Frases de Arthur Schopenhauer

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Qualquer indivíduo que realmente acredite que seres supra-humanos concederam à nossa raça informações sobre os objetivos de sua existência e do mundo ainda está em sua infância. Não há outra revelação senão os pensamentos dos sábios — e mesmo esses pensamentos estão sujeitos a erros, como é a sina de tudo o que é humano.

Usar de polidez é uma tarefa difícil, pois exige que testemunhemos grande consideração por todas as pessoas, enquanto a maior parte delas não merece nenhuma; ademais, precisamos simular o mais vivo interesse por elas, quando em verdade temos de estar contentes por não o sentirmos. Unir polidez com orgulho é uma obra-prima.

A mulher é uma criatura de cabelos longos e ideias curtas.

A vida interior é reprimida e não pode ser conscientizada porque conhecer nossa natureza mais profunda (nossa crueldade, medo, inveja, desejo sexual, agressividade, egoísmo) seria um peso maior do que poderíamos aguentar.

Arthur Schopenhauer

Nota: citado em "A Cura de Schopenhauer", de Irvin D. Yalon

Ficaremos cada vez mais indiferentes quando alcançarmos um conhecimento suficiente da superficialidade e da futilidade dos pensamentos, da limitação dos conceitos, da pequenez dos sentimentos, da absurdez das opiniões e do número de erros na maioria das cabeças

Arthur Schopenhauer
SCHOPENHAEUR, A., Aforismos sobre a Sabedoria da Vida

Quanto mais claro é o conhecimento do homem, quanto mais inteligente ele é, mais sofrimento ele tem; o homem que é dotado de gênio sofre mais do que todos.

A tarefa é não tanto para ver o que ninguém viu ainda, mas pensar o que ninguém ainda pensou sobre o que todo mundo vê.

Arthur Schopenhauer
Parerga und Paralipomena, 1851.

Nota: A citação costuma ser erroneamente atribuída a Erwin Schrödinger.

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Eu não pretendia sentir por ele um amor ardente e nem tampouco ele parecia esperar isso de mim.

... feliz é quem pode evitar para sempre certas individualidades. Para aprender a suportar os homens, deve-se praticar a própria paciência em relação a objetos inanimados, os quais, em virtude de uma necessidade mecânica ou de qualquer outra necessidade física, resistem tenazmente à nossa ação. Para tal exercício, há oportunidade diária.

A virtude da modéstia é, decerto, uma invenção considerável para velhacos, pois, em conformidade com ela, cada um tem de falar de si mesmo como se fosse um deles, o que coloca todos magnificamente no mesmo nível, uma vez que produz a impressão de que não há absolutamente nada além de velhacos.

Acredito piamente que o homem mais feliz é o que busca apenas a solidão.

Cada um fará sua própria história e esperará que esta seja capaz de trazer a verdade à luz.

Os caprichos nascem da imposição da vontade sobre o conhecimento.

“A mera esperteza basta para fazer um cético, mas não um filósofo”

Quem fez da modéstia uma virtude esperava que todos passassem a falar de si próprios como se fossem idiotas. O que é a modéstia senão uma humildade hipócrita, através da qual um homem pede perdão por ter as qualidades e os méritos que os outros não têm?

Nossa razão se obscurece ao considerarmos que as inúmeras estrelas fixas, que brilham no céu, não têm outro fim senão o de iluminar mundos onde reinam o pranto, a dôr, e onde, no melhor dos casos, só vinga o aborrecimento; pelo menos a julgar pela amostra que conhecemos.

Eles buscavam o porquê, ao invés de considerarem o quê; eles aspiravam ao distante, ao invés de captarem o que lhes ficava mais próximo; eles saíam em todas as direções, ao invés de voltarem-se para si mesmos, o único lugar em que todos os enigmas encontram algum tipo de solução.

Podemos conhecer muitas coisas apenas através da razão. A geometria, por exemplo. Ou alguém pode ter uma experiência dolorosa e concluir a partir dela, ou pode olhar, ler, observar os outros.

Um homem moral pode manter seu código moral em um mundo imoral?

Quem escreve de maneira displicente confessa com isso, antes de tudo, que ele mesmo não atribui grande valor a seus pensamentos.