Areia
Tempo que foge entre os dedos,
Escorre como areia fina,
Inexorável em seu caminhar,
Acelerando a cada esquina.
O tempo é senhor implacável,
Não espera e não se importa,
Passa sem pestanejar,
Deixa saudades, alegrias e mágoas.
Na juventude, ele é lento,
Como um rio que serpenteia,
Os dias se arrastam preguiçosos,
Enquanto sonhamos com a lua cheia.
Mas logo vem a maturidade,
E o tempo se torna um vendaval,
Corre célere, sem piedade,
Levando consigo a nossa vital.
O tempo também é um sábio,
Ensina com suas estações,
Que tudo é impermanente,
Que não há refúgio nem prisões.
Em cada ruga e cabelo branco,
O tempo deixa sua marca,
Somos lembrança eterna,
No coração de quem nos ama.
Então aproveitemos a jornada,
Colhendo flores pelo caminho,
Cultivando sorrisos e abraços,
Para que o tempo seja nosso aliado.
Pois é no eterno presente,
Que encontraremos a verdade,
O tempo é precioso e efêmero,
Cabe a nós viver com intensidade.
"Dentro do finito, a alma dança na melodia da infinitude, um grão de areia guarda o cosmos inteiro, o orvalho da manhã reflete o céu estrelado, encontro a eternidade nas delicadas pétalas da flor de cerejeira, onde cada momento é um universo em si."
"Dentro do finito, a alma dança na melodia da infinitude,
Um grão de areia guarda o cosmos inteiro, com quietude.
O orvalho da manhã reflete o céu estrelado, com gratidão,
Encontro a eternidade nas delicadas pétalas da flor em profusão.
Onde cada momento é um universo em si, uma canção,
Na dança sutil do tempo, na vida em expansão.
No olhar da criança, na brisa suave da manhã,
Na risada sincera, na esperança que não se esvaia jamais.
Dentro do finito, a alma busca sua verdade,
E encontra na simplicidade a sua imortalidade.
Pois mesmo na efemeridade de cada dia que se vai,
A eternidade se revela, e a vida continua a brilhar com sua energia.
Assim, na finitude e na infinitude, dançamos com paixão,
Um pequeno grão de areia, parte desse vasto clarão.
No orvalho da manhã, no céu estrelado, na flor de cerejeira,
Cada momento é um universo, uma pérola rara, uma verdadeira joia inteira."
Final de semana em Copacabana, procuro Você,
Pra ver as ondas quebrando na areia ,e logo é segunda, a tarde eu volto, e a gente a vontade tomando cerveja gelada, na beira da praia, que Clama Ipanema, o tempo tão rápido, eu olho na esquina, e vejo a menina, que mexe a cintura a me provocar na cena mais linda, se foi a menina.
O tempo está bom, pego o carro , rolê no Leblon, na próxima esquina da Joana Angélica, está menina, tomando cerveja, na beira da Praia, a inda é Bacana e veio de onde?.. claro de Copacabana e me deixa Feliz...
TRISTEZA
Minh’alma é como o deserto
De dúbia areia coberto,
Batido pelo tufão;
É como a rocha isolada,
Pelas espumas banhada,
Dos mares na solidão.
Nem uma luz de esperança,
Nem um sopro de bonança
Na fronte sinto passar!
Os invernos me despiram
E as ilusões que fugiram
Nunca mais hão de voltar!
Roem-me atrozes idéias,
A febre me queima as veias;
A vertigem me tortura!…
Oh! por Deus! quero dormir,
Deixem-me os braços abrir
Ao sono da sepultura!
Despem-se as matas frondosas,
Caem as flores mimosas
Da morte na palidez,
Tudo, tudo vai passando…
Mas eu pergunto chorando:
Quando virá minha vez?
Vem, oh virgem descorada,
Com a fronte pálida ornada
De cipreste funerário,
Vem! oh! quero nos meus braços
Cerrar-te em meigos abraços
Sobre o leito mortuário!
