Arte Cultura
Colecionar obras de arte de artistas brasileiros é bem mais que um mero investimento prazeroso. Em uma nação educada e civilizada sabe se que é preservar a historia, exaltar o belo, fortalecer a soberania artística e cultural, guardar a identidade nacional para as próximas gerações.
Em arte se aprende com o passar dos anos que a criação do mais erudito se inspira inevitavelmente no mais simples e popular.
A arte e a anti-arte em confronto nos caminhos oblíquos da chamada arte contemporânea. A matéria criativa e a anti-matéria destrutiva, evolução e involução perante as novas técnicas, plataformas, olhares e modalidades digitais tecnológicas. O artista como modus operandi propulsor da inquietação e o espectador como um isolado condutor do que quer ver e foi por ele intimamente criado. Artista e espectador em dialogo constante sobre a insólita realidade e a arte como instrumento de comunicação sensorial inventiva geradora de múltiplas perguntas e respostas, por infinitas possibilidades.
Não consigo ver a arte contemporânea fora de seu papel institucional construtor na linguagem prospera de ponte, atmosfera, instrução e interlocução da cultura, o tempo e a educação.
A boa arte é atemporal, comunica se em um dialogo mudo com o espectador infinitamente e de uma forma diferente, toda vez que ele com novos olhos, a vê.
A arte é uma filosofia de vida, uma plataforma criativa e expressiva escolhida como linguagem de dialogo e de comunicação entre a ideia, o pensamento, o espaço, a dor, o prazer, emoção, tempo e dimensão de quem cria e aqueles que veem. O registro ou a materialização da ideia criativa que é a obra, em tese se completa e exingue se na performance da exposta realização mas pode ser estendida e comercializada por valores atribuíveis, na repetição. Quando isto acontece a original linguagem ecoa, transforma e permanece a falar se significando e inter relacionando com novos paramentos da própria vida, de novas ideias, novos tempos e pensares.
A arte não é o bonito que combina com o sofá. A arte é a linguagem de impacto, do falar das emoções e devaneios existenciais presentes na vida que nem toda oralidade e toda sonoridade ainda foi capaz de intuir e submergir.
A criatividade plena tem a faculdade de tornar o simples cotidiano em um movimento único, novo, personalíssimo e especial.
Dia 20 de Novembro no Brasil. Dia nacional da Consciência Negra, não. A diversidade cultural brasileira tem todas as cores e sempre terá. Não existe a menor possibilidade de separar qualquer uma delas. Data para homenagear o Zumbi dos Palmares, nosso herói brasileiro, da resistência e da liberdade, sim. Salve ZUMBI.
Assim como Ismael Nery que não se via um pintor eu também não me vejo artista marchand, colecionador nos vemos pensadores essencialistas sem algemas do tempo e do espaço. Não blasfemar de ser Deus, por necessidade de criar e inventar mas sim ser divindade por vocação, em busca constante da unidade infinita em ser tudo e não ser nada enquanto existe angustiado,cego, surdo e mudo. Um só choro para prantos, cantos, enganos e encantos tão diversos. Céu e Inferno, o lirismo de passear na lua entre os ápices do êxtase carnal de ter posse de corpos para nossas almas e a serena comunhão do espirito em redenção liberdade. O absoluto revigora.
MONUMENTO AO MANGUEBEAT
De perto ele assusta
Caranguejo bem gigante
Monumento ao Manguebeat
Chico Science, o pensante
O Recife cultural
Da lama, do manguezal
Música eletropulsante