Aprendiz
Com o tempo se aprende...
Com o tempo se ensina...
Só o tempo é capaz de transformar aprendiz em professor.
APENAS UM CARA
Poeta aprendiz,
Fotógrafo aprendiz,
Mecânico aprendiz,
Um amante aprendiz!
Me culpam por tudo,
Por ser deste jeito,
Frio e quente ao mesmo tempo,
O importante é o que eu conquisto!
Da minha vida eu cuido,
Me desculpem os incomodados,
Mas aqui estou novamente,
Em breve estarei amando!
Difícil esse meu mundo,
Hoje estou bem,
Amanha talvez,
Porém pensando no futuro!
Quero ser um eterno aprendiz que muitos nem notam, confuso com as perguntas, mergulhado nas respostas.
Aprendiz de Bolhas de Sabão
E como um sopro de vida
Encho essa bolha que flutua
Na imensidão deste espaço
Que não sei onde a levará
Viajo com ela alguns sonhos
Nesta imaginação de menino
Mundos ainda não percorridos
Distantes de minha realidade
Ainda nato aprendiz
De muitas bolhas que eu fiz
Explodiram num sopro forte
Outras nem tiveram a mesma sorte
Presos as minhas mãos
Sonhos pairaram no ar
Feitos Bolhas de sabão
A vida é cair e levantar. A gente cai, mas a gente levanta mais forte. Cada tombo é um novo aprendizado. Quanto maior o tombo, maior a lição aprendida.
Ninguém é feliz nem infeliz. Todo mundo é aprendiz. E o maior aprendizado é compreender que somos como nos fazemos. Herdeiros dos nossos atos,estamos onde nos colocamos, pois atraímos as condições que plantamos.
Toca em mim!
Sou bem real,
Tenho fome
E tenho sede de você.
Talvez meu coração aprendiz
Não possa ser tocado,
Mas como ele fala,
Mesmo calado!
Feche então os olhos
E ouça o que ele te diz.
Ele bate por você,
Ele te ama,
Te pede e te reclama.
Toca em mim,
E que eu perca com você
Meu juízo,
Que eu jogue pro alto
Meu siso.
Que eu viva desse amor
E de você!
Aprendiz de Poeta
Se amar se ensinasse, de poeta eu seria aprendiz.
Viveria só de versos, deles tiraria o sustento,
e assim seria ainda mais feliz.
Mas nasci em um país onde não se vive de cultura
mas justamente por ser tão rica,
abandoná-la para cultuar a dos outros para mim seria tortura.
Se todo poeta é um pouco louco,
Então que seja essa a minha loucura;
O mundo, tenho ganas de conhecer e viajar,
Mas triste demais seria partir, sem saber quando voltar.
No seio dessa pátria cresci e é aqui que vou ficar.
Se espaço para meus versos me faltar,
trabalhando como operária seguirei
esse é um preço que estou disposta a pagar:
talvez nunca colher o que plantei.
Mas onde o solo é fértil, a riqueza brota
história boa, passa de pai para filho
e se nunca publicada isso pouco importa.
Se não puder contar, podem ler
E essa é a maior razão:
Dizer que minha raiz é de uma gente forte,
de muita cultura, porém pouca instrução.
Quase nada estudaram,
cedo tiveram que arar a terra e semear o grão,
Tudo o que me foi contado, guardo com estimação.
Mas só vai fazer sentido, se tudo o que for lido for com o coração.
Por isso tudo digo que não sou poeta
Sou só uma pessoa que para ganhar a vida, trabalha com os números
e para não perder a alma, me divirto com as palavras.
Lua crescente, pareces comigo.
Eterna aprendiz. Crescente nos aspectos mais fundamentais do ser.
Guie-me em minha trajetória!
Lua bela. Bela lua jovem que por tudo passa e passará.
Sabes do passado como uma bela virgem;
Sentes o presente como uma linda mãe apaixonada;
E presentes o futuro como uma anciã que tudo sabe.
Honrosa, generosa, amigável e mãe.
Em um mundo tão contrastante
O acerto não é mais,
O mais importante
Nada vale mais que o aprendizado
"Aqui sou uma jovem aprendiz da vida
Onde me escondo a cada esperança prometida
Cada caminho andado, cada pedra jogada
Eu vou sambando na minha risada"
APRENDIZ DE DIVAGAÇÕES
O teto, acima de mim,
Jaz sólido:
Ainda sim,
Transidamente,
Eu o olho.
Escalavrado pela impotência,
Pelo vácuo, pelo tédio
De afluirmos,
Deliberadamente,
Ao estuário da vida,
Deixo-me domar
Pelo sobrepujante cavalgar
Do heliocentrismo da elegia.
Pesarosas lágrimas silentes
E invisíveis rolam-me
Por sobre a epiderme:
Crianças ao bel-prazer
Do ódio como agasalho
Da devoluta alma,
Devoluta pele e osso,
Devoluta mente,
Devoluto corpo
Sorvem a seiva da ira
Contra o Éden misericordioso.
A eloquente voz de um homem
Esculpe, esmerila e grita
A oração: --- Sim, nós podemos, irmãos!
No entanto,
Será que esta sentença
Ganhará eco de materialização
No reino, hein, das vis-metais mentes e preconceituosos corações?
Não,
Tal convicção não acalenta
Meu escaldado ente-razão,
Mesmo quando agora
O contemplo segurando,
Firmemente, o poderoso cetro
Que norteia o rebanho
Das extáticas cabeças
Que, pelo oblíquo caminho, vão.
