Areia
CASTELO DE AREIA
Ternura verdadeira,
Estreante e derradeira
Constrói-se
Unindo momentos feitos grão,
E pensamentos feito canção.
Amizade...
Feito castelo de areia,
Amor projetado em ascensão.
Às vezes vem a onda
E esparrama,
Espalha e entorna sonhos.
E eis que grãos vão simbora,
Parecem se dissipar
Desfazendo nossa alegria...
E agora?
Mas, sendo sólido
Não se desfaz por completo.
E de volta se restaura...
Como um abrigo,
Para morarmos
Sempre amigo,
Para amparar-nos.
Que recompensa...
Esse nosso castelo
Feito de grãos de poema
De palavras e temas
Que nos une em frases
Faz que minha Lua de fases
Faz-se inteira (ou quase)
Mas, sobretudo...
Intensa!
(Aurora)
Hoje eu nao sei nao
to no abixo da solidao
sentada na areia
como uma sereia
pensando em voce
que talves um dia te ter
to perdendo a razao
ja nao cabe toda essa paixão
Ainda acredito em principes encantados
com um amoor inacabavel
quando o mar beija, a areia vem voce saciar o meu desejo,
nao seria de mar de rosas do meu beija-flor,
pois nao tenho dono,
sou terra devastada,
nao sou mata virgem,
sou o pao que te sacia,
a agua que te mantem,
sou sua vida,
enloqueço sua alma,
mas de ti sou,
refem
existem em nossas vidas
um mar de ilusões
no entanto encontrei um grao de areia
que me completa-se..
fazendo com que me entrega-se a ele como a lua que se entrega ao mar desdlumbrante.........
sou um presidiario comprindo centença...
sou um velho diário perdido na areia...
sou pista vazia esperando aviões...
sou o tedio de um além...
sou o amor de um alguém...
sou um ser perfeito...
sou todas as paixões...
AS PAIXÕES SÃO COMO AREIA DO MAR ; QUE A ONDA VEM E CAREGA.
MAIS O AMOR E COMO A PRAIA O MAR GAREGA A AREIA MAIS A PRAIA CONTINUA ALI
Vamos loucamente nos amar
De mãos dadas pela praia correr
Na areia molhada como crianças rolar
Sentindo as ondas do mar nos beijar.
Vamos nos amar eternamente
Trocar em todos os momentos carinhos
Em beijos vamos nos perder irremediavelmente
Percorrendo juntos todos caminhos.
Vamos nos amar apaixonadamente
Sentir nossos corpos embriagados de amor
Em uma dança criada caprichosamente.
Este amor certamente
Com gestos e palavras sedutoras
Vai nos envolver eternamente
Fragatas ao vento...
e eu deitada aqui
na areia a olhar o céu...
nuvens cinzas
encobrindo o azul
Fragatas planando
voltando do mar,
escapando do prenúncio
de chuva,
sem bater de asas
planando...
as vezes em rodopiados
caracóis...
se certificando das correntezas,
constatando seu conhecimento
do ar, em mergulhos...
algumas a furtar peixes,
nas demarcações da rede de pesca
e outras a fisgar em ocasionais
mergulhos no mar...
Cada qual com sua característica,
de instinto... ou inteligência...
Embora as da rede pareçam espertas...
As selvagens em decorrência
natural dos instintos,
maiores e mais belas...
Grãos de Areia (Marita Ventura)
Coração apertado
Respiração presa. Tudo é melancolia. Tudo está desmoronado. Um castelo que se desfaz. Lentamente. Vagarosamente. Visivelmente. Cada grão de areia delicadamente ali depositado que se esvai, unindo-se e perdendo-se, entre as outras tantas centenas de milhões espalhados.
Este é o ciclo. Primeiro o sonho, onde tudo começa, o desejo, a construção imagética do castelo ansiado. Depois o encontro, a definição, a certeza das partes, do começo, já estabelecido, do meio, que está por vir, e por vezes, do fim tão difícil.
Então a construção de fato, que dá forma, o “mãos à obra”, o carinho, o cuidado, a surpresa, a admiração, a confiança, o desafio, a excitação e a busca.
Depois o inusitado, um monte que se desmancha, não por completo, apenas um pedaço que se perde, mas que traz a dor, a decepção, o medo. Traz também a “volta por cima”, o esforço, a perseverança, uma nova tentativa. E o monte se refaz. Ou melhor, é refeito, reformado, consertado. Um pouco mais frágil, essa pequena parte fica necessitando de mais atenção, de maiores cuidados, está vulnerável a uma nova queda.
E o castelo não pára, é sempre lapidado cada vez mais. Pequenas falhas que vão sendo corrigidas. Outras que são aceitas. Nunca está pronto. E as correções são cada vez mais numerosas. Quase sempre recorrentes.
