Arte
Todos nós somos artistas. A arte, antes de mais nada, é expressão e aceitação, é uma fuga do convencional, um simples olhar diferente, é tentar agir e aprender de uma outra forma.
Componho pra não me decompor
Poeta maldito perito na arte
De Arthur Rimbaud
Garçom, traz outra dose, por favor
Que eu tô
Entre o Machado de Assis e o Xangô
Encontros e Desencontros
Na vida, na arte, nas telas, nos contos, na ficção ou na realidade a vida está repleta de encontros e desencontros.
Amores verdadeiros ou sentimentos projetados? Amores sinceros ou conveniência inconsciente? Silêncio e solidão ou palavras e multidão?
Chorar o tempo certo e partir ou chorar a vida toda sem desistir?
Compreender que o outro não nutre o mesmo sentimento por mim ou ir em busca de alguém que me ame de forma igualitária?
Convenço-me que não é obsessão lutar por um amor respeitoso, feliz, recíproco, leal, fiel, generoso.
Ter alguém com quem dividir o cobertor, as lutas, as dúvidas, as dívidas, os anseios, os projetos, os sonhos.
Será que amar sem medidas é amar por primeiro?
Será que amar por primeiro é amar verdadeiramente?
Será que amar sem lágrimas é amar?
Será que já amei na vida além dos meus pais, irmãos, sobrinhos, amigos e meu próprio umbigo?
Amar não é competir, destruir, possuir, desprezar, tolher.
Amores, invasivos, dominadores, atrapalhados, interesseiros, que visam apenas o prazer, a dedicação que podemos proporcionar, esses amores nascem mortos, foram cultivados em desertos, na seca, sem chuva, sem vento, sem calor. Nem chegam a ser amor.
É preciso tomar conta do coração, deixar guiar, deixar sentir, deixar viver.
Fotografia é arte. Direito é arte. Medicina é arte.
Cada uma dessas profissões requer raciocínio, prática, criatividade e rapidez pra ser realizada como êxito.
A arte da dominação se resume em subserviência e a da submissão em transcendêcia e rompimento da dor e do despertar da grandeza.
Sob o Domínio da Arte
Todo amanhecer para bailarinos é complicado. O chão que você não sente ao pisar, as pernas que doem, as bolhas que perturbam... Seu corpo te dá bom dia estalando.
É uma relação de amor e ódio com a dor. É inevitável não se viciar nessas dores diárias que fazem questão de te lembrar sempre que você é bailarino. É um desgaste com sabor de trabalho.
E nunca vai parar. Tem dia que dói menos, tem dia que dói mais. Lembrando que me refiro ao corpo, pois se for avaliar o coração de um bailarino, perceberá que não existem feridas, porque não se deixa ferir.
Você entrega seu amor ao ballet sem medo, pois tem a certeza de que ele não te abandonará. Seu coração vai estar sob o domínio da arte, em troca você receberá algumas bolhas sim, feridas, lesões; mas prefiro um corpo dolorido à um coração machucado.
Todos chegam à aula reclamando das dores, às vezes até choram, mas no fundo sabem que fazem parte da sua felicidade, sabem que quando um dia não as sentirem mais, sentirão falta.
E acredito que sem as dores os aplausos não seriam tão gratificantes, com sonoridade de superação, e com uma sensação de orgulho, por nunca desistir.
E quando for reclamar da dor, substitua o semblante triste por um sorriso, porque se você não estivesse com ela, o ballet não estaria com você.
O maior problema de toda arte é produzir, por meio de aparências, a ilusão de uma realidade mais grandiosa.
"Possuo duas armas infalíveis para exercer minha arte, a primeira é a minha inquestionável superioridade, física, intelectual, financeira e social, que arrasa totalmente meu adversário e me torna invulnerável a qualquer tipo de ataque, a segunda é que estou pouco me lixando para tudo e não tenho vergonha de nada"
Eu sou música, poesia, arte...
Eu sou essência...
Vim ao mundo para ser feliz... (pelo menos tentar)
E para encantar-te...
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