Na verdade,
O que, cotidianamente,
Vejo é a construção
--- cada vez mais célere ---
De megalópoles quatro palmos
Abaixo do chão.
Na verdade,
O que, cotidianamente,
Vejo são vales de incauto sangue derramado
Regozijarem os galhardos iconoclastas
Da sábia vida prolífica:
O escárnio á longevidade da sua celebração, sua mádida magia!
Testemunho
Querelas que libam,
Avidamente,
O vinho da ganância por poder
Abrir sulcos e crateras
Na mansão do nosso altruísmo.
Testemunho
O gradiente do egoísmo e da maldade
Açambarcar-se, avolumar-se,
Caminhar de mãos dadas com a ubiquidade,
Tornar-se loquacidade, astuto
E voraz canibalismo onipotente:
O arrebate do arrebol da crueldade iminente e a corrosão selvagem,
Chama alimentando a sequidão leviana, alarve
Qual ansiosamente se encontra
Ás portas do sol que liberta
A aura da universal supernova hecatômbica, fúnebre, funesta!
Enfim,
O teto, acima de mim,
Jaz sólido:
Contudo o liquefaço
Com o lume dos pensamentos
Que emana da íris dos meus olhos opacos.
Sim,
Contemplo, como se estivesse
Confinado numa câmara
Hermeticamente fechada,
A insensibilidade degustar-nos
Incomensuravelmente deleitada.
O poeta aprendiz
Ele era um menino
Valente e caprino
Um pequeno infante
Sadio e grimpante.
Anos tinha dez
E asinhas nos pés
Com chumbo e bodoque
Era plic e ploc.
O olhar verde-gaio
Parecia um raio
Para tangerina
Pião ou menina.
Seu corpo moreno
Vivia correndo
Pulava no escuro
Não importa que muro
E caía exato
Como cai um gato.
No diabolô
Que bom jogador
Bilboquê então
Era plim e plão.
Saltava de anjo
Melhor que marmanjo
E dava o mergulho
Sem fazer barulho.
No fundo do mar
Sabia encontrar
Estrelas, ouriços
E até deixa-dissos.
Às vezes nadava
Um mundo de água
E não era menino
Por nada mofino
Sendo que uma vez
Embolou com três.
Sua coleção
De achados do chão
Abundava em conchas
Botões, coisas tronchas
Seixos, caramujos
Marulhantes, cujos
Colocava ao ouvido
Com ar entendido
Rolhas, espoletas
E malacachetas
Cacos coloridos
E bolas de vidro
E dez pelo menos
Camisas-de-vênus.
Em gude de bilha
Era maravilha
E em bola de meia
Jogando de meia –
Direita ou de ponta
Passava da conta
De tanto driblar.
Amava era amar.
Amava sua ama
Nos jogos de cama
Amava as criadas
Varrendo as escadas
Amava as gurias
Da rua, vadias
Amava suas primas
Levadas e opimas
Amava suas tias
De peles macias
Amava as artistas
Das cine-revistas
Amava a mulher
A mais não poder.
Por isso fazia
Seu grão de poesia
E achava bonita
A palavra escrita.
Por isso sofria.
Da melancolia
De sonhar o poeta
Que quem sabe um dia
Poderia ser.
Montevidéu, 02.11.1958
in Para viver um grande amor (crônicas e poemas)
in Poesia completa e prosa: "A lua de Montevidéu"
in Poesia completa e prosa: "Cancioneiro"
Eterno aprendiz
Sou um eterno aprendiz, sem medo de errar, sem medo de falhar, a gente aprende e a vida é uma escola.
Choro, fico triste e já guardei rancor, mas também sorrio, fico alegre e já perdoei.
A vida é muito longa para os sentimentos e emoções serem instáveis, e o nosso teatro da vida é muito curto para admitir ensaios, muito longo para sermos de um jeito só.
O mais importante é que, no fim ao fechar as cortinas do teatro da vida, sejamos aplaudidos por aquilo que construimos dentro de nós, porque isso sim será o nosso caráter.
APRENDIZ
Por que viver na dor, se podemos ter e dar amor? Por que perder a esperança,
se o dia mal começou e a noite é uma criança. Por que sofrer antecipado, se nada é definitivo, tudo pode ser mudado.
Por que deixar a felicidade, se ela não pede nem tempo e nem idade. Por que seguir a cruz, se o mestre já desceu e nos deixou a luz. Por que fugir do amor, se ele é como flor, só se abre com o calor. Aproxime-se!
Por que deixar o tempo escorrer, se é o bem mais precioso que podemos ter?
Por que ficar na lamentação, se o mundo é uma porta sempre aberta, para quem segue na direção certa.
Por que reclamar do que não tem, se parado nada vem! Por que não sorrir,
se o rosto se ilumina e você fica bem, A alegria é remédio para a alma, se espalha e contagia também.
Eu vou vencer, eu vou lutar, abrir o meu sorriso pra tudo mudar, eu vou ser feliz, e posso recomeçar pois sou um aprendiz, e é a experiência que me diz: Onde eu parei é ponto de partida, para um novo tempo e uma nova vida.
“A vida é o como o seu retrato em 3×4 que pode ser sempre ampliado”
Um aprendiz perguntou ao mestre:
_ Mestre,quando serei um líder respeitado e reconhecido por todos?
O mestre respondeu:
_ Quando você aprender a obedecer...