Aquela Menina Cresceu, Aprendeu a se Virar Sozinha
...Pequenina menina
como um broto de feijão...
Nasceu, cresceu ,olhos negros,pele macia,sorriso encantador!
Preenche noite e dia com muita alegria,atenção e muito amor...
Sou grata a deus.
por essa pequenina
toda bela e formosa es tu minha menina!
Meiga! Helena que não sai de cena,transformando o nosso humor.
A menina nascida na roça cresceu, vive e segue.. pra onde? Não sei... a única certeza, ser e dar o melhor de mim, sempre! Alguns acertos e erros, esses imperdoáveis (por mim). E nesse jardim chamado vida, sigo plantando para que cada um extraia de mim o que enxergar ou sentir. Meus filhos, o que recebi de mais precioso do CRIADOR. Por eles, meus esforços não conhecem limites. Respeito e amor por meu marido e familiares, meu coração transborda. Se ainda tenho sonhos, alguns... ambições não mais, porque, se hoje for dia de despedida, sigo em paz, sem olhar pra traz.
Menina FlorA
Flora cresceu quando se deparou
Quando enfrentou coisas da vida.
Percebeu que o seu puro coração
Em toda sua pureza nada entendia,
Sobre tudo o que ao redor acontecia.
Nesta quebra abrupta de paradigmas,
Ficou deprimida quanto em si percebeu
Que todos são assim em suas alianças,
Puros tão somente quando crianças.
Jorge Jacinto da Silva Jr.
A menina que fui cresceu.
Mas ainda sim está presente.
Ela sabe o tanto que doeu.
Amadurecer e se tornar consciente.
Passou por processos dolorosos.
Amou quem não merecia.
Quase não teve momentos ociosos.
E por temos não entendia o que sentia.
Mas essa menina cresceu.
Ela hoje saúda as lições que aprendeu.
Se ver cada dia mais forte.
E sabe sem dúvida qual é o seu norte.
Jamais ousou contar com a sorte.
As noites em claro fazem o seu sucesso.
Cair é exceção, levantar, a regra, sem retrocesso.
A menina, mulher, conheceu a morte.
Se perdeu dos seus, de si, do mundo.
Ressignificou relações, momentos, lembranças...
Caiu num abismo profundo,
Mas jamais perdeu as esperanças.
A MENINA E O MUNDO
Demétrio Sena, Magé - RJ.
A menina oprimida e tratada como santa cresceu. Quando a família perdeu o direito enviesado de separá-la das propaladas "imundícies do mundo", ela quis conferir. Ver se o mundo é tão imundo quanto aprendeu. Se todas as pessoas de fora da sua bolha são de fato perversas, mentirosas e podres.
Viu que o homem que fuma tem o pulmão comprometido, mas o coração, em sua natureza humana, é generoso. Conheceu finalmente a mulher de cabelos vermelhos e tatuagens no corpo, e constatou que a bondade não tem aparência. Que a decência não escolhe a cor dos cabelos nem da pele. Descobriu que a vaidade condenável não estampa ou cobre o corpo. Ela se oculta no coração e se manifesta em atos como preconceito, julgamento e certeza da perdição das almas de quem não comunga o mesmo credo; a mesma visão de mundo e vida; o mesmo caldeirão de filosofias distorcidas e dogmas calcificados. Ao mesmo tempo, descobriu a malícia e a hipocrisia; o rancor e a má fé impregnados em grande parte dos mais contritos, severos e santarrões da elite religiosa que a mantinha no cabresto... ou no redil.
Então a menina já não menina chorou. Estava no mundo e só foi preparada para estar no céu. Teve que travar a grande luta interna para vencer a si mesma e aprender a tratar o próximo como semelhante, apesar das diferenças. Viu, de uma vez por todas, que não estava cercada por demônios. Que as virtudes não são exclusivas da religião, nem os defeitos são inerentes aos não religiosos ou aos que professam outras crenças. Percebeu que o bem e o mal não escolhem grupos e ambientes; estão em toda parte, e seja onde for, somos nós que nos livramos das tentações, por força de caráter, natureza e criação.
Mas a maior tristeza da ex-menina foi constatar o rancor, a intolerância, o preconceito e o julgamento dos seus, desde o momento em que resolveu enxergar com os próprios olhos. Caminhar com os próprios pés. Pensar por conta própria. Correr seus riscos e descobrir que o mundo é bom. As pessoas do bem são muito mais numerosas que as do mal, e nenhuma delas tem uma inscrição na testa ou na palma da mão. Muito menos é conhecida em sua real profundidade, pelos discursos que faz ou o grupo a que pertence.
Mesmo assim, a já não menina e já não oprimida tem esperança de reconquistar a família e os antigos irmãos de fé, sem ter que voltar a ser como antes. Sua esperança na família, é a mesma que aprendeu a ter no mundo, após conhecê-lo pessoalmente, sem as influências do sensacionalismo denominacional.
A MENINA E O MUNDO
Demétrio Sena, Magé - RJ.
A menina oprimida e tratada como santa cresceu. Quando a família perdeu o direito enviesado de separá-la das propaladas "imundícies do mundo", ela quis conferir. Ver se o mundo é tão imundo quanto aprendeu. Se todas as pessoas de fora da sua bolha são de fato perversas, mentirosas e podres.
Viu que o homem que fuma tem o pulmão comprometido, mas o coração, em sua natureza humana, é generoso. Conheceu finalmente a mulher de cabelos vermelhos e tatuagens no corpo, e constatou que a bondade não tem aparência. Que a decência não escolhe a cor dos cabelos nem da pele. Descobriu que a vaidade condenável não estampa ou cobre o corpo. Ela se oculta no coração e se manifesta em atos como preconceito, julgamento e certeza da perdição das almas de quem não comunga o mesmo credo; a mesma visão de mundo e vida; o mesmo caldeirão de filosofias distorcidas e dogmas calcificados. Ao mesmo tempo, descobriu a malícia e a hipocrisia; o rancor e a má fé impregnados em grande parte dos mais contritos, severos e santarrões da elite religiosa que a mantinha no cabresto... ou no redil.
Então a menina já não menina chorou. Estava no mundo e só foi preparada para estar no céu. Teve que travar a grande luta interna para vencer a si mesma e aprender a tratar o próximo como semelhante, apesar das diferenças. Viu, de uma vez por todas, que não estava cercada por demônios. Que as virtudes não são exclusivas da religião, nem os defeitos são inerentes aos não religiosos ou aos que professam outras crenças. Percebeu que o bem e o mal não escolhem grupos e ambientes; estão em toda parte, e seja onde for, somos nós que nos livramos das tentações, por força de caráter, natureza e criação.
Mas a maior tristeza da ex-menina foi constatar o rancor, a intolerância, o preconceito e o julgamento dos seus, desde o momento em que resolveu enxergar com os próprios olhos. Caminhar com os próprios pés. Pensar por conta própria. Correr seus riscos e descobrir que o mundo é bom. As pessoas do bem são muito mais numerosas que as do mal, e nenhuma delas tem uma inscrição na testa ou na palma da mão. Muito menos é conhecida em sua real profundidade, pelos discursos que faz ou o grupo a que pertence.
Mesmo assim, a já não menina e já não oprimida tem esperança de reconquistar a família e os antigos irmãos de fé, sem ter que voltar a ser como antes. Sua esperança na família, é a mesma que aprendeu a ter no mundo, após conhecê-lo pessoalmente, sem as influências do sensacionalismo denominacional.