Areia
quem não tiver debaixo dos pés da alma, a areia de sua terra, não resiste aos atritos da sua viagem na vida, acaba incolor, inodoro e insípido, parecido com todos.
Toda gente que é submetida aos exames,é como se ceifamos a areia, so passa à areia fina isso quer dizer passa aquele que estiver capacitado pra passar
O mal é como areia movediça, te consome cada instante, cada momento ,que quando você percebe, te devorou por inteiro.
Vivi e vivo para sonhar,
vivi e vivo para amar
sonhei que escrevia na areia
um poema nas ondas deste mar
memórias perdidas, deitadas ao vento
Poesia atirada para as trevas da noite
vozes que serão silenciadas nos olhos
do desejo, da fome, de um beijo, um abraço
revelam-se na tempestade aos ventos na emoção
Palavras arrumadas feitas em poesia da razão
luz resplandecente para quem sente e vê
com alma e coração, as lágrimas escritas no papel..!!!
Quando você partiu, o meu coração também. Como grãos de areia ele se despedaçou, ao ver ir embora quem um dia tanto o fez sorrir. E a cada passo, uma lembrança. Como um auto-falante, as promessas de amor se repetiam na minha cabeça e eu chorei ao cair na descoberta da desilusão. É, eu me iludi. Chamei de eterno o finito, me enganei com a luz do teu sorriso e pensei ser teu quando vi me chamar de MEU AMOR. E agora eu luto, a cada dia tento desvendar o significado de cada riso que me deu, meus olhos só viam amor. A cada dia tento vencer a decepção; dói na alma. Enquanto eu te espero voltar, relembro tudo o que vivemos um dia, mas dessa vez como um filme trágico, onde a cada cena vejo minhas esperanças sendo lançadas ao mar. As ondas levam e não as vejo voltar.
Em uma casa notamos madeira, tijolos, ferros e areia, em um lar percebemos a união, o carinho, o amor e a harmonia. Construa casas para se proteger, mas também construa lares para se relacionar.
Imagine um grão de areia. Neste grão de areia tem mais partículas (protons, neutrons, neutrinos, etc) do que a quantidade de grãos de areia à até 3 metros de profundidade, de todo o deserto do Saara.
A daí?
Viu?
Você é idiota.
TRATADO SOBRE UM POEMA
quis um poema sem razão nem fim
um canto surdo de areia e noites
bem mais veloz que a ilusão do tempo
que fosse a vida muito além da morte
quis um poema que tivesse o fim
de ser apenas um rascunho torto
entre as lembranças de qualquer rascunho
entre os rascunhos de alguém já morto
quis um poema de tempo e de tempos
regado a vinho – se possível tinto –
do instante imune, que não foi instante
do tempo impuro, do mais puro cisco
quis um poema que fosse um poema
de pele clara, de cabelo ruivo
que fosse a pedra fecundando o húmus
e a luz gestante fecundando a luz
quis um poema... se quis um poema
foi assim quase... meio, fim e meio
sangrei a noite, mas fisguei o verbo
quis um poema lacerado ao meio
Quem sou eu?
Fui luz
fui sombra
fui átomo
fui pedra e areia
fui prata e ouro
fui diamante
fui água e fogo
fui vento
fui inseto
fui animal
fui gente, carne, alma, espírito
sou energia, sou livre
sou parte do todo.
Distorção
Quanto mais se move, mais se afunda.
Quando se entra nela é como se caísse numa areia movediça, muito pouco se pode fazer a não ser esperar alguém jogar a corda e te puxar.
Quem vem te salvar?
Espere e deixe o desespero tomar conta, o medo, ódio, impotência, descrença, desapego, solidão.
Todos os demônios virão te atormentar, pensamentos difusos, sensação de loucura, quando estiver quase morta a corda aparece , pegue e segure com firmeza, agradeça e olhe por onde pisa para da próxima vez não entrar.
Não deixe o leme da sua vida em mãos alheias.
Entre milhares de grãos de areia em Tua mão, eu creio que o Senhor percebe a minha falta, quando eu escorrego e sou levada pelas enxurradas da vida; eu persisto em crer, que prontamente e diligentemente, Tu vais a minha procura, pra me resgatar da minha inabilidade de viver sabiamente à sombra do Teu regaço.
Eu estou atravessando a praia da solidão, nesse instante piso na areia, gelada como uma alma morta. Agora é noite, e está escuro por todos os lados da cidade, nem mesmo postes e luzes de carros agora brilham. Continuo andando pela areia gelada e agora começa a soprar em meus cabelos uma leve brisa. Em meus ouvidos sopram vozes que me dizem coisas horríveis. Em meu pensamento revejo estas pessoas me dizendo estas coisas. Revejo as pessoas que eu mais amei me dizendo estas coisas ruins. É, pessoas que eu amei, porque hoje eu não amo mais ninguém, não sinto mais ódio, nem amor. Não sinto mais a paz, nem mesmo a dor. Estou imune a qualquer sentimento. Pensando nisso, talvez até fosse bom sentir pelo menos a dor, pois assim eu saberia que ainda estou viva.
Eu atravesso um deserto
Vou andando pela areia quente
Ás vezes me perco
Então volto ao mesmo lugar
Mas de repente
Encontro um oásis.
Paraíso de sal
sento-me na areia
noites transparentes, lua cheia
tardes luminosas, por do sol
Beijo quente, mel amargo
anjos na praia, malandrecos irrequietos
desfaço as tranças do cabelo
algas medusa, sereia de cor
gruta perdida, nas ondas do mar.!
Perdi a minha validade... Esperando o amor passar
Fui areia por entre os dedos esvai-me por ninguém me amar
Tenho esperança de algum dia por mim alguém gostar;
Me desfaço com o tempo com o vento a me levar;
A maresia
Ela me fazia enjoar
Mas eu gostava de vê-la ondular
Na areia eu andava e via a onda quebrar
Sou o grão de areia que não incomodou a ostra: por este motivo a ostra não gerou uma pérola. (Donizete de Castilho, 18.10.2013)
"se eu podesse escrever na agua como escrevo na areia, escreveria o seu nome no sangue da minha veia"