Aristocracia
A gata mulata,
Aristocrata vira-lata,
Entoa estranha sonata.
Sedutora autodidata,
Manhosa acrobata,
No teto, fazendo bravata,
A veterana literata,
Sorrateira, maltrata
O coração que arrebata.
(Urbanhoof for a urbancat)
Donas da verdade, céticas ou semideus.
Genocracia aristocrática, regras que
Ninguém obedeceu.
Fascistas impetuosas; impetuosidade
Do prazer.
Tirania que ninguém engole, impondo-lhe
O poder.
Donas da verdade, onipotentes naturais.
Da estética escondem a máscara, num
Jogo de seduções guturais.
Do amor a servidão. Amante se torna
Escravo, de joelhos ao perdão; onde
O certo se torna errado, direitos é
Algo em vão.
Corruptas da vaidade, esnobando
A caridade alheia... Injustiça, que
Torna “justa”, na mesquinharia
Verdadeira. Que se danem os
Problemas do mundo, apenas a
Mudança de lua é que é perfeita!
Apenas as donas da verdade, são
Que choram, as imperatrizes do
Planeta.
(Donas da verdade, 05 de fevereiro de 2008)
A CORTE DO AMOR
No reino dos sentimentos aristocráticos,
os leais súditos do real, soberano amor,
fazem reverência à graça dos estáticos,
apaixonados pela áurea estirpe e valor.
Sedutores e incitados apostam no jogo
das paixões e querem somente ganhar;
na arena do destino brincar com o fogo
é arriscar e para vencer é preciso jogar.
A inveja é capciosa e a cobiça cortesã,
o orgulho é forte, mas o ciúmes vassalo
do reino, aposta ser o audaz vencedor.
O ódio, por ter sido um mau perdedor,
prefere ser o bobo da corte e de malsã
consciência, difama seu próprio cavalo.
Do seu livro: "Poemética Ambulante"
Vivemos numa aristocracia maquiada e somos compelidos a acreditar no que os “nossos nobres líderes e soberanos” impõem em nossas mentes.
O que observo é que muitos valores estão manchados pela grande persuasão que essa Minoria possui sobre a Grande Sociedade Falida. Falida mesmo! Porque onde está a sociedade justa e integrada tão proclamada e prometida onde é oferecida vida digna e plena, se o que vejo é a maioria dos humanos como filhos desamparados na miséria? E quando falo em miséria é em sentido amplo, abrangendo o sentindo literal: fome, pobreza, doença e outros; entretanto dando ênfase na acepção da miséria concepcional do pensamento humano. Afastando-nos de conquistar a felicidade nas coisas mais simples e natural em troca de preenchimento por desejos frívolos. Com isso esquecemos a efemeridade da vida e buscamos prazeres inacabáveis com ansiedade em um futuro utópico.
Não sou aristocrático
Não sou fidalgo de muitas posses
Também não sou Charles Bukowski
Sou relativamente educado
Um cérebro singular dentro desse país,
Dentro desse Brasil Machadiano
Graciliano – e cruel
Li alguns poetas latinos
Conheço um pouco de Shakespeare
Entendo de literatura russa
Tranquei a faculdade
Mesmo sendo um dos melhores da classe
Devotei-me as letras desde a adolescência
Estou sempre em movimento
Procurando metáforas, sons, ritmos,
Significados
Posso dizer com certeza
Que um dia serei reconhecido como poeta
(mesmo medíocre)
E essa terra, essa pátria, esse tempo,
Esse século disforme
Saberão que um sangue lírico
Correu pelas artérias de aço das entranhas estranhas da loucura e jorrou poesia nos muros alheios.
Suspeito que nosso aristocrático Facebook brasileiro supra todos os anseios telespectadores do BBB da globo...
"Como a Aristocracia Romana não se deu conta da necessidade de moderação, logo a corrupção e os desmandos e a anarquia tiveram lugar na República. A nobreza militar ignorava o povo, privando-o de qualquer participação no governo. Para evitar questionamentos ou resistências, distribuíam gratuitamente trigo e divertimentos do circo. O povo degenerou num populacho ocioso, pobre e corrupto. O Senado foi se enfraquecendo no Império. O Governo Despótico que fora se instalando era voraz, sempre faminto de recursos. A corrupção, o despotismo, a falta de moderação, a ociosidade do povo, a infiltração de estrangeiros para administrar as contas do Império e a infiltração de mercenários no Exército foram corroendo o Império. Tudo isto causou uma insegurança interna e externa. A insegurança interna foi causada pela violência militar para conter o povo e pela insegurança jurisdicional, mercê da intimidação ou corrupção dos Juízes, e mercê das intrigas e maquinações que empestavam a própria sociedade. Esta situação era tão forte que Constantino, mesmo quando imperador só do Ocidente, nunca jamais morou em Roma. Deve-se atentar que este Império não deve ser confundido com um regime monárquico.
A insegurança externa ocorreu porque os romanos não foram hábeis em conter seus vizinhos do planalto asiático. Júlio César morreu precisamente quando preparava uma expedição contra um daqueles povos, os Partas. Contra estes, foram empregados em vão todos os recursos políticos, diplomáticos e militares que os imperadores dispunham"
Da Grandeza dos Romanos e de sua Decadência - Montesquieu
Homem pobre de bigode é tratado por bigodes, de barbicha, nobre aristocrata, não aceita que o incomodes.
eu prefiro ser punido severamente, do que submeter me aristocracia, eu falo o que penso, não preciso agradar partido de esquerda nem de direita
Como morador de uma favela, não gosto nenhum pouco de ver os aristocratas falando mal delas, sem conhecimento de causa.
A Revolução Francesa derrubou a aristocracia hereditária para estabelecer a aristocracia financeira.
Não há forma de governo racional e seguro, exceto uma aristocracia. Uma monarquia ou uma república baseada na democracia são igualmente absurdas e fracas.
Quando a Plebe comemora e legítima o chicote do autoritarismo estralando na Aristocracia, assim o faz por extrema e ingênua ignorância. Pois se lá no cume, é chicotada, pode ter certeza que a analogia aqui na base(proletariado) vai ser “paulada”.
Flor Aristocrata
Com Magnólias a florir,
o jardim de Primavera
se vai vestir !
-- josecerejeirafontes