Até que outra parte se desintegra. Desmorona. A muralha tão imprescindível, tão necessária, protetora da fortaleza, ela, a última que poderia um dia desfalecer, se rompe, se entrega. É inevitável. A sensação é triste, penosa, dolorida. A perda do construído que leva junto o amor, o respeito e a esperança.
E os montes de grãos que a formavam voltam a ser nada, a nada representar, a nada significar, a nada dizer, porque já não é mais. Volta a não ser. Sua imagem está desacreditada, deformada. Já fora por muitas vezes reorganizado, rediscutido, reconstruído. Mas seus alicerces continuavam frouxos, não se sustentava.
Agora nada mais serve. Deixou o castelo sem forças, condenado a desilusão, a descrença, a frieza. O fim tão repudiado, repelido, ele, que era tão difícil de ser aceito, mas que já vinha dando sinais de sua presença, certamente chegou mais cedo do que um dia, se é que pensamos nele, pudéssemos imaginar.
O sonho tão belo, eterno e terno fora, mais uma vez, ao chão.
As pegadas na areia molhada
e o reflexo dourado do sol...
duma longa caminhada
ao destino... a vida...
As marcas ao horizonte
foram tantas...
lavadas pelas águas... se apagaram...
e não houve a troca de olhares...
Só restou saudades... desencontros...
do que não aconteceu... mas sonhou...
A praia é longa... o litoral imenso...
é o mar calmo... e não apagará mais as suas marcas...
que se estenderão ao longo
em encontro com as minhas pegadas...
"posso escrever na areia, desenhar nas nuvens, esculpir nas pedras..mas nda poderá mostrar a forma com a qual vejo e vivo a vida"
(Eduardo Schulz Neto 22-02-07)
“Amanhã não é seu dia”
Aproveite cada passo deixado na areia e que a onda do mar teima em apagar.
Alimente teu sonho com a realização, esqueça o orgulho desprendido de emoções; os ventos já não são mais tormentas.
Somos apenas mais um grito ecoando no vazio e o passar dos dias não será suficiente para nos engrandecer.
Tentamos de maneira contumaz deixar nossos sonhos para amanhã, varrer a poeira que sempre aparece para debaixo do tapete; problemas para um dia a mais.
Talvez não tenhamos o charme, deixaremos de ser elegantes e curtiremos a sombra a nossa volta dançante, o diário deslumbrante, um tempo que foi embora e deixou a história distante.
PEGADAS SOLITÁRIAS NA AREIA
DEIXO APENAS MEUS RASTROS...
RASTROS INVISÍVEIS
RASTROS QUE ALGUEM PROCUROU
MAS NÃO ACHOU...
MAS NAQUELE DIA QUENTE...
FOI NO DESERTO QUE VOCÊ ME ENCONTROU
Onde foram parar meus sonhos de criança
Onde estão os castelos de areia que construí
O meu príncipe, as bonecas que eram minhas filhas
E as casinhas que montei
Tudo era ao mesmo tempo tão fantasioso e tão real
E hoje a realidade não tem fantasia , só tem a memória dos meus tempos de criança
Porque não dá mais tempo pra brincar
A não ser batalhar para conseguir o que não é de areia, mas que o tempo e o vento podem levar
Ando sozinha
Precisando de um colo, de um ombro, de um par
Pois não encontro minha raiz
Para eu me agarrar
Deixe-me chorar até cansar
Quem sabe assim eu descubra que parte de mim fui eu que fiz
E quanto de mim é areia e foi construída pelo vento e pelas ondas...
Uma mudança muito boa ocorreu nas imediações do Córrego da Areia, Nova Descoberta.Algumas placas indicativas foram implantadas nas ruas princiapais adjacentes à rua citada acima, facilitando para quem chega e não conhece nada do lugar. Realmente foi uma mudança que está facilitando muito para quem trafega nas imediações.Apesar de ser um bairro fora do centro, o serviço público tem alcançado essas comunidades. Isso é muito bom. Desde que foi formado, esses bairros nunca tiveram algo parecido, sempre ficou essa lacuna. De acordo com alguns moradores,e comerciantes,essa atitude foi deveras importante para a comunidade. Muitas vezes as pessoas que passam de carro pela avenida principal, não sabem para onde se dirigir devido ao pouco conhecimento da área. "Essas placas vieram em boa hora", diz o comerciante Lucas Oliveira, dono de uma loja de móveis nas redondezas.
A REFORMA
Foi preciso ver desmoronado o castelo;
A areia cedeu ao primeiro sopro.
Foi preciso um novo dilúvio,
Para me dar conta que até a fauna sucumbiu;
Foi preciso despir-me por inteiro,
Para enxergar sujeira nas minhas vestes;
Foi preciso a reforma; foi precisa.
Precisa pela tempestividade;
Precisa em continuidade;
Precisa para a eternidade.