Artista
'' Atores precisam de uma terapia espiritual, porque personagens absorvem espíritos e espíritos constroem personalidades; evidentemente que uma alma personalizada em um corpo com diversas personalidades levariam o artista inábil a insânia mental, transtorno bipolar e até o suicídio.''
"A arte e suas ramificações culturais são os refletores da essência de um povo, com suas idiossincrasias expostas, manifestadas através da sensibilidade do artista". Luiza Gosuen
"Uma peça de arte no império de Roma tinha valor incalculável quando o valor da peça era maior do que o valor do artista."
A qualidade de um ator não está só em interpretar bem o herói a ponto do público amá-lo, mas também em interpretar tão bem o anti-herói a ponto do público odiá-lo.
A chegada da era moderna impulsionada pelas Revoluções Francesa e Industrial no séc. XIX, bem como a ascendência da vida urbana, mais rapidez nos deslocamentos e a mudança na quantificação do tempo para unidades métricas (uma forma de facilitar as relações comerciais, que antes se baseavam em trocas) trouxeram para os artistas um paradoxo que os acompanha até a contemporaneidade.
Até então as artes eram restritas em sua grande maioria ás obras religiosas e para nobreza, tratavam-se não de criações propriamente ditas, mas de atender pedidos dos seus clientes. Com a revolução burguesa, abriu- se um novo leque de potenciais compradores; agora quem pudesse pagar pelo trabalho artístico (basicamente burgueses e comerciantes) faziam a encomenda diretamente com os artistas.
Á cerne da questão está em, quem produzia arte agora é o que chamamos hoje de “freelancer”, à medida que não estavam mais exclusivamente atrelados aos antigos consumidores de seus trabalhos. Entretanto para vender-los precisavam agradar a clientela, temos o seguinte quadro: Artistas “livres” para produzir e vender para quem quer que seja (desde que tenha como lhe pagar), mas que precisam seguir parâmetros que o mercado e gosto popular indicam (geralmente bem inferior ao que os artistas consideram bons), a fim de se sustentarem financeiramente, uma tremenda contrariedade que circunda esses profissionais. Como trabalhar seu portfólio, sem perder a identidade que o levou a ser artista, que move suas inspirações e conseguir sustento econômico que lhe traga retorno satisfatório (vale lembrar que arquitetos, pintores, escultores etc, estudam consideravelmente para entregar um produto de alto nível).
Nesta linha tênue que todos os anos surgem novos profissionais da área de Artes Visuais e escritas cheios de energia e vontade de deixarem seus nomes eternizados no rol de memoráveis que o mundo já conheceu e acabam batendo de frente com um mercado que acaba cortando muitas assas e formatando-os na mesma fôrma, independentes do como chegaram até ali.
Contudo, o que por vezes faz com que surja um desses milhares que ande na contramão esta na possibilidade de “ascensão artística”, que faz com este se destaque dos demais e alcance “A luz no fim do túnel” para aqueles que não abrem mão da identidade artística que consiste em ultrapassar a barreira dos “reles mortal” dependentes de agradar os compradores e alcançarem o patamar de “lenda” que independente de outros fatores pode usar de toda sua inspiração para ficar marcado na história das artes, reverenciais como Oscar Niemeyer, Zara Hadid, Gaudí, Beethoven, Shakespeare chegaram a um nível que já não importava o conteúdo produzido, simplesmente por serem eles já é considerado marcante, claro que nas obras desses artistas, uma ou outra se fossem assinadas por algum recém formado não seria tão badaladas, a questão é independentemente da maneira que chegaram a este status, estão lá eternizados na memória e estudo da arte, com todo mérito que tem direito. Esta talvez seja a única saída para aqueles que não abrem mão de todo sentimento e identidade.
É inevitável viver essa contradição na vida de quem trabalha com arte, o que muda é a forma de encarar esta situação. Se adaptar ao mercado somente? Agarrar com todas as forças sua corrente artística até que o reconhecimento chegue (se chegar)? Tentar se equilibrar entre um e outro? A resposta está na mente de cada um dos que dia pós dia adentram no magnífico mundo das Artes.
As derrotas temporárias são como a ferramenta do escultor que o permitem tirar os excessos de argila e chegar na modelagem do vaso perfeito. São como a paleta do pintor que parece uma mistura bagunçada de cores, mas que passam a fazer todo o sentido quando o quadro fica pronto. O fracasso é o tênis rasgado do corredor, é a unha ferida da bailarina, o braço enfaixado do jogador de vôlei, o joelho dolorido do jogador de futebol, a rouquidão que todo cantor tem quando não está no palco. Fracasso é o molde do artista.
Todo ser humano tem um pouco de viajante, tem pés. Tem um pouco de conhecer, tem cérebro. Tem um pouco de sonhar, tem córtex cerebral, necessita desenvolver propostas de sobrevivência, tem habilidades motoras. Entre outras milhares coisas, tem também um artista dentro dele, que ao utilizar tudo que é fisicamente possível, anseia por criar sua própria obra de vida, intangível, muito mais duradoura, dia após dia e com uma intenção muito forte movendo sua vontade.
"E nas fotografias você sorri pra mim
As fotos mostram fatos que não esqueci
E o tempo que separa deixou você aqui,
está na minha cara que você está em mim"
Ah! Se um dia
De repente a poesia, for buscar você pra mim.
Toda a alegria
Seu sorriso luz que havia
Vai brilhar de novo aqui, enfim
Pois você é minha luz, meu começo meio e fim
É magia de um blues, é o amor dentro de mim
Se você não acredita no que faz, desista, pois ninguém acredita naquele que não acredita em si mesmo
O horário político é tão engraçado, que deveria permanecer semanalmente na grade de programação de qualquer canal de televisão como programa humorístico
Pra ser feliz é necessário ter o coração em paz, seguir em frente e se preciso olhar pra trás, valorizando tudo aquilo que é simples!