Aprender Ler
Findou-se ideia
Só queria ler um pouco, ler algo novo, algo que muda a gente, sabe? Aquela vontade de folhear o mundo.
Decidi abrir a janela, ver o tudo.
Dentro de casa é tudo tão cheio, tanto sentimento que parece até que a gente gosta de verdade dessa prisão pessoal.
Resolvi ver as fotos ao vivo, os videos antes mesmo de serem filmados.
Abri um livro pra cada conversa sentado no banco da praça, enquanto pássaros alimentavam seus filhotes.
E eu, com os personagens que passam por mim todos os dias, sinceramente, nem os percebia até então.
E ao ouvir, alguns tão sobrecarregados com suas convicções, outros tão abertos para tentar entender os outros sem tanta interpretação de detalhes, mas todos com tanto a acrescentar, e nada de incomum ou surreal.
Resolvi falar, então liguei o rádio da minha cabeça pra sintonizar as ideias.
Agradeci a todos e a tudo. Fui em tantos lugares, sem sair do lugar, e aprendi tanto sobre mim mesmo que nem eu mesmo sabia.
Engraçado como deixei a imaginação de lado, e vi que na realidade existe tanta coisa que nem eu mesmo imaginava, tanta coisa que nem sabia que entenderia um dia.
Cheguei em casa, desliguei a Tv, deixei o celular no mudo e entendi o que faltava pra começar a escrever.
Espero estar inspirado hoje, pensei.
O inesperado é, portanto, uma nítida demonstração de que não conseguimos ler, entender e interpretar a vida.
"Olá mais uma vez, meu caro leitor. Preparado para ler uma decifração do que talvez esteja acontecendo com você? então, aqui estou eu, mais uma vez passando pelo mesmo caminho difícil que você talvez também esteja. Estou aqui para falar de amor, certo? E então, cadê o meu? O seu está aí? Então, parabéns sortuda! O meu não está aqui. Pois é. Não, não sinta muito por mim. Vamos fingir que acredito que meu lindo príncipe encantado irá aparecer um dia, ok? Ta. Talvez eu esteja enrolando, mas, quer saber da verdade? Quer saber mesmo? Eu estou um caos. Estou péssima. Agora, prometa que irá guardar segredo. Prometa! Estou ótima, melhor impossível! E a vida? Me fazendo muito bem, sempre sendo gentil comigo. Quer me fazer companhia? Não? Não faz mal, a vida é ótima, não é? Me casei com ela, trocamos alianças e tudo mais, já mora comigo! Tenho certeza de que com a "vida", estarei feliz para sempre (ou não)."
Mesmo que você não possa retribuir, mas se puder ler: Desejo a você e família tudo de bom e um Excelente Final de Semana!.
Ao observar-te minuciosamente consigo ler-te e compreender o que se passa dentro de ti e a sua volta sem que as suas palavras traduzam os seus pensamentos.
A propósito de “Três pontos ex... citados”, peça de Carlos Alberto Sousa
Acabei de ler (reler, para ser exato) “Três pontos ex... citados”, texto de Carlos Alberto Sousa, em que ele apresenta uma peça de tese ou conceitual.
Eu gostei à primeira leitura do texto, que já vou chamar de literário, porque se revela desprovido dos elementos cênicos, como palco, música, luz e figurinos. O teatro, propriamente dito, remete ao espetáculo, à representação no palco. A rigor, teríamos o texto (literatura) e sua apresentação no palco (espetáculo). Segundo Aristóteles.
Mas, voltando à peça, o autor coloca em discussão algumas questões há muito conhecidas de nós, quais sejam, o fideísmo, o ateísmo e a luta de classes. Ele inclui também, com muita competência, elementos pop – o tráfico, o rock, o sincretismo religioso – e elementos metateatrais – o fazer artístico em debate.
Numa peça breve, composta por oito atos brevíssimos, Carlos Alberto narra uma história bastante interessante, em que os personagens são dirigidos por um diretor manipulador e ávido de messianismo. Enfim, um Brecht às direitas.
