Aprendizado da Vida
Envelhecer não é morrer, e nem deixar de viver: é ter a oportunidade de aprender a viver melhor, e de novo.
Amor pressupõe reserva, promessa. Cada um já tem um lugar reservado dentro do coração do outro e ponto. Não há segredos, não há mistérios. Todas as perguntas já foram respondidas. Não há conquista, não há sedução, todos os sentimentos já foram declarados. Não há mais fantasia, nem ilusão, pelo contrário. Há uma boa dose de realidade, de rotinas, de obstáculos, de aprendizado, de paciência e de maturidade.
Chega determinada fase da vida que é preciso descobrir a necessidade de estar só para viver certas experiências.
Esse estar só é diferente de ser só. Contudo ele só é possível na solidão, onde se encontra na vivência do silêncio, surdo do mundo, a experiência de viver as demoras, de reencontrar a coragem mesmo que exista cansaço.
É um momento da vida, em que você olha para o céu azul e experimenta o sabor dos sonhos, como se fossem nuvens de algodão doce a enfeitar o nosso céu; momento em que se contempla no verde das matas a esperança de uma nova chegada, ainda que certo seja que haverá uma nova partida; compreende que o vento frio que bate na face também é caricia de Deus em nós.
Viver nos torna fortes, amar nos faz sensíveis e a fé em Deus nos torna capazes de seguir.
E a gente aprende que seguir, só vale a pena, quando se transcende a própria solidão e se descobre que mesmo só, a vida é união, a vida é comunhão e só se chega quando se ama.
Ainda que se tenha que amar sozinho!
E tenho aprendido que certas belezas passam despercebidas aos olhares apressados que já determinaram um certo padrão de rotina tornando a visão um simples hábito de olhar com os olhos do mundo!
Aprenda a ver com o coração e a vida terá um novo sentido!
Ás vezes a gente é jogado para um lado e para o outro, e fica nesse vai e volta, onde parece que nenhum dos lugares nos firma, que o amor parece duvidoso, o futuro parece incerto, as pessoas inseguras, as coisas tão vagas, e o hoje, tão vazio. Nesse vai e vem que parece tão confuso, a gente meio que desequilibra, perde o controle e as vezes perde a noção também, e acabamos por nos perder. Depois, descobrir-se é o maior desafio, em meio a esse vendaval chega aquele dia onde finalmente descobrimos que é o movimento do vento que nos dará alguma direção. É a direção do vento a determinante do nosso futuro. E todo o vai e vem, o vendaval, é para que aprendemos a ter equilibrio e força. Ai, quando finalmente aprendemos, descobrimos que toda a confusão foi na verdade um desafio, e no final, nós precisamos vencer. Vencer a si mesmo e a tudo.
A gente começa a perceber beleza nas cicatrizes que vão ficando. São como tatuagens que a vida risca na gente, cheias de significados e lembranças da mudança.
Tudo é mensagem.
Cada fase, boa ou ruim: é uma mensagem diferente.
Ou te fortalece, ou te destrói, mas de qualquer forma, te ensina.
Errar faz parte. Só que temos que utilizar o que aprendemos com eles nas próximas situações da vida.
Você se torna uma pessoa melhor quando deixa de apontar o dedo para as pessoas...e passa a apontar a direção para que elas se encontrem na jornada da vida.
Ao caminhar, não espalhe espinhos pelo chão. Porque você pode ter que voltar por esse mesmo caminho... E pode ser que você volte descalço...
O arrogante intelectual é aquela pessoa que acha que sabe tudo, mas sabe pouco. Há sempre o que aprender nesta vida e nem sempre aprendemos da melhor forma.
O que aprendi com a vida
Aprendi a valorizar os pequenos momentos. Cada detalhe do dia a dia, que, muitas das vezes, passam despercebidos.
Aprendi a valorizar os velhos amigos, os que compartilham suas preocupações comigo e com quem, por consequência, sei que posso contar.
Aprendi a valorizar a família, e entender que, acima de tudo, família não se constrói necessariamente por relações de sangue, mas com relação de amor, reciprocidade e confiança.
Aprendi a valorizar as pequenas conquistas do cotidiano, e que vitórias maiores sempre vêm a seu tempo, e que é importante ter paciência para entender cada processo.
Aprendi a ter autoconsciência sobre minhas falhas, minhas limitações, mas, especialmente, minhas forças, e o quão longe elas podem me levar, superando diversos obstáculos e desafios.
Aprendi, principalmente, a me amar. Compreender meu lugar, e visualizar os espaços em que posso caber. E a me retirar quando ali já não sou mais bem-vindo.
Aprendi a me enxergar como meu melhor amigo. Aquele que ninguém tira, e nada substitui. Eis o que aprendi com a vida.
"Todos os astros do Universo estão postos em movimento ilustrando com perfeição a dinâmica da vida, em que nada é estático, mas em constante transformação.
Por isso nada externo a mim, como rótulos, honrarias ou a vil matéria acumulada, de algum modo me pertencem ou definem.
Ainda assim consciente do quanto sou pequeno e inacabado, me alimento com gratidão pela oportunidade de ao menos sê-lo assim.
Montanhas e vales, o que importa na vida é seguir caminhando, ora você passa por um, ora por outro."
Quando você não tem vontade de descobrir o porquê das coisas, você não tem as respostas de que precisa, isso é conhecimento.