Armas
Se a armas que estão ao seu alcance são santas ou profanas, dane-se, arme-se e tente ao máximo não perder as batalhas.
Travar uma guerra com o tempo
é dar armas ao inimigo
Por isso mantenha-se calmo em silêncio
Porque tudo encontrará
seu devido lugar.
Armas, bombas, chocolates que não derretem, computador, margarina... O ser humano sempre foi criativo em questão de guerra.
O maior adversário do homem é o seu "eu". Lutas diárias e sem armas, mas recheadas com requintes de crueldades.
Falar das suas fraquezas para as pessoas é dar armas para elas usarem contra você no momento oportuno.
Desabafar é bom, pena que o espelho só reflete a alma, não corrige fraquezas.
Eu ainda creio que haverá um tempo onde não mais se discutirá sobre armas, porque tanto discussões quanto armas serão totalmente desnecessárias.
Dizem que as piores armas são as bombas nucleares, isso porque não sabem o poder que tem um sentimento não demonstrado e uma verdade não dita.
Entre o ruído das armas e as falas de um ditador, as leis do homem não se conseguem escutar. Nós, a isto, podemos chamar de Tirania.
Mas, quando entre o ruído das leis do homem, nem o próprio é reconhecido, nós, a isto, apelidamos de Democracia.
No primeiro caso, desejamos a Democracia.
No segundo caso, desejamos a Tirania.
© 10 de março de 1984 | Luís Filipe Ribães Monteiro
A verdade é que a imaginação e o querer são as maiores armas que o ser humano possui para atingir qualquer alvo. Isso sim que é preparo e praticidade.
L A B O R E S
Cai a noite.
O dia entrega as armas.
Mais uma batalha vencida.
Volto pra casa-refúgio da guerreira,
onde sorvo, na solidão,
eterna companheira,
o néctar das flores
plantadas ao longo do caminho.
Flores que enganam espinhos,
oferecendo, mudas,
o perfume e o humano carinho
que o tempo abduziu.
Ligo o rádio.
Ouço a canção de quem partiu,
falando de lutas inglórias,
de ilusórias vitórias,
num contexto artificial.
Amanhã será mais um dia...
Um dia a menos na insana caminhada...
Um dia a mais em direção
ao fim da jornada...
E o Sol por testemunha
de mais uma empreitada...
Outro dia trazendo em seu bojo,
como um Cavalo de Tróia,
milhões de guerreiros que,
como eu, talvez sobrevivam, por eras,
ao tempo perdido em dolorosas quimeras.
Quando a guerra terminou, quando as armas se abaixaram, quando apenas um império ficou de pé...ela estava lá, erguida sobre o centro do mundo, bandeira Norte Americana.