Vem, oh morte! a turba imunda
Em sua miséria profunda
Te odeia, te calunia…
– Pobre noiva tão formosa
Que nos espera amorosa
No termo da romaria.
Quero morrer, que este mundo
Com seu sarcasmo profundo
Manchou-me de lodo e fel,
Porque meu seio gastou-se,
Meu talento evaporou-se
Dos martírios ao tropel!
Quero morrer: não é crime
O fardo que me comprime
Dos ombros lançar ao chão,
Do pó desprender-me rindo
E as asas brancas abrindo
Lançar-me pela amplidão!
Oh! quantas louras crianças
Coroadas de esperanças
Descem da campa à friez!…
Os vivos vão repousando;
Mas eu pergunto chorando:
– Quando virá minha vez?
Minh’alma é triste, pendida,
Como a palmeira batida
Pela fúria do tufão.
É como a praia que alveja,
Como a planta que viceja
Nos muros de uma prisão!
S. Paulo – 1861.
Ecos da Criação
Sob o luar do Egito, onde a areia resplandece,
Erigem-se pirâmides, onde o mistério acontece.
De pedras perfeitamente alinhadas, tamanha destreza,
Esconde-se um segredo, naquela fortaleza.
Dentro daqueles vértices, um brilho sem igual,
Onde o divino e o eterno se unem no ritual.
Deus, com sua mão firme, traçou em cada pedra,
Um laboratório secreto, onde a criação se medra.
Em recintos ocultos, longe do olhar humano,
Fluía a energia cósmica, em cada plano.
Túneis de luz e sombra, em complexa dança,
Geravam vida, alma, esperança.
Da precisão das formas à frenética criação,
O equilíbrio da técnica, pulsação após pulsação.
Homem moldado, na alquimia divinal,
Surgia das profundezas, em cenário magistral.
No centro daquela esfinge, de olhos fechados,
O segredo da vida, em versos rimados.
As máquinas de Deus, em ritmo incessante,
Davam vida ao barro, num instante vibrante.
Assim nasce o homem, entre luz e a escuridão,
Produto do divino, em perfeita precisão.
E ao contemplar as estrelas, sob o céu tão vasto,
Sente o eco das pirâmides, o sussurro do rasto.
Era tão lindo
Te beijar ao pôr-do-sol
Descalços na areia na beira do mar
As ondas quebrando
E o vento a soprar
Sentado na areia da praia, admirando o horizonte pintado pelo pôr-do-sol, ouço uma música hipnotizante numa forte emoção crescente, afinada intensamente com o amor tal como o canto atraente de uma linda sereia e a agitação presente nas ondas do mar, um resplendor que incendeia o espírito com o calor ardente de um legítimo amar.
Cenário incrível, inevitavelmente, renovador, pedaço de paraíso fascinante com uma beleza grandiosa por toda parte, muito tranquilo, causando uma emoção diferente a cada instante, permitindo belos sorrisos de felicidade, olhares radiantes e suspiros de liberdade num ritmo cativante que propaga a vitalidade com ímpeto incessante.
Lugar muito apaixonante de fato, mágico com a sua capacidade de transformar por intermédio da riqueza da sua simplicidade que é notável e bastante singular, do que se vê e daquilo que se ouve, portanto, não tem como não perceber que é resultado do poder divino em uma satisfação que envolve e deixa o ânimo profusamente vivo.
Tsunami
Eu era a areia na praia
Você foi a ressaca do mar.
Me inundou, me transformou
Me levou para outros lugares.
E depois se foi.
Na imensidão desse mar ouço da areia as ondas a suas melodias cantar. Sinto a brisa fria , o vento soprar que o outono ao ir e o inverno a chegar.
“…Somos como grãos de areia ou poeira cósmica em meio a toda essa vastidão, não somos nada.
Mas ao mesmo tempo fazemos parte desse Todo e se faltasse apenas um de nós ele jamais estaria completo.
