Arte Cultura
As boas historias, de afeto e de carinho independente da religião e da cultura de quem nos conta, se repetem. Isto justifica se por amor e humanidade.
Grande parte da cultura e religiosidade negra, no Brasil, subsistiu pela mão amiga do indígena brasileiro. Um dia a negritude cultural perceberá disto e entrelaçará suas culturas de resistência.
Ainda persistem a falta de centros de cultura no Estado do Rio de Janeiro. A exemplo disto podemos citar, da cultura do carnaval, da cultura do folclore
fluminense e da cultura indígena dos tamoios e tupi e seus diversos desdobramentos que conviveram com a sociedade carioca desde sua fundação.
Com a extinção de um idioma e de uma cultura indígena, toda humanidade perde os conhecimentos dos saberes ancestrais e toda historia viva de hábitos evolutivos de uma região.
O Funk e o Rap derivado do hip-hop são os fenômenos naturais musicais na cultura das favelas e das periferias das grandes cidades brasileiras.
CIDADE DO FREVO
Recife é a cidade
Da cultura popular
Onde se dança o frevo
Que consiste em pular
Segurando a sombrinha
Ouvindo o Vassourinhas
No carnaval a tocar
Cá com os meus botões diante dos últimos acontecimentos: até quando ficaremos enterrando a cultura nacional, dependentes de assitir shows estrangeiros mesmo a distância porque (a maioria não pode pagar entradas e deslocamento) e cultivando o quê há de pior na cultura?
Ela está nas simples ocasiões da vida. Dá mais profunda ciência do imaginário ao choque da realidade da humanidade. A Cultura é o poder da descoberta. Não basta talento, é preciso conhecimento de causa. Só existe respeito a cultura quando praticada com autonomia.
A falta de sérias politicas publicas de governo para as comunidades indígenas no Brasil, chega a ser incomoda e imoral. Entra governo e sai governo, e nada é feito efetivamente de verdadeiro. A distorção entre as culturas negra e indígena, é alarmante. Uma foi importada e a outra é ancestral nativa dos antigos proprietários de todo território brasileiro. Nenhum museu do índio, existe ao contrario da cultura negra. A cultura negra sobrevivente tem uma grande divida com a resistência indígena via movimentos quilombolas. Os números da população indígena, são alarmantes, vidas e culturas indígenas nativas, importam. Erga se Brasil.
A Lei de incentivo cultural mudou enquanto tetos financeiros mas de forma incompleta ainda pois deveria estar dito que as empresas que buscassem a lei seriam OBRIGADAS a destinar parte do patrocínio adquirido para os MEGA EVENTOS a projetos menores, principalmente educacionais, a novos produtores, a pequenos produtores e a projetos em pequenos municípios de outros Estados, afastados do eixo-cultural das Regiões SUL e SUDESTE. Tornar os investimentos aos menores compulsório e obrigatório. Porque pelo que foi feito, sem um estudo pratico e por motivação politica, os ajustes irão agravar a situação profissional de todos os atores que participam das produções menores. Mais uma vez a cultura cidadania gerenciada por teorias equivocadas distante da verdadeira realidade artística e cultural brasileira.
Saudosas lembranças, do amigo e mestre Darcy Ribeiro, que ressaltou antigas bandeiras brasileiras e que ainda hoje não tremulam por liberdade, por razão alguma.
Infelizmente devido ao negligenciamento e sucateamento das politicas publicas brasileiras dos últimos governos pode se afirmar que hoje o estado cultural agoniza, o patrimônio artístico desfalece pois sem educação não há arte e cultura, no máximo uma perversa maquiagem pela industria mercadológica menor do entretenimento que favorece escolhidos.
A inveja e a não competência gera a competitividade desleal e o inventar defeitos na boa realização.
A obra de arte nunca foi e nunca será uma opção de investimento ágil com retorno imediato.
O único investimento com ganho rápido dentro da historia da riqueza do mundo e com liquidez automática é e sempre será o próprio dinheiro.
Acredito que o verdadeiro marchand, antiquário e agenciador de obras de arte profissional tenha também uma função cidadã sócio-educativa perante o conhecimento mercadológico adquirido. O profissional que tem e legitima um pouco destes saberes do próprio mercado de arte e de cultura, que atua operante tem a obrigação ética e moral de difundir, nem que seja de forma branda o seleto e difícil conhecimento. Sendo a atmosfera da arte e cultura profissional tão hermética, sem qualquer formação acadêmica profissional apropriada de mercado e com uma ínfima e diminuta esfera de oportunidades para novos profissionais fora da experiencia diuturna de muitos anos do próprio ambiente, é injusto a monopolização gananciosa que só visa ganhos financeiros, dificultando naturalmente uma contra mão não aberta dos conhecimentos adquiridos para as próximas gerações. Ao mesmo tempo que também, toda industria criativa nos seguimentos das artes e das culturas se atrofiam e por muitas vezes extingue se pela falta e escassez de escolas e cursos profissionalizantes práticos não só didáticos com profissionais experientes do meio para perpetuação das antigas e atuais técnicas, das formas de fazer, e mesmo do possível e promissor aprimoramento que deveria ocorrer em laboratórios avançados de pesquisas do conhecimento e pratica combinado com as novas tecnologias. Mas infelizmente os cursos profissionais sobretudo acadêmicos universitários se julgam indevidamente superiores mas na realidade bem distantes dos oficios verdadeiramente profissionais que são operados na pratica nos mercados correspondentes. E pior ainda, quando, digo por mim, fui, buscar por meio de generosidade de conhecimento reverter a caótica e artificial situação, entre o estudo teórico acadêmico e a realidade pratica, como um profissional que sou atuante a algumas décadas no mercado. Por uma ignorante vaidade acadêmica fui repelido de forma grotesca, algumas vezes ofensiva e sem qualquer boa vontade receptora. Dito isto, creio que infelizmente seja a razão que os profissionais não comparecem de forma alguma aos meios acadêmicos. Enfim, pelo visto ainda teremos muitos anos de distanciamento entre o que a faculdade teoricamente ensina e o que e como o mercado profissional, pratica, e com isto toda a cultura nacional perde.E perde muito.
Existe um grande equivoco quando se acha que a avançada tecnologia vem se tornando uma grande concorrente da arte. Pois assim parece ser enquanto imagem mas entorno da invenção, imperfeição e criação da obra de arte, nada artificialmente substitui ainda a superatividade e a inteligencia emocional do pensamento ideia e visão do artista, que é e será por muito tempo ainda seu tradicional protagonista..
A arte é uma atividade ligada à manifestações de ordem histórica, estética ou comunicativa, realizada por meio de uma técnica e linguagem.A verdadeira arte não pode ser meramente estética deve estar atrelada à comunicação de um conceito e interpretação do que é retratado pelo autor ou artista.Hoje nas artes contemporâneas e nos processos digitais estes conceitos estão sendo negligenciados e os autores produzem trabalhos em massa com o tosco objetivo financeiro sem comprometimento com qualquer conceito, ética e cultura.Mas a história futura mesmo que revisada fará a devida correção, inevitavelmente.
As feiras de arte pelo Brasil ainda são vitrines para os interesses meramente comerciais das galerias nacionais e estrangeiras, distantes da verdadeira cultura nacional, do desenvolvimento e oportunidades para o setor, dos trabalhos e projetos inclusivos e sustentáveis dos maiores profissionais do mercado e da maioria dos artistas.