Árvores
Boas idéias flutuam como folhas no outono...
Quando as folhas são arrancadas das árvores pelos fortes ventos, morrem antes de completar o espetáculo.
Assim completamos nosso ciclo de vida, crescendo e envelhecendo com sabedoria, os fundamentos que importam é a legitimidade do que somos, que criamos e fazemos sem censuras, mas em determinado momento bruscamente tudo pode ser interrompido.
Dar,com um sorriso generoso e amigo,
como as àrvores dão, sem recompensa,
a flor, a sombra, o fruto, a paz, o abrigo!
Já reparou como o céu é lindo? Reparou o barulho do vento tocando as folhas das árvores? Já reparou o som dos pássaros cantando durante uma linda manhã? Os raios do sol num fim de tarde? Parou um pouco pra perceber quão significantes são esses mínimos detalhes da vida? Se não, meu caro. Peço-lhe que abra os olhos. Pois as coisas mais lindas da vida estão nos mínimos detalhes.
Por trás das arvores da pra ver o fraco brilho do sol, que o fim de tarde aos poucos consome
Devagar ele se vai, pra poder nascer do lado de lá!
E mesmo que deixe saudades...
Amanha eu sei que ele voltará!
Gosto de borboletas. Gosto de pássaros. Gosto de vento no rosto. Gosto de folhas de árvores espalhadas pela calçada. Gosto de poesia. Palavras bem colocadas. Pessoas inteligentes. Pessoas de mente aberta. Pessoas interessantes. Sorrisos dados gratuitamente. Olhares profundos. Sinceridade estampada no rosto. Vontade espontânea de ajudar o outro. Um tanto de espírito aventureiro. E mais um bocadinho de coisas. Sou feita basicamente disso. Coisas simples. Bem simples.
Da janela o ônibus vejo as pessoas
vejo-as como árvores
Enraizadas
em suas cidades
seus empregos
famílias
Afinal, o que fizeram com todas as árvores, que até seu dia se transformou em dia de outras atividades profissionais?
Sonho Paradisíaco
Em meio as árvores
Sobre um riacho
Longe dos cadáveres
Vida aqui é um cacho
O grito dos macacos
O canto do sabiá
Sem usar sapatos
Pronto para nadar
Talvez seu vizinho
Seja um passarinho
Cantando calmaria
No Sol do dia
Sozinha ela teria virtude
Amor é sentimento e atitude
Nossa linda filha ruiva
A galope no lobo que uiva
Talvez seja ideal
Buscar o que preciso
Se isso se tornar real
Seria, talvez, o paraiso
Floresta 'eu'
Caminho em meio a uma floresta nomeada "eu". Vago por entre as árvores, busco um caminho menos tortuoso. Encontro (ou não) repouso...
O sol brilha forte e seca apenas as plantas insentas da humidade de um rio que passa por ali, ora com águas claras ora com águas escuras, dependendo da estação.
A tempestade chega e modifica a textura do solo, das pedras e das plantas. Raios atingem árvores, danificando-as temporariamente ou para sempre. Meus passos tornam-se mais rápidos e minha respiração ofegante, pois os abrigos seguros tornam-se escassos. A tempestade cessa e vem a calmaria.
O sol se põe, uma brisa leve movimenta lentamente algumas folhas. Ouço um relâmpago em um local muito distante. O medo desaparece junto com a preocupação.
Os perigos são inevitáveis quando surge a noite. Não há lua nem estrelas para clarear o céu. As malditas feras trazem consigo a insegurança. A morte poderia vir a qualquer momento.
A noite termina e a claridade consome com a minha amargura o dia é torna-se normal e rotineiro.
De repente, árvores surgem e outras desaparecem a minha frente, interajo com criaturas metafísicas e o sol muda de cor (cor desconhecida). Tudo muda de textura: solo, pedras e plantas (texturas desconhecidas). O rio inverte seu curso.
E por momento o tempo para e não consigo diferenciar o dia da noite, a manhã da tarde e a tempestade da calmaria. Passado, presente e futuro se encontram. Cores e texturas desaparecem por completo e o rio congela.
Depois de tudo isso, vejo algo inacreditável e espetacular: tudo volta ao normal, isto é, volto a caminhar em meio a floresta como se nada tivesse acontecido. Na verdade, nada aconteceu ou tudo deixou de acontecer. Chego ao final!
O tempo passa e a vivencia das cidades onde as arvores viraram historias. Olhamos carros de luxo, loja de griffs, a eletrônica moderna e fechamos os olhos para a verdadeira beleza do mundo. Tornamos cegos com a visão nítida
Sou mulher que sonha, questiona, se impressiona com a cor das árvores e folhas. Mulher com alma poeta que tem como amiga as letras, que inventa, conta, reconta. Mulher que acredita no amor, no colo, no cheiro que fica na pele, nos cabelos, entre dedos".
Oração à Natureza
Natureza nossa que estais no mundo!
Santificadas sejam vossas árvores
Venha a nós o vosso ar
Não seja feito o desmatamento
Assim na Amazônia como em outro lugar
O ar limpo de cada dia nos dai hoje.
Perdoai nossa poluição
Assim como nós perdoamos todas as vossas fúrias.
Não nos deixei fazer a destruição.
Fazei com que
Todos os dias sejam lindos
Amém!