Então somos peças fundamentais nesse grande quebra-cabeça da existência, somos tudo.
E nesse paradoxo, seguimos nosso caminho com a incumbência de encontrar o ponto de equilíbrio da eterna dualidade entre sermos tudo e nada ao mesmo tempo."
- Flávia Filgueiras
Contemplação privilegiada de uma arte majestosa que está exposta na areia da praia defronte a belas águas cristalinas, as ondas do mar com as curvas provocantes do teu corpo, duas formas distintas de vividade, porém, ambas com ondulações graciosas e muita expressividade.
Escultura instigante, criada a partir de uma sapiência divina, considerando os teus detalhes profusamente precisos que dispõem de uma graciosidade abundante e muito calorosa que denota o amor flamejante do teu espírito, decerto, uma inspiração exultante personificada com afinco.
Contemplar-te evidentemente é o mínimo que pode ser feito e palavras não são suficientes para demonstrar-te um zelo forte e verdadeiro, mas por enquanto, o que eu posso é oferecer-te estes versos simples e sinceros que enaltecem a tua existência neste marcante e valoroso momento.
Sentada na areia
Aguardando o meu
Pensamento voltar.
Distante ele vagueia
Sobrevoando em alto mar
Meu corpo livre
Entregue ao sol
Que me aquece e bronzeia.
A brisa leve, me arrepia
Enquanto me tateia.
Os meus cabelos soltos,
Como os pensamentos,
Se despenteiam...
Liberdade de pensar e sentir
Que me norteiam
E eu permito por amar essa sensação.
Distante
A gaivota pisoteia a areia
(Olhos flébeis)
Triste,
como os dias cinzentos,
na beira de um mar
que, distante,
ondeia sem rumo.
Há uma âncora enferrujando
os tempos
e o horizonte vai escurecendo.
O crepúsculo náutico
é tedioso.
A gaivota sumiu
-Mas há o barulho das ondas -
O mar parece adormecer.
Eu canto, solitário,
sem cantos de sereias,
enquanto meus olhos,
úmidos,
esperam o amanhã.
Moacir Luís Araldi
(Do livro Abstratos poéticos)
Oh, amor que escapou pelos dedos,
Como areia fina que se esvai,
Te busquei e não te encontrei,
Agora desejo sentir-te em mim,
Mesmo que seja tarde.
Hoje...despertei minha alma caminhando pela praia, a areia branquinha massageava meus pés entre meus dedos, e cada vez mais me incentivava a caminhar e caminhar...
Meu corpo todo se sentia livre, o céu estava azul vestindo o mar, o sol brilhava acariciando minha pele sem me incomodar , as ondas do mar arrebentavam ao longe que de mansinho molhavam meus pés em suas espumas.
É tanta beleza, se soltar e deixar nossa alma, conduzirnosso corpo ao divino, à natureza.
Wall de Souza
Eu te amo, apesar do tempo,
Que escorre como areia entre os dedos.
Pois o amor não conhece limites,
E transcende os obstáculos mais tredos.
No compasso das horas que passam,
Nosso sentimento se fortalece.
As rugas que marcam nossos rostos,
São marcas de uma história que enriquece.
O tempo pode nos mudar por fora,
Mas o amor verdadeiro permanece.
Ele se enraíza na alma, eterno,
Nas memórias que o coração aquece.
As estações podem vir e partir,
E o inverno trazer um frio intenso.
Mas em teus braços, encontro o abrigo,
E nosso amor se mantém imenso.
Nas rugas que o tempo desenha,
Vejo as linhas de uma vida compartilhada.
As alegrias, os desafios enfrentados,
Juntos, construímos uma jornada.
Eu te amo, apesar do tempo,
Pois ele não é capaz de apagar
A chama que arde em nosso peito,
Um amor que jamais deixará de brilhar.
Somos tão insignificantes quanto um grão de areia ao infinito, ou seja, sabemos que existimos, dessa forma, somos maiores que o infinito.”