Aprender Ler
A CARTA
Esta é a carta que eu nunca te escrevi
Que nunca te enviei, que nunca vais ler
Mesmo assim eu vou tentar escrevê-la
Escrevo o que nunca te disse e ouviste
O que está guardado, escondido em mim
O que me sufoca, preciso libertar-me
Porque não tenho coragem de olhar-te
Nos olhos, talvez seja covardia minha
Sofro destas malditas insónias que me
Levam de volta à minha loucura, tempo
Em que te deixo sozinho no meio da noite
Talvez seja preguiça ou cansaço ou nada
Sei que te rejeito, que fujo de ti eu sei
Que sim, noites, dias de amor perdidas
Onde os meus olhos inundam-se de lágrimas
Gotas de remorsos, que escorrem na face
Mas a verdade é que eu quero fazer amor
Contigo, ter-te sempre junto ao meu peito
Mas esta louca loucura, que, é só minha
Mata-me, tantas vezes, desculpa esta parte
Doente de mim que sente a falta de ti
Dos teus braços entrelaçados no meu corpo
Da tua mão quente a acariciar-me o rosto
Da tua voz a falar baixinho no meu ouvido
Da tua boca que beija a fogueira dos meus seios
Tantas, tantas vezes pensei em escrever-te
Para contar-te o que sinto, acabo por desistir
Só eu sei as saudades que tenho tuas
A falta que me fazes é insuportável, dolorosa
Escrevo na carta que tenho falta de ti em mim.
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O VELHO DIÁRIO
Todos os dias ele ,
Com seus cabelos
Sentava-se a janela
Para ler...15 minutos,
um surrado Livreto de
capa dura envelhecida.
Dia Após dia
Essa cena de repetia
Até que uma certa vez
Aquele homem sentado
Estava com a cabeça
Apoiada a janela recebendo
Uma luz de sol da tarde
Com o Livreto numa pagina aberta
Tudo indicava ter caído
No sono que interrompeu a leitura
Foi nesse instante que aproximei
E sem ser notada tomei o
Livreto nas mãos e li:
"Diga suas palavras
Vou pegá-las e escrevê-las
E manter isso dentro de mim
Até o dia em que você me descobrir
Mas eu conheço seu amor
E é por isso que
Eu poderia ser seu diário
Para quando se você abrir-me
Mantenha suas palavras
dentro de mim, meu querido amor
Eu vou te dar o mundo
Basta dar-me as palavras
E o meu amor
Nunca será finito
Serei sempre sua leitura
E prometo nunca deixa- lo
Nunca estive melhor e atina
Para você ler as palavras nas linhas
E dedicar minha partitura do dia
A tu meu amor especial melodia
Abra-me tal qual um diário
Nele vai me ler sempre que quiser
Leia de forma aleatória
Abra-me numa pagina qualquer
Será sempre um suspiro
De vida de amor e convivência
Entre tu e eu ate que somente
A morte nos separe apenas
Da leitura e jamais de nosso
Amor de eterna aventura
Escrito em mim....seu solitário Diário
_______________ Norma Baker
"Pessoas que não se respeitam, não respeitam os outros.
Elas não conseguem 'ler', não conseguem entender, como isso funciona.
Natural, não?"
Você pode até folhear um livro, mas, se decidir ler, vá até o final. Não mais abra o livro se você não tiver interesse de lê-lo por completo. Não abra uma porta, já imaginando fechá-la, sem que antes deixe a brisa de fora entrar, sem que o sol não aqueça o ambiente de dentro, sem que a presença seja demorada o suficiente para deixar ficar ou deixar partir. Não se dê por inteiro a alguém, quando você só recebe a metade desse alguém. São nos detalhes que percebemos o quanto fazemos parte do outro. Se esta via não tiver duas mãos, uma, não te levará a lugar nenhum; mesmo que você queira. São nos detalhes dos minutos, que se completam as horas. São nos detalhes da amizade, que reside o amor. Não é questão de ponto de vista. É questão de detalhes que tudo faz diferença; que tudo faz ser diferente entre nós.
·
Domingo é dia
De pescaria
De dormir mais
De ler jornais
De comer fora
De perder a hora
De brincar com netinhos
De fazer bolinhos
De tomar sol
De jogar biribol
De ir à praia
De vestir uma saia
De ligar para o pai
De saber como vai
De ir à missa
De pedir uma pizza
De ficar online
De ver amigos virtuais
De assistir futebol
De ver o por de sol
De não fazer nada
De ficar descansada ...
