
Para que as pessoas possam ser felizes em seus trabalhos, essas três coisas são necessárias: elas devem ser adequadas ao trabalho; elas não devem trabalhar demais; e elas devem ter uma sensação de sucesso neste trabalho.
É preciso desconfiarmos dos engenheiros, as coisas começam pela máquina de costura e acabam na bomba atómica.