Armas
"Se você acha que tem capacidade para ter uma arma, saiba que nervoso você se transforma em alguém que não tem capacidade de estar armado"
Se errei foi até mesmo no erro em boa intenção... te dizem sofrer, ser silenciado, viver um caos, que em terra essa, pode se dar o nome de inferno, você com seu nobre coração estende uma e outra mão...
Essa verdade não existe, a mão esta é equívoco, até ali você não vê, se torna parte do jogo de xadrez que nem ao menos sabe jogar....
Pessoas acostumadas a empunhar lanças acham que todos estão dispostos a degladiar, porém da terra que venho o amor é escudo e a lança não tem poder...
Essa é sua guerra, eu não a travei...
Por que me chamas pra lutar se não tenho armas em equivalente a sua guerra?
Não vim para duelar sou feita de paz, se suas armaduras te brindam as minhas são vitror, eu não carregarei espada...
Se a caso me ferir seja seu maior trunfo, eu segurei “Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não...”
Nesta arena, nós reunimos corajosos artistas marciais, recrutados diretamente pelos administradores do torneio. Este é um torneio de artes marciais mistas, em que qualquer técnica e estilo de luta são permitidos. Além disso, não há limite de tempo ou restrições de armas. O único jeito de vencer é por nocaute ou rendição!
Sombra Transitória.
A nossa felicidade não se compra em vitrinas.
Nossa democracia não termina com eleições.
A nossa igualdade não se pesa em urnas.
Somos livres demais para vossos fascismos!
O nosso tesouro não se guarda em vossos cofres.
Nosso mundo não é movido por armas.
O que fica dessa sombra fugaz, para além das cortinas do tempo?
REALIDADE
Não tenho riquezas,
minhas riquezas guardo no espírito.
Não quero glórias,
minhas glórias estão em minha consciência.
Não tenho armas,
minhas armas são meus sonhos.
Não tenho dívida,
minha dívida é a missão de vida.
Não tenho casa,
todo lugar é minha casa.
Não tenho terras,
as terras são ilusões temporárias.
Não tenho parentes,
somos todos irmãos.
Não tenho felicidade,
minha felicidade é a sua.
Não tenho vida,
a Terra é minha mãe e minha vida.
Não tenho liberdade,
somos escravos das nossas ideias.
Não tenho olhos,
meus olhos já viram tudo.
Não tenho força,
minha força é minha mente.
Não tenho inimigos,
inimigos transformo em amigos.
Não tenho dor,
já somos feitos de cicatrizes.
Não tenho necessidade,
o tempo nos dá o que pedimos.
Não tenho igualdade,
nem a morte tem esse poder.
Tenho apenas... Plena REALIDADE.
São todas essas pessoas brancas que fazem eu chegar no meu limite, essas pessoas brancas, ali em pé, na vizinhança negra. Pessoas brancas com armas apontadas pros negros. Porque quem vai proteger os nossos? Não existem policiais pretos.
Não espero que homens sejam deuses, se conseguirem ser apenas humanos já estaremos salvos de muita porcaria;
Meu pai possuía um 38 o qual todo dia ficava alisando com carinho atrás do balcão da mercearia, feito a um animalzinho de estimação, lubrificando com óleo de maquinas. Uma vez matou um cachorro que estava latindo no quintal, disse minha mãe, se sentindo incomodado. Outra vez saiu correndo atrás de um cliente, essa eu próprio vi, apontando o revolver, tremulo, se o cara não corresse feito um raio, e dobrasse rapidamente a rua... Sei não. Acho que não ia atirar, mas... Noutra antes de dormir vi ele atirando logo abaixo da calçada do vizinho em frente. Perguntei: - Pai, o que é isso? - Ele disse: - Bala fria! Não sabia que raio de balas frias eram essas, se tiradas da geladeira ou não, e porque se estavam imprestáveis, como parecia, ele não jogava no lixo, simplesmente. Outra vez ia entrado na mercearia, a noite, na hora que fechou e vi um cidadão que trabalhava com ele e que havia demitido logo cedo, aproveitar, e antes que ele fechasse as portas invadir estabelecimento e sentado em cima dos sacos de farinha ameaçar ele e meu tio com um revolver apontado, se ressentindo de humilhação sofrida. Eu vendo aquilo, estupidamente, me aproximei de bracinhos levantados me sentindo feitos nos filmes americanos de faroeste que assistia na TV.
MAPA-MUNDI
Certas coisas eu aprendo
Uma espanta, outra confunde
Não localizo um paraíso
Nesse imenso mapa-mundi
Quero ser de qualquer país
Quero que o amor inunde
Onde houver corações hostis.
A paz vencendo onde haja guerra
Um rei que crie uma lei que diz:
"Pra ser um lar basta ser terra."
Mais flores que armas nas mãos
Mais sorrisos que carrancas
Ser irmão para nossos irmãos
E uma só bandeira toda branca.
“A onda de resolver tudo na base da bala é vassala, arcaica e démodé. Um vinho de rótulo raro e uma caixa de bombom caro ameniza qualquer desatino e abre um sorriso de menino. “
Nós vivemos todo dia um novo inferno
Porque quem nos mata veste farda
E quem nos rouba anda de carrão e terno
Mas agora não adianta chorar pelo leite derramado
Na terra da justiça vence quem tem o melhor advogado
País com maiores índices de corrupção
Deus tenha piedade das nossas almas
Eles querem salvar vidas liberando armas
Quantos vão colocar o dedo no gatilho
Quantas mães vão chorar a perda do filho
Me diz quantas pessoas vão sofrer
Me diz quantas pessoas vão chorar
Me diz quantas pessoas vão morrer
Me diz quantas pessoas vão se matar
Graças a pandemia do Coronavírus
Grelou sã consciência, nos dirigentes
Gritadores que ameaçavam esse mundo
Grosseiramente assumindo serem chefes
Grulhando sobre posse de armas nucleares.
Todos que postam “me armo de livros”, nunca leram um livro na vida, se lessem, aprenderiam com a história, não deixando-a repetir e logo se armariam de armas.
Krïs Kirak
O que precisamos ensinar às crianças – e a muitos adultos inconscientes – é que nada justifica a guerra, que armas não são solução para a violência, que a paz planetária é possível, e que a educação é o melhor caminho para conquistá-la.
Com as mãos livres, o homem poderá chegar ao ponto alto do seu próprio estado de fúria ou de inquietação. Neste estado, ele tem total capacidade de ocupar suas mãos com armas ou com livros, e sua mente construindo armadilhas ou escrevendo poemas, versos e romances diversos. Quando o homem abaixa as armas, até mesmo um galho seco pode ser um meio de riscar ao chão e de materializar os sentidos dos seus próprios pensamentos, medos ou frustrações.
A pulsão é a mesma, cabe a cada ser saber utilizá-la da melhor forma.
Se cada nova vida é uma chance de se reconstruir, uma chance de ser o melhor possível, por que alguns devem pegar armas e lutar de novo enquanto outros descobrem novos começos?
O que eu quero falar?
Muitas coisas.
Coisas que eu não encontro.
Perdidas.
São amores, sentimentos...
São passado.
Há, o passado!
Um barco que passou,
Um navio que singrou,
Uma represa que se rompeu.
Hoje vivo procurando
Algo que não encontro.
Mas está aqui na consciência.
Tudo me diz que mudei.
Não tenho mais barcos, nem represas.
Tenho sonhos e armas.
Procuro a realidade através dos sonhos.
E a consigo através das armas.
1986.