(Mel 06/02/2011)
É bem certo dizer que, homens sábios nesse mundo; nem precisem escrever; muito menos ler... idiomas e seus frágeis desusos, apaziguando as fonéticas dos ventos.
Sinto que algo está errado, tento querer compreender mas impossível, fácil seria se conseguisse ler seu pensamento para entender o meu, são coisas inexplicáveis que machucam e corroem dentro do peito; se me fizesse o bem que tenho por ti saberia o quão me faz sofrer.
Aprendi ler adulta
Meu experimento começou com crônica Quase sempre última página de revistas não necessariamente inteligível
Cronistas bons ou ruins não julgo, reflito
Os livros chegaram e, a imaginação explodiu
O cérebro não acompanha meus sentires
A lógica muito menos
Quem espera que escreva algo relativamente bom, recomendo que leiam textos - entrelinhas e notas de rodapé -
Tudo que tento resumir em frase fica um verdadeiro fiasco, melhor dizendo "merda mesmo".
"" Quem pode te ouvir, sem desejar
te ler sem fraquejar
se és doce como canção
daquelas que não costumam aparecer
tal qual fantasia
real,de boa intenção
não resista.já já te conto
há uma folha de desconto
compre
aproveite que está na promoção...
LER-ME É LEI
"Leia-me!
Leia-me, me lê.
Lê aqui...e aqui.
Agora, aqui.
Cursivo,
Bem grafado,
Devidamente acentuado.
Todavia, gramaticalmente
Despenteado.
Leia-me!
Leia-me, me lê.
Lê aqui...e aqui.
Agora, aqui
E agora, consegue?
Não conseguiu.
Tá amuado,
Sabe que até um desvairado vê,
E idem o pobre iletrado.
Deixe-me chegar mais perto...
Fique parado!
Não afrouxe as córneas,
Não pule palavras.
Minha couraça em páginas...
Leia lauda por lauda.
Ainda não consegues?
Fiquemos bem!
É tudo esboço,
Se tá turvo,
Não tá borrado.
Tobogãs venosos
Escorrem ´liquid paper´.
Omiti ou tá apagado.
Leia-me!
Leia-me, me lê.
Lê aqui...e aqui.
Agora, aqui.
Há muita luz em mim,
Não sou de fins,
Muito pouco de abismo.
Se não consegues me ler,
É miopa - ou astigmatismo."
Em algum momento você terminará de ler;
Esta poesia;
Ela vai ser somente uma fútil lembrança; Apenas uma fútil recordação.
O tempo acaba;
Os momentos passam.
Em dois dias você nem mais lembrará;
Da futileza aqui descrita;
Aqui fala-se de tempo, e de esquecimento;
O mundo é mais interessante que isso.
Sua história está, agora, intimada
Para Sempre;
Com essas palavras;
Talvez seja um bom gasto do tempo que lhe fora dado;
Talvez não.
Sua felicidade é o tempo ser imprevisível;
E previsível, pois;
A chuva vai parar;
O sol vai se erguer.
Você sempre terá o dia de amanhã;
Por tempo limitado.
Você lembra daquilo que fez;
Dos momentos que viveu;
Nisto, nunca o autor esquecerá de sua obra.
Tempo esquecido;
Será seu título;
Pensou o autor.
Em dois dias você nem mais lembrará;
Da futileza aqui descrita.
Desta história você não é criador;
Vá escrever a sua;
Vá viver;
Esqueça-me!
Não sei quantas vezes agarrei no livro e não sei as vezes sem conta que dei comigo a ler o mesmo parágrafo.
" Eu sou um livro sem capa e folhas, que todo mundo pode ler, poucos vão entender e só alguns vão gostar ".
Mania de ler entrelinhas e escrever a própria história, ato simples: Papel, lápis e borracha. Apesar que alguns borrões agente nem apaga, parece até que a vida é um rascunho, adora textos grandes e tramas neuróticas, porque é intensa e ponto... Final? Não, ela não se dá bem com renúncia. Então enche a vida com três pontinhos. Esses repletos de incertezas e alguns recomeços.