A trama – envolvendo o elenco (os “bíblicos” Paulo, Davi e Sara, especialmente) e o diretor – trata de uma tragédia (com a presença dos elementos clássicos, inclusive o recurso do chamado “deus ex machina”, consubstanciado pela presença da Bailarina). Isso fortalece o argumento de que estamos diante de um texto literário que, ainda segundo Aristóteles, precede e se sobrepõe à montagem teatral, ao espetáculo. (Por isso, o cinema nunca será literário!)
Já tive a oportunidade de assistir, no Teatro Municipal de Cabo Frio, a uma performance de autoria de Carlos Alberto, a qual me deixou muito impressionado com o talento com que ele havia conduzido o texto e dosado a densidade temática. Com “Três pontos ex... citados”, não é diferente.
Aliás, mesmo quando faz versos, meu confrade e amigo Carlos Alberto deixa transparecer seu lado dramaturgo. Isso – em vez de restrição – é um elogio. Aristóteles, de novo, não me deixa mentir.
Mais que impressionado com a peça filosófica “Três pontos ex... citados” que acabo de reler, já me vejo torcendo pela montagem dela. Gostaria muito de ver (o verbo apropriado é “interagir”) Paulo, Sara e Davi no palco. Pois, ao contrário do filósofo grego, tenho certeza de que será unir o útil ao agradável. Com perdão do lugar-comum.
Não adianta escrever lindas palavras de grandes autores, ler vários livros, estar atualizada ..... e não saber simplesmente ouvir ao próximo.
A palavra conhecimento não vem somente dos donos da razão, vem da simplicidade das palavras, saber ouvir o que querem lhe dizer e mais que ouvir, entende-las.
Escrevo para quem tem a curiosidade de ler, não escrevo para ser criticado. Como dizia Rubem Braga cronista maior "...eu escrevo por palpite"
Um poema sobre o amor.
Várias vezes ouvi falar,
de ler, cansado estamos.
A maior escola que herdamos,
é o querer do mundo em amar.
Nos olhos, na manhã observo,
olhos universais, verdades metafisicamente testadas,
acaba com o pouco que tenho
de aliviar meu mundo correto.
O certo é não perder a vista.
A vista da montanha, à vista.
Ganhou meu coração não com parcelas,
Comprou, pagou em espécie, há vista.
O cheiro do almoço, costela com cominho,
eis onde vim parar.
No tempo da vó Alzira, do tutano,
no tempo da saudade de fulano.
Gostaria de saber que sinto,
exprimo a solidão e o afeto que a palavra tem em mim.
Saudosa poesia que invade,
tal os olhos da amada.
Dias há em que penso em me calar
E passar a simplesmente ler jornal
Guardar lá no fundo do armário
Este meu já não muito profíquo
Embornal de letras mortas
Absorto em minha leitura
ao final de mais um dia
Me vem a compulsiva e indomável tortura
Quase que lasciva obsessão que me domina
Minha cabeça se inclina
Completamente carregada
da boa e velha poesia pura
daquela que acalma as nossas vidas
traz de volta à razão
as almas dos suicídas
Amaina os corações dos homicidas
É muito mais feliz quem cria
Que aquele que um dia
Leu, porém não entendeu
Que talvez o homicida ou suicida
seja eu.
" As vezes é bom ler oque se passa em nosso coração, escrever oque sente é nada mais que um desabo de um coração em letras..."
Apenas gostaria de chegar em casa, ouvir sua voz, ler uma mensagem ou qualquer coisa sua ... apenas isso acalmaria minha alma, acalantaria meu sentimento e colocaria paz aos meus sentimentos..... Mais você prefere o silêncio, enquanto eu grito calado, choro sem soltar um único som.. seu silencio me mata mais que a ponta de uma faca.. enquanto eu só queria ouvir um som o seu .
Os Dez Mandamentos durante uma feira de ciências/biologia
· Não ler e sim explicar;
· Não ficar comendo;
· Não conversar ao telefone;
· Não obstruir a visão das pessoas;
· Não deixar questões por resolver;
· Não conversar com os amigos em pequenos grupos.
· Não deixar de conhecer os trabalhos dos colegas;
. Animar o estande;
· Fotografar o estande;
· Manter o estande limpo e arrumado.