Arrepio
Eu não quero casca, fantasia, utopia. Eu quero abraço, alívio, olhar, arrepio, coração, alma e tudo mais que não encontrarei em uma noite.
“Num toque, eu já sabia. Não era a pele que eu conhecia, era a minha reação. Aquele arrepio era inegável. Aquela falta de ar. Aquela eletricidade. Num momento tinha sanidade, no outro, me rendi à loucura.”
"Dói e surge um arrepio da alma até o coração que busca um lugar pra sair mas só encontra os olhos."
Garoa, fleuma..
Hasteie, gota..
Pele, arrepio..
Adágio, ausência...
Curvar, risos..
Ternura, carência..
Pensar, libido...
Placidez, leitura, chuvisco.
Ai que frio, arrepio, é do vento o assovio. Minhas imagens no vazio, quem se lembra do que viu? Do teu olhar me desvio, minha paz por um fio. Ai que frio.
A cada suspiro uma lágrima,cada som um arrepio,será você?
O que me move e faz sonhar,rir e chorar,
Meu tudo e nada...
És minha Perfeição, o que tenho de melhor em minhas profundezas!
Tenho fome,frio,sede de ti.
Peregrino a muito pela vastidão da Terra e enfim te encontrei!
Hei de proteger-te e amparar,amar-te de todo o meu coração,
serei o teu e demais ninguém!
Assim como vaguei por séculos a fim de encontra-te,passarei a eternidade a amar-te!
Ao teu lado estarei na noite mais escura e sombria,
no dia mais claro e belo,porque eu sou a tua alma gêmea,
sou o teu coração, teu sangue, teu ar, tua alma repartida em dois!
Sou o Amor da tua vida, assim como és o meu!
Nas saudades ainda sobrevivem os momentos dos dedos nos emaranhados dos seus cabelos, o arrepio de sua pele em meus afagos e os sonhos que sonhamos.
À esses amores de pele.
Busca algo mais além de sentir? Não deveria o amor ser o arrepio que sentes quando meus dedos suavemente tocam sua pele ou quando minha voz grave adentra seus ouvidos lhe fazendo estremecer? À esses amores de pele digo, vós sois também de alma! Quem por meio da razão sentiu prazer? Sendo o amor irracionalidade e o demasiadamente sentir. Quem pode atentar contra os amantes de pele se não quem racionaliza o amor? À esses amantes verdadeiramente felizes e satisfeitos dedico o prazer dionisíaco de viver sem culpa ou ressentimento. Estes não usam o traje sórdido da hipocrisia, pois estão nus de corpo e alma.
O arrepio da pele
Nos dias frios
A boca pálida
No beijo amargo
E o corpo arde
Em febre sobre o chão
Respiro momentos
Enganando a solidão
É da sede,
é da sede de vida, do sonho e do acordar
Que me vem da alma
Este arrepio na pele
Que me faz sentir
Cada toque
Cada palavra
Cada som
Com a grandeza dos mundos
E a ti
Com a grandeza do universo
Nascemos filhos de sangue
Crescemos filhos do mundo
E morremos filhos de ninguém!
E fez-se a primeira noite
E desde a primeira noite, o frio
E fez-se o arrepio e nascem os sonhos
Em algum momento perdido, o calor
Inventando um novo invento
E veio o rio das horas
E veio a demora
Com o tempo que passa depressa a flutuar
E a folha que cai e que vai-se à toa
Ao arrepio da hora boa
E nasceu assim a lembrança
E o medo do fim
Como receio da noite vindoura
E da dor a lição
Assim fez-se a pressa, a que cessa num momento
Que é coisa a aprender-se depressa
A vida que escoa entre os vãos
Mãos vazias que acenam
O sempre olhar pra trás antes da curva
Até o dia de não nunca mais se ver esse olhar
Assim fez-se a madrugada, a alvorada
O outono que chega
A bruxa do tempo que ri só pra si
E assim fez-se a noite e a escuridão
Tão negra quanto o coração que era
Esperar no portão pelos passos que não mais escuto
E assim se fez a última noite
O longo tempo, que afinal
No final se fez tão curto.
Edson Ricardo Paiva.
Quando a noite deixa ecoar o som do primeiro eco de silencio se sente o arrepio causado pelo sereno que nada mais é, que o a manta que protege a escuridão, fazendo dela uma criança protegida e temida por ser tao impetuosa quanto sedutora, pois uma vez provado o beijo doce da noite, há quem diga que jamais você volta a luz....
Um arrepio lhe percorreu a espinha, como se ele pudesse ler seus pensamentos, Íris se sentiu vulnerável diante o olhar de Oliver.
Até o ultimo arrepio...
Prisioneira que sou
Do teu amor...
Um pássaro sem voo... Sem partida...
Como num sonho entre brumas...
Procuro por ti... Em algum lugar
No firmamento... Entre céus...
Talvez...
Onde perdi também a alma e a paixão...
Já me reinventei dentro de todas as viagens...
Por entre mares... Por sobre as ondas
Sem chegar nem partir... Sempre no mesmo lugar
A te procurar... Até o ultimo arrepio...
Mas apenas um olhar pra trás onde
Somente um vazio e as palavras que versam
Quais gritos de amor... Nas rimas do meu poema...
A tua ausência e nada mais...!
A vida é o frio na barriga, o suspiro profundo, o arrepio que gela. Eu gosto da sinceridade que não se esconde.