Árvores
Céu pardacento,
Emoldurado pelas copas das árvores gris,
Deitado neste colchão de cimento,
Embatuco para amenizar parte da minha cicatriz,
Passei por um lugar acolhedor
de árvores verdejantes
como se estivesse cercado de amor,
onde a paz parece ser constante,
então, meu ânimo despertou
e acendeu o meu semblante.
Como uma dádiva,
mesmo numa noite sombria
e solitária,
a lua permanece fascinante
com o seu luar de vitalidade
e sua presença emocionante
transformando um lugar
de árvores secas,
sem folhase sem frutos
em um canto mais belo,
mais amistoso,mais aconchegante,
algo assim é uma benção divina,
poder enxergar a simples beleza
em meio aos momentos angustiantes,
pois isso dá um fôlego de vida
que faz seguir adiante.
Não podemos ver ou segurar a fé com as nossas mãos porque ela é como o vento. Sentimos e vemos os efeitos de sua passagem pelo movimento que ela provoca nas folhas das árvores. Conhecemos a fé pelos seus frutos.
As folhas caem, as árvores choram.
Acima disso, as nuvens estão de costas para a terra.
Elas dormem com a barrigona para o alto.
Sonham temporais.
O céu, a brisa, as árvores e as coisas boas da vida. É isso que interessa, e o resto? Bem... as vezes é melhor deixar que seja só o resto!
Durante o outono,
temos um tempo oportuno
para aprendermos com as árvores
que soltam suas folhas secas
por não terem mais vitalidade,
por não terem mais nada
que lhes acrescentam,
mesmo que continuem lindas
por estarem marcadas
por ocasiões vividas,
agora, fazem parte do passado
e precisam dar espaço
pra que as novas folhas
nasçam e recebam
das árvores, as boas vindas.
Árvores desnudas
galhos esqueléticos
um dia cheio de folhas
folhas que o vento levou
galhos que um dia acolheram visitantes
pássaros que ali fizeram seus ninhos
pássaros saudosos
empoleiram nas extremidades dos galhos
hoje secos ,
cheio de cicarizes,
marcados pelas intempéries
Árvore amiga, sempre acolhedora
Árvore que lamenta
as atrocidades feitas
não só pelo tempo
Mas também pelas mãos do
homem,
insensível, arrogante, prredador
Ah, homem !
Sábio,
inteligente...
Ignoras que a natureza
nosso maior bem
Supre todas nossas necessidades
mas não supre sua ganância .
O preço é alto
Irreversível
editelima60
Esperamos o outono chegar,
ver as folhas saindo em disparada
voando loucas, pelo vento levadas
e querendo junto aos galhos ficar,
O vento chega ousado dando beijos,
para uma, a uma, logo conquistar...
e a nossa alma tem os lampejos
de outros outonos, lembrar !
Outonos de beijos amorosos,
abraços que pareciam sem fim,
em tempos que eram mais ditosos,
nas manhãs em toques de clarins
Outros outonos de frias brisas,
mas que aqueciam o coração ,
agora, tudo rapidamente desliza,
já sem a mesma emoção
Despedidas do tempo, que, ingrato,
vai passando com muita pressa,
e a tudo leva quase de arrasto,
e deixa a saudade, o ontem, a promessa...
Pra mim, é notória a essencialidade
de um lugar pacífico com árvores frondosas
de um verde exuberante
com a chuva caindo,
purificando e trazendo vivacidade
resultando numa sensação de paraíso,
longe da maldade e de pensamentos negativos.
As coisas simples me agradam e exemplifico com a tranquilidade do campo, a grandeza das árvores e a liberdade dos pássaros, por isso que aprecio o teu encanto pela a simplicidade, a qual consegue aquietar a alma durante as suas constantes instabilidades, portanto, é algo bastante precioso que merece o nosso zelo de verdade.
O vento leva a nuvem e a desmancha
e muitas vezes a chuva cai,
a vida leva a gente e deslancha,
mesmo sem querer a gente vai...
Pingos, pingos, pinguinhos,
chuva calma e persistente
que devagar, bem de mansinho
é para todos um grande presente
Fui agraciado nesta manhã por uma bela arte divina em exposição, detalhes caprichosos, cheios de vida bem diante dos meus olhos, trazendo uma emoção apaziguadora, uma renovação que inspira, uma visão que transforma e prontamente conquista.
Pude fitar árvores frondosas com pássaros libertos sobrevoando que proporcionaram-me alguns instantes de sobriedade num deslumbramento edificante, um lampejo de felicidade que será uma luz forte e permanente que poderá tardar o inoportuno desgaste da mente.
Consigo acreditar que foi uma forma de Deus encorajar-me a não esmorecer, a seguir meu caminhar através de um lindo amanhecer, já que nem sempre o bem que Ele faz está explícito, sendo preciso observar além daquilo que é notório para assim alegrar o espírito.
Muita das vezes julgávamos que tudo o que vivemos seria para sempre, mas não é bem assim, pois precisamos plantar árvores frutíferas para que desta forma a nossa futura geração possa se alimentar dos frutos que deixaremos para eles.
Caminhamos a "passos largos" para a nossa extinção.
Quando acabarem as ÁRVORES à face da TERRA, seremos somente, mais uma espécie na estatística.
Que tu sejas como às árvores de raízes profundas para quando vier os vendavais da vida, tu continuares de pé.
Outono
Outono... as folhas das árvores a cair.
Tudo se prepara pra ser fecundado.
No frio do inverno... tudo a se congelar.
Semente no calor do interior da terra
espera o momento de do solo desabrochar.
Folhas secas no ar a esvoaçar...
Eu pelo outono outra vez a me apaixonar.
O outono de novo a me ensinar...
De certas coisas é necessário se desapegar.
Desapegar... pra outras coisas o lugar tomar...
Outono: sim, é necessário se renovar.