Ares
A saudade está naqueles pequenos ares que eu respirava há tempos atrás, ler um livro, requentar comidas, fumar dentro de um quadrado fechado sem janelas, acender incensos, lembrar que a poeira ainda existia, olhar para os lados e ver a vida em apenas uma forma geométrica, respirar ao som de Damien Rice e por fim virar amiga da minha querida solidão.
Um ar de perfeição cuja a aurora...
desdenha um profundo sentimento,
nos ares do deserto a solidão domina
com fronteira do coração perdido de paixão.
Entre saltos, belas pernas e lindíssimas latas de cerveja, um balão, que voa ao tocar dos ares-condicionados, passares de mulheres e valores baixos. Conversas paralelas surgiam. "De onde você é?" - "Eu sou do mundo, ele me trouxe até aqui, não sei onde me levará."
Dá vontade sumir..
Botar o pé na estrada..
Fugir..
Dá vontade de novos ares..
Novas amizades... novos lugares..
Sei lá, uma hora ainda crio coragem..
E vou... ahhhh se vou...
São olhares presos a detalhes, tão peculiares
trazem novos ares
diretrizes e matrizes
são como raízes que edificam pedaços de mim
caminhando por aqui
sem saber pra onde ir, mas eu vou o ou, eu vou
"É isso, saia da rotina, saia com as amigas
Mude de ares, sinta a brisa.
Ai agente vê que o mundo é maior do que imaginamos"
"" Ares noturnos
Evaporem da alma
Alegria, todo dia
Sem fantasia
Ser feliz
Fases de outono
No trono do rei
Cansei
Não vou esperar
A hora é de seguir em frente
Pra sempre
Me acompanhar
Era tudo ou nada...""
Azevinho!
Monumento construído,
Com ares de derrota,
Coração partido,
Saudade que brota,
Guardando o que não tem mais vida,
Sepultando a chance,
De reparar sua jornada sofrida,
Depositório de fé,
Atolado até o pé,
Enterrado,
Conformado,
Sem forças para lutar,
E para completar,
Deu o nome de jazigo,
Mas ouça o que eu te digo,
Se desistir for o caminho,
Convido-te a ficar embaixo de um azevinho,
Se dê uma chance,
Dê o seu lance,
Se desarme,
Se encha de charme,
E acredite em dias melhores.
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Quebrada a hora no momento da ternura,
Elevaste-te no meu ser sem ares de amargura,
Como uma semente presa num sonho perdido,
Em desencantos constantes, num mundo esquecido...
Em silêncios profundos, o inalcançável abriu,
No Inferno, em chamas, tudo cor ruiu,
Ouvindo num alto tormento,
Todo o teu ser, em mim, partiu...
Mas não mais fluíste a chave do acordar,
Não quebraste o portão da loucura,
Deixaste-te apenas voar
Neste meu tumulo sem formosura….
Tu... porém, eu sou o pecado...
Tu... porém, eu sou o recordado...
Dona de um mundo que nem eu conheço
Entrego-me ao incerto onde desapareço...
Desapareço… rejuvenesço…
Num incomensurável lacrimejar
Sem nada se não tu para respirar
Pois que és a luz da minha vida, o fogo do meu gelar,
O meu pecado, a minha alma…
Nada mais eu peço, se não o acordar,
Pelo que o passado é futuro triste de lembrar
Uma fragrância eterna de uma flor,
Num templo puro, escuro, recheado de amor…
Assim, num olhar tão medonho,
O inferno deixou de arder,
No paraíso tudo disse para esquecer
E no silêncio de um mudo
Meus gritos no nada foram o desvanecer...
Enquanto houver um só gemido de dor:
ecoando pelos ares,
das entranhas dos lares,
da vida em desamor.
A paz será uma quimera inatingível;
um cometa vagante;
uma estrela distante,
no universo intangível.
Se o amor fosse o combustível do mundo... ao invés enxergamos poluição nos ares, ouviríamos apenas o canto das bocas que nos dão forças para caminhar.
Abra os olhos e veja, o verme que antes rastejava em tua direção agora voa por novos ares,e com asas de borboleta!
Que os ventos levem para longe pessoas e coisas que me fazem mal. E tragam novos ares, novas emoções. Que os ventos espalhem por ai minha felicidade e me tragam na mesma proporção as alegrias. Que os ventos contem para o universo toda a energia boa que eu propago para que assim, eu possa ter paz e receber de volta tudo de bom que eu emanei. Que assim seja que assim se faça!
Mari antes Ana
Era tempo de novos ares, a escola toda formava um imenso enchame de alunos abelhudos sedentos por curiosidade e imersos numa onda modista daquelas benditas canetas coloridas, com que a maioria das meninas carregavam milhares delas nos seus estojos esdruxulos de cores proeminentes das mais sutis e delicadas. Encontrava-se no final da fila mas não era a última, uma muleca sorridente e abusada com a cabeleira cheia de luzes mal feitas, tênis all star e unhas roídas. É verdade que tinha em si uma certa inteligência conhecia o Egito melhor que Tutacamon mas era um relaxo de menina em suma quando o assunto era o esporte. Mas em meio a tudo isso e por trás daquele corpo todo desajeitado havia um coração ingênuo e puro.
Nega-te
M. Lopes
Não, não te fies em amores,
Eles são pássaros soltos e ares tormentosos!
Não te fies em amores,
Eles te ladeiam, depois te absorvem,
Consomem teus lírios
Podem até secar teus pântanos...
Levar-te a mundos insólitos.
Não, não te infles de amores
Os que se fazem pagãos,
Esses amores são desmedidos,
Canonizam a dor,
Sem sublimar a emoção.
Abatem-te, caçoam-te,
mergulham-te no mar
Da desilusão.
A esses, não te fies!
São de pouco siso,
Não os diga sim!
Pois os que os alcançam,
Perdem-se no lodo
Que se fez carmim.
Se te secam os pântanos, se são desmedidos,
Conduzem-te-ão,
Aos planos perdidos,
à dor não mensuram
Armam-te grilhões,
Larga-lhes para sempre
E diz-lhes somente ...
(...)
Não... Nada os diga!
Aquieta-te! Não os